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O Mundo De Sofia

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Por:   •  26/10/2013  •  4.640 Palavras (19 Páginas)  •  794 Visualizações

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A história começa quando Sofia, que dá nome ao livro, recebe cartas, cartões postais endereçados para uma menina, que por coincidência tem a mesma data de nascimento que ela. A assinatura das cartas e cartões postais é de um tal ‘Major’, que ela desconhece, mas que fala com ela como se ela fosse uma pessoa muito próxima e querida.

O conteúdo do envelope amarelo que Sofia recebe diz que as pessoas têm preferências por diversos tipos de assuntos: umas gostam de esporte, outras curtem observar os astros. Porém existem questões que deveriam interessar a todos como, por exemplo, saber quem somos e de onde viemos. Essas e muitas outras têm sido pensadas e discutidas há muito tempo e as explanações para elas variam de acordo com o contexto histórico. Hoje em dia também devemos procurar nossas respostas e é importante conhecermos o que foi dito em outras épocas para que possamos formar uma opinião própria.

No mesmo dia, Sofia recebe um outro envelope amarelo. Primeiramente, o professor faz uma citação: “a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas”. Depois diz que os bebês possuem esta capacidade mas, à medida que crescem, vão perdendo-a. Deste modo, compara um filósofo a uma criança: tanto um quanto o outro ainda não se acostumaram com o mundo e não pretendem se acomodar com as coisas. No dia seguinte Sofia leu sobre a visão mitológica do mundo. Os mitos surgiram da necessidade do homem justificar fenômenos como o crescimento das plantas, as chuvas, os trovões, etc. Tudo que ocorria aqui na Terra estava intimamente ligado ao que acontecia no mundo dos deuses. Dessa maneira, secas, epidemias e outras coisas ruins eram reflexo de que as forças do mal triunfavam sobre as do bem e o inverso ocorria quando havia fartura e riqueza.

A denominação “filósofos da natureza” é dada aos primeiros pensadores gregos por estes se interessarem pelos processos naturais. Eles partiram do pressuposto de que sempre existiu alguma coisa e, vendo as transformações que ocorriam no meio ambiente, indagavam-se como aquilo era possível. Então, acreditavam que havia uma substância básica que subjazia a todas essas transformações. Tales achava que a água era um elemento de fundamental importância. Dela tudo se originava e a ela tudo retornava. Anaximandro não pensou como Tales. A seu ver, a Terra era um entre vários mundos surgidos de alguma coisa, sendo que tudo se dissolveria nessa “alguma coisa” que ele denominava de infinito. E finalmente, Anaxímenes (c. 550-526 a.C.) cria que o ar era a substância básica de todas as coisas. A água seria a condensação do ar e o fogo, o ar rarefeito. Pensava ainda que se comprimisse mais ainda a água, está se tornaria terra.

Para Parmênides, nada podia vir do nada e nada que existisse poderia se transformar em outra coisa. Era extremamente racionalista e não confiava nos sentidos. Não acreditava nem quando via, embora soubesse que a natureza se transformava.

Heráclito pensou que a principal característica da natureza eram suas constantes transformações. Ele confiava nos sentidos. Sobre ele, podemos falar ainda que acreditava que o mundo estava impregnado de constantes opostos: guerra e paz, saúde e doença, bem mal e que reconhecia haver uma espécie de razão universal dirigente de todos os fenômenos naturais, para acabar com o impasse a que a filosofia se encontrava, Empédocles fez uma síntese do modo de pensar de Heráclito e Parmênides e com isso chegou a uma evolução do pensamento.

Empédocles acreditava na existência de mais de uma substância primordial. Para ser mais exato, havia quatro elementos básicos: terra, ar fogo e água e tudo existente era produto da junção disso, em proporções diferentes. Achava também que o amor e a disputa eram duas forças que atuavam na natureza. O amor une e a disputa separa as coisas.

Anaxágoras declarava que as coisas eram constituídas por pequenas partículas invisíveis a olho nu. Estas podiam se dividir, mas mesmo na pequena parte existia o todo. Ele denominava estas partes minúsculas de sementes ou gérmens. Também imaginou uma força superior, a inteligência, responsável pela criação das coisas. Anaxágoras foi o primeiro filósofo de Atenas, mas foi expulso da cidade acusado de ateísmo. Interessava-se por astronomia, explicou que a Lua não possuía luz própria e como surgiram os eclipses.

Demócrito foi o último filósofo da natureza. Ele imaginou a constituição das coisas por partículas indivisíveis, minúsculas, eternas e imutáveis e as chamou de átomos. Estes, a seu ver, possuíam vários formatos, se diferenciavam entre si e podiam ser reaproveitados. Por exemplo, quando um animal morresse seus átomos participariam da constituição de outros corpos, foi um filósofo que valorizou a razão e as coisas materiais. Não acreditava em forças que interviessem nos processos naturais. Achava também que sua teoria atômica explicava nossas percepções sensoriais e que a consciência e a alma também se constituíam de átomos. Ele não cria numa alma imortal.

Sofia recebeu a carta do seu professor de filosofia que pedia desculpas por recusar o convite de ir até a sua casa conhecê-la pessoalmente. Nela estava seu nome: Alberto Knox. No entanto, ele a presenteou com uma echarpe de seda. Quando olhou o verso da carta, viu algumas perguntas e passou algum tempo refletindo sobre elas. Ela estava em seu esconderijo. Num dado instante, percebeu que alguém vinha da floresta. Passados alguns instantes, entrou em seu local secreto um grande cão labrador com um envelope amarelo na boca. Então, ela descobriu que ele o mensageiro de seu professor. A nova carta falava da filosofia em Atenas e de Sócrates.

Na cidade de Atenas primeiramente surgiram os sofistas – homens que criaram uma crítica social. Eles discutiam sobre o que era natural e o que não era, ou seja, o que era criado pela sociedade. Sócrates foi contemporâneo dos sofistas. Ele também se ocupava das pessoas e de suas vidas, levando-as a refletirem por si mesmas sobre coisas como os costumes, o bem e o mal. Mas ele diferia dos sofistas por não se considerar um sábio, não cobrava por seus ensinamentos e tinha a convicção de que nada sabia. Reconhecia que havia muita coisa além do que podia entender e vivia atormentado em busca do conhecimento. Sócrates ousou mostrar as pessoas que elas sabiam muito pouco. Para ele o importante era encontrar um alicerce seguro para os conhecimentos. Ele era um racionalista convicto. Em 399 a.C. foi acusado de corromper a juventude e de não reconhecer a existência dos deuses. Foi julgado, considerado culpado e condenado à morte.

Sofia encontrou mais um dos envelopes amarelos e desta vez veio uma fita de vídeo. Ela correu para sua casa e ao colocá-la

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