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Monismo E Mobilismo

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Por:   •  8/4/2014  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  1.976 Visualizações

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Mobilistas Os Mobilistas podem ser considerados uma “segunda geração” da escola Jônica, inaugurada por Tales de Mileto (séc.VII a.C.). Se tomarmos Heráclito como representativo desta filosofia vemos que sua interpretação da Natureza (physis) tem como fundamento (logos) o Movimento (kinesis). Para Heráclito tudo está em movimento, ou em fluxo, e nossa própria experiência revela isso, já que quando percebemos a Natureza percebemos a mudança: as estações do ano, as fases da Lua, o nascer e o por do Sol, o processo de nascimento, vida e morte de todo o ser vivo; tudo aquilo com que o ser humano se confrontou desde os primórdios de sua existência. No famoso frag.91 do texto de Heráclito é dito que “Ninguém pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, porque o rio já não é mais o mesmo” e discípulos seus teriam acrescentado, “e aquele que se banhou também não é mais o mesmo”. A realidade da natureza e do ser humano consiste na mudança, está sempre em processo, nada é estático e isso se evidencia através de nossa própria experiência. “Tudo passa, nada permanece” é o lema de Heráclito. Em consequência, a realidade deve ser vista como uma pluralidade, múltipla e diversificada. Monistas A expressão “Monista” é derivada da palavra grega “monos” que significa “um, uno”. Ao contrário dos Mobilistas, os Monistas defendem que a realidade é única, ou que possui uma unidade essencial subjacente a tudo que muda. Podemos tomar Parmênides de Eléia como representativo dessa posição e encontramos nos fragmentos de seu Poema uma crítica aos Mobilistas, embora sem se referir explicitamente a Heráclito, mas provavelmente voltado ao naturalismo da escola Jônica em geral. Segundo os Monistas a observação da natureza e nossa experiência concreta nos revelam as mudanças que ocorrem, como querem os Mobilistas. Porém, isso corresponde apenas a uma visão superficial das coisas. Cabe ao filósofo ir além do plano do concreto e desenvolver um pensamento de caráter mais abstrato, que nos revelará que subjacente à mudança, deve haver algo que permanece para que a própria mudança faça sentido e até mesmo para que possa ser percebida. Por exemplo, se examinamos o fragmento sobre o rio, citado acima, vemos que só podemos dizer que o rio muda, se fizermos a suposição de que se trata do mesmo rio que mudou, caso contrário identificaríamos dois rios totalmente diferentes. A possibilidade de dizer “o mesmo” indica algo de permanente. Os monistas introduzem assim a distinção Realidade X Aparência, mantendo que a mudança se dá apenas no plano da Aparência; isto é, daquilo que percebemos de forma imediata em nossa experiência concreta, porém a realidade mais profunda, a que temos acesso pelo pensamento abstrato, nos revela o permanente naquilo que muda. Toda mudança só poderia ser percebida sob o pano de fundo de algo permanente. Bibliografia: Jonathan Barnes, Os filósofos pré-socráticos, São Paulo: Martins Fontes, 1997. Gerd Bornheim, Os pré-socráticos, São Paulo: Cultrix, 1999. Danilo Marcondes, Iniciação à História da Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 2012, 13.a reimp., cap.II, D.b.

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