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Migração e formação de comunidades no contexto da globalização

Por:   •  9/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.602 Palavras (7 Páginas)  •  439 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho intitula-se,Migração e formação de comunidades no contexto da globalização


Migração e formação de comunidades no contexto da globalização

Nos finais do seculo XX, dois modelos principais dominaram as abordagens académicas e políticas nomeadamente, o modelo de instalação definitiva que consistia em integrar gradualmente os migrantes nas relações económicas e sociais junto das sociedades de acolhimento, e o modelo de imigração temporária que supõe que os trabalhadores migrantespermaneçam nas cidades de acolhimento durante um período limitado. A globalização vista como a proliferação de movimentos transfronteiriços e de redes transnacionais, alterou no contexto das migrações, impulsionados pelas novas tecnologias de comunicação e transformação.

O enfraquecimento da economia e da soberania do Estado-Nação da origem a fragilidade do controlo fronteiriços resultando a transformação de práticas bem como a emergência de comunidades transnacionais, identidades múltiplas e cidadanias compósitas.

  1. As migrações internacionais como factor sistémico da globalização

As migrações desde sempre foram importantes (nos seus diversos tipos) na industrialização e na construção das nações. Após 1945, as migrações laborais tiveram papel importante no crescimento e na restruturação das economias industrias e as migrações forçadas foram o resultado inevitável dos processos de formação de estados e de transformação económica, no contexto da competição entre sistemas e de neocolonialismo.

Elas constituem um elemento sistémico nos processos de globalização. O papel sistémico das migrações nas sociedades modernas pode ser visto comouma constante, mas as suas características variam em função das mudanças económicas e sociais e da evolução de tecnologia tornando-se assim importante analisar as características especificas das migrações no contexto da globalização pois não se trata apenas de fenómenoeconómico.

A globalização corrói muitas das características centrais do Estado-Nação e significa segundo a formulação de Manuel Castells, uma alteração na organização espacial do mundo, de um “espaço de locais” para um “espaço de fluxos”.

Por definição, os migrantes internacionais cruzaram fronteiras nacionais. No passado assumia-se que se mudariam de um Estado-nação para outro ou que regressariam a casa depois de um certo período. Em qualquer dos casos a soberania e o poder do Estado-Nação eram questionados. No contexto da globalização, estas espectativas perdem a sua validade.

  1. As migrações tendem aumentar de volume e os migrantes apresentam características sociais e culturais cada vez diversas. Os estados esforçam-se por encorajar certos tipos de migrações e de deter outros, mais revela-se difícil estabelecer distinções claras ente categorias e assegurar o cumprimento das regras.
  2. Os novos desenvolvimento nas tecnologias da informação e dos transportes permitem o aumento do volume das migrações temporárias, pendulares e circulares.
  3. E cada vez maior o numero de migrantes que organizam as suas vidas por referencia a duas ou mais sociedades, e que desenvolvem comunidades e consciências transnacionais.
  4. Estas tendências estão ligadas ao crescente poder das redes informais enquanto modo e comunicação e de organização que transcende as fronteiras nacionais, e podem reduzir a eficácia das politicas de controle estatal e dos mofos tradicionais de incorporação dos migrantes na sociedade.

É evidente que as migrações internacionais se integram perfeitamente na lógica da globalização. Por esta razão as estratégias de controle assentes na antiga lógica nacional deverão falhar.

  1. Perspectivas para as migrações internacionais

O volume e o significado das migrações

As estatísticas das nações unidas apontam que em 1999 cerca de 120 milhões de pessoas viviam fora do seu local de nascimento e que o numero de imigrantes internacionais crescia a um ritmo apenas ligeiramente mais alto que o de totalidade da população humana. Estimativas recentes feitas pela organização internacional para as migrações(OIM) indicam existência de cerca de 150 milhões de migrantes internacionais de todo o mundo. Estes números indicam o mesmo sem exatidão, os migrantes internacionais constituem uma minoria que representa entre 2% a 4% da população global ainda assim, o volume das migrações é significativo e é provável que venha aumentar segundo as estimativas da OIM que prevê que o numero venha atingir os 250 milhões em 2050.

  1. As causas das migrações

Grande parte da investigação sobre as migrações tem se centrado nas causas das mesmas. Apesar de se verificarem grandes diferenças conceptuais, as principais abordagens conduzem a conclusão de que as migrações deverão crescer no futuro.Explicações demográficas destacam as disparidades estruturais que se observam entre áreas com economias estagnadas e com elevadas taxas de fertilidade, por um lado, áreas com economias em rápido crescimento e com declínio da fertilidade, por outro.Economia neoclássica, tem exercido uma efluência dominante nas politicas migratórias, esta centra-se nas espectativas individuais de salários mais altos e melhores oportunidades económicas. A grande disparidade de rendimentos entre países ricos e pobres deveria constituir a razão suficiente para a “escolha racional” de migrar. A nova economia de migrações esta é vista como parte integrante das estratégias de sobrevivência familiar e comunitária, sendo modelada por considerações de longo prazo relativas a segurança e a sustentabilidade. Adepoju revela que em Africa as migrações encontram-se associadas a estratégias familiares que envolvem elevados investimentos dos escassos recursos na educação de um dos membros da família, normalmente o filho primogénito.Abordagens histórico-institucionais sublinha o papel das grandes instituições, sobre tudo as empresas e os estados no desencadeamento e na modulação dos fluxos migratórios.Explicações sociológicas das migrações centram-se na importância que os capitais social e cultural assumem. O capital cultural refere-se ao conhecimento relativo a outras sociedades e as oportunidades que oferecem, bem como a informação do modo concreto de se deslocar e de procurar trabalho noutro local. O capital social refere-se aos relacionamentos necessários para migrar de modo seguro e eficiente no que respeita a custos.

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