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O Renascimento e o Sonho

Por:   •  11/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  776 Palavras (4 Páginas)  •  719 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVARSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Escola de Artes e Arquitetura

LISA DO VALLE, DEBORÁH MIRANDA

O Renascimento e o Sonho.

GOIÂNIA

2017

LISA DO VALLE, DEBORÁH MIRANDA

[pic 1]

GOIÂNIA

25 de março de 2017

O SIGNIFICADO DO SONHO DO RENASCIMENTO:

    Segundo os relatos de J.C. Avelino da Silva durante sua ida ao Museu do Luxemburgo em Paris, a ideia de sono no Renascimento torna-se clara graças ao conceito de vacatio animae, ou ‘vacância da alma’, elaborado por Marsite Ficin, tomando Platão como referência.  No Timeu o filósofo escreve que a inspiração surge nos momentos de despossessão do sujeito, caracterizados pela perda de razão.

    Destacada mais ou menos completamente do corpo, a alma de certas pessoas adormecidas pode elevar-se em direção a um princípio superior e divino; ela alcança o estado profético, tanto quanto a inspiração poética. Essa concepção do sono não é, evidentemente, a única admitida no século XVI, mas ela influenciou numerosos artistas. 

   Sendo assim é através do sono que podemos chegar ao sonho (podendo ser interpretado de diversas maneiras), de acordo com alguns autores é por meio dele que acessamos um mundo novo, é a passagem entre dois limites, em locais não-localizáveis, onde eles se duplicam, onde a ordem natural das coisas está rompida, onde abundam as metamorfoses e as maravilhas.

   Estado propício à inspiração criadora, o espaço do sono e do sonho aparece junto com o do “furor poético”.  Por mais diferente que seja o papel do sonho em cada obra, ele representa o elo entre o real e o imaginário, é uma maneira de inscrever no espaço essa temporalidade paradoxal, estes mundos podem ser figurados lado a lado, religados por um mediador, ou separados tanto quanto unidos por uma fronteira.

   Mas em quase todos os casos, os artistas do Renascimento evitam pintar seus próprios sonhos; eles se inspiram na mitologia e nas histórias santas, sem fazer distinção entre sonho e visão. Sonhadores e visionários podem acolher tanto o melhor quanto o pior, tanto o verdadeiro como o falso. Isso ocorre porque o sonho é mundo tão incompreensível, rico e cheio de sentimentos, que dá margem a muitas considerações, censuras e novas abordagens. O que antes, era interpretado como símbolos ou premonições agora é visto como particularidades de nosso inconsciente. Sonhar é revelar-se diante do enigma invisível, mas possível de compreensão.

   

OBRA DA EXPOSIÇÃO E ANÁLISE:

   A obra escolhida foi O sonho da Virgem (c. 1440) de Michele di Matteo Lambertini, que ilustra Maria adormecida e em seu sonho ela vê a síntese entre a queda e salvação, apesar do sonho estar figurado na obra lado a lado com Maria, sem uma “fronteira” de distinção na pintura, ele representa o paralelo entre dois mundos.

   Freud parte do princípio de que todo sonho tem um significado, embora oculto, da realização de desejos. Os desejos reprimidos na vida de vigília muitas vezes estão relacionados com os nossos desejos mais primitivos vetados fortemente pela moral vigente. Interpretar um sonho significa conferir-lhe um sentido, isto é, ajustá-lo à cadeia de nossas faculdades mentais, ou seja, dar uma razão ao que fica “escondido” em nosso subconsciente.[pic 2]

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