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Karl Marx

Por:   •  9/11/2015  •  Resenha  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  268 Visualizações

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Karl Marx, inicia sua trajetória teórica em 1841, ano em que recebeu o titulo de doutor em Filosofia na Universidade de Jena, aos 23 anos. Ao se confrontar com a filosofia defendida por Hegel, a partir da revisão critica da filosofia do direito, começa a revelar suas ideias, segundo suas investigações, as relações jurídicas e as relações de trabalho não podem ser explicadas por si mesmas, nem pela evolução humana, pelo contrário, estas relações baseiam se nas condições materiais de existência, condições que Hegel compreendia como “sociedade civil”.

Motivado pelas formulações de Hegel sobre a economia politica, Marx direciona seus estudos para a análise da sociedade moderna, aquela instalada na Europa após o período feudal: a burguesia. Guia seus estudos então para a produção social da própria existência, visto que os homens entram em relações necessárias independente de sua vontade e estas relações correspondem a um determinado nível de desenvolvimento de suas forcas produtivas materiais. O problema central de seus estudos seria a gênese, a consolidação, o desenvolvimento da burguesia e o modo de produção capitalista.

Marx se ocupa nisso por 40 anos e será a base de sua teoria social. Para estruturar sua teoria, ele apoiou-se em três linhas de pensamento moderno: a filosofia alemã, a economia politica inglesa e o socialismo francês. Com conhecimento necessário, começa a analise da sociedade burguesa, após um longo processo de elaboração teórica, formula os elementos centrais de seu método e sintetiza a analise no livro: Elementos fundamentais para a critica da economia politica.

KARL MARX: “A DIVISÃO DO TRABALHO”

Foi entendendo a forma como os homens produzem seus meios de vida que Marx concluiu que estes mantêm relações sociais baseadas nas condições materiais de sua vida. E ainda, que o estudo de qualquer sociedade inicia-se com as relações sociais que os homens mantém entre si para utilizar os meios de produção e transformar a natureza.

Ao produzir as condições materiais de existência, o homem também produz seu interior, seu modo de pensar e ver o mundo, suas representações, como também a produção intelectual das leis, da moral da religião de uma sociedade.

Marx vê as relações sociais na sociedade moderna,  como negativas, por serem a principal causa da desigualdade social. Marx apresenta a idéia de que a sociedade está dividida em classes, cada uma com suas regras e condutas apropriadas, mas que estão inseridas em um único sistema que é o Modo de Produção Capitalista. Ele considera a divisão do trabalho não só como um meio para se produzir mercadorias, mas considera a divisão de tarefas entre os indivíduos e ainda nas relações de propriedade.

Para Marx, a divisão social do trabalho sempre existiu em todas as sociedades. Desde as sociedades tradicionais a divisão do trabalho correspondia à divisão de papéis por gênero sendo sucedidas anos depois, pela divisão das atividades como a agricultura, o artesanato e o comércio. A divisão do trabalho surge com o excedente da produção e a apropriação privada das condições de produção. A força de trabalho significa criação de valor, um valor oriundo do capitalismo

A força de trabalho, ao ser negociada como mercadoria, cria uma separação do trabalhador e dos meios de produção, alienando o homem de sua própria essência que é o trabalho. Assim esta divisão promove a alienação e destroem as relações entre os homens, uma vez que estes não controlam o processo de produção e não se beneficiam do produto de seu trabalho, apenas vendem sua mão de obra. A divisão do trabalho exerce uma função de dominação da classe burguesa sobre a classe proletariada. Esta dominação se expressa nas formas de segmentação da sociedade, seja pela divisão social do trabalho ou pela sua divisão industrial.

Formas capitalistas do trabalho

O trabalhador produz o capital. O produtor vende sua força de trabalho pelo valor de um determinado salário. Esse valor é determinado a partir dos meios de subsistência requeridos para produzir, desenvolver e manter a força de trabalho, ou seja tudo que o trabalhador precisa para viver de acordo com um nível de vida que varia historicamente entre épocas e regiões.  Esta sociedade capitalista, baseia-se na ideologia da igualdade e tem como parâmetro o trabalho. De um lado o trabalhador oferece sua força de trabalho e do outro o empregador que a compra com um salário. Todos os homens aparecem iguais perante a lei do Estado.

Marx diferencia o tempo de trabalho preciso- que é aquele que se dá a reprodução do trabalhador- do período em que a atividade produtiva não cria valor para o trabalhador- o tempo de trabalho extra. No capitalismo, este trabalho extra assume a forma de mais-valia, cuja taxa é a expressão “do grau de exploração da força de trabalho pelo capital.”

O trabalho produtivo acaba por tornar-se uma obrigação para o proletariado. Nas sociedades capitalistas representam a categoria do não possuidor dos meios de produção, é obrigado a vender suas atividades vitais e se torna para ele um meio para poder existir, visto que trabalha pra viver. Por isso o produto de sua atividade não é o objetivo dessa atividade. Ele não produz para si mesmo a casa que constrói, ou o equipamento que monta, ele produz o salário.

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