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O Mundo De Sofia

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Por:   •  17/4/2014  •  10.534 Palavras (43 Páginas)  •  785 Visualizações

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O mundo de Sofia

GAARDER, J. O mundo de Sofia. Trad. João Azenha Jr. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

Capítulo 1: O Jardim do Éden

Sofia era uma menina de quase quinze anos que morava com sua mãe pois o trabalho de seu pai o deixava ausente boa parte do tempo. Certo dia, quando vinha da escola, encontrou dois pequenos envelopes brancos, não simultaneamente. Em cada um havia uma indagação e elas levaram Sofia a refletir sobre a vida e a origem do mundo. Também recebeu um cartão-postal que deveria ser entregue a uma pessoa que ela nem conhecia e cujo nome era Hilde. Sofia recorreu a um esconderijo no jardim de sua casa para pensar e refletir sobre as perguntas. Para ela, ele representava um mundo à parte, um paraíso particular, como o jardim do Éden mencionado na Bíblia.

Capítulo 2: A Cartola

Neste capítulo, Sofia recebe um grande envelope amarelo com a inscrição: Curso de filosofia. Maneje com cuidado e vai lê-lo no esconderijo. O seu conteúdo diz que as pessoas têm preferências por diversos tipos de assuntos: umas gostam de esporte, outras curtem observar os astros. Porém existem questões que deveriam interessar a todos como, por exemplo, saber quem somos e de onde viemos. Essas e muitas outras têm sido pensadas e discutidas há muito tempo e as explanações para elas variam de acordo com o contexto histórico. Os filósofos buscam verdades e por mais difícil que seja encontrá-las nunca se deve desistir ou pensar que não existam. Hoje em dia também devemos procurar nossas respostas e é importante conhecermos o que foi dito em outras épocas para que possamos formar uma opinião própria. O professor de filosofia também faz referência a um truque mágico onde um coelhinho branco é tirado de uma cartola preta. Assim, ele quer passar para Sofia a idéia de que também fazemos parte de um grande mistério e nos comparar ao coelho com a diferença de que, ao contrário deste, temos consciência de estarmos participando de um enigma e procuramos explicações para isso. No mesmo dia, Sofia recebe um outro envelope amarelo. Primeiramente, o professor faz uma citação: "a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas". Depois diz que os bebês possuem esta capacidade mas, à medida que crescem, vão perdendo-a. Deste modo, compara um filósofo a uma criança: tanto um quanto o outro ainda não se acostumaram com o mundo e não pretendem se acomodar com as coisas.

Capítulo 3: Os mitos

Mais um dia e continua o curso. Agora Sofia lerá sobre a visão mitológica do mundo. A filosofia surgiu por volta de 600 a.C. na Grécia. Antes dela, as explanações para as coisas eram resultantes dos mitos que são histórias de deuses. Os mitos surgiram da necessidade do homem justificar fenômenos como o crescimento das plantas, as chuvas, os trovões, etc. Tudo que ocorria aqui na Terra estava intimamente ligado ao que acontecia no mundo dos deuses. Dessa maneira, secas, epidemias e outras coisas ruins eram reflexo de que as forças do mal triunfavam sobre as do bem e o inverso ocorria quando havia fartura e riqueza. Por volta de 700 a.C. Homero e Hesíodo registraram por escrito boa parte da mitologia grega. Isso foi importante, pois agora era possível questioná-la. Xenófanes foi um filósofo crítico em relação aos mitos pelo fato de seus representantes terem sido criados à imagem e semelhança das pessoas. Nessa mesma época começaram a surgir as cidades-Estados na Grécia e em outras regiões e como o sistema era escravista, os homens livres podiam participar mais dos eventos políticos, culturais, etc. Com isto, houve uma evolução no modo de pensar e às explicações pelos mitos seguiram-se "explicações naturais para os processos da natureza".

Capítulo 4: Os filósofos da natureza

A denominação "filósofos da natureza" é dada aos primeiros pensadores gregos por estes se interessarem pelos processos naturais. Eles partiram do pressuposto de que sempre existiu alguma coisa e, vendo as transformações que ocorriam no meio ambiente, indagavam-se como aquilo era possível. Então, acreditavam que havia uma substância básica que subjazia a todas essas transformações. Esses filósofos também tentaram descobrir leis eternas a partir da observação dos fatos, desconsiderando as explanações mitológicas. Assim, a filosofia se libertava da religião e os primeiros indícios de uma forma científica de pensar começavam a aparecer. Falaremos de alguns pensadores desta época. Comecemos por Tales, Anaximandro e Anaxímenes, três filósofos de Mileto. Tales achava que a água era um elemento de fundamental importância. Dela tudo se originava e a ela tudo retornava. Anaximandro não pensou como Tales. A seu ver, a Terra era um entre vários mundos surgidos de alguma coisa, sendo que tudo se dissolveria nessa "alguma coisa" que ele denominava de infinito. Anaxímenes (c. 550-526 a.C.) cria que o ar era a substância básica de todas as coisas. A água seria a condensação do ar e o fogo, o ar rarefeito. Pensava ainda que se comprimisse mais ainda a água, esta se tornaria terra. Nada pode surgir do nada Para Parmênides, nada podia vir do nada e nada que existisse poderia se transformar em outra coisa. Era extremamente racionalista e não confiava nos sentidos. Não acreditava nem quando via, embora soubesse que a natureza se transformava. Tudo flui Heráclito pensou que a principal característica da natureza eram suas constantes transformações. Ele confiava nos sentidos. Sobre ele, podemos falar ainda que acreditava que o mundo estava impregnado de constantes opostos: guerra e paz, saúde e doença, bem mal e que reconhecia haver uma espécie de razão universal dirigente de todos os fenômenos naturais. Quatro elementos básicos Para acabar com o impasse a que a filosofia se encontrava, Empédocles (c. 494-434 a.C.) fez uma síntese do modo de pensar de Heráclito e Parmênides e com isso chegou a uma evolução do pensamento. Empédocles acreditava na existência de mais de uma substância primordial. Para ser mais exato, havia quatro elementos básicos: terra, ar fogo e água e tudo existente era produto da junção disso, em proporções diferentes. Achava também que o amor e a disputa eram duas forças que atuavam

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