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O Santo Agostinho

Por:   •  19/5/2016  •  Dissertação  •  3.518 Palavras (15 Páginas)  •  324 Visualizações

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Universidade Federal do Mato Grosso

Campus Universitário de Rondonópolis

Instituto de Ciências Humanas e Sociais

Curso de Psicologia

Docente: Dr. Fausto Calaça

Discente: Camilla Luz Balbino Moreira

Tarefa 1  

Paul-Michel Foucault é filho do cirurgião Paul Foucault e Anna Malapert. Nascido em 15 de outubro de 1926, em Poitiers. Sua família era considerada tradicional de médicos, mas Foucault seguiu seu próprio caminho em outra direção, o da filosofia. Durante sua jornada escolar se apropriou e conheceu de todas as influencias essenciais para tomar seu caminho no ambiente da filosofia. Em 1951, o filósofo iniciou as aulas de psicologia na Escola Normal Superior, e entre seus alunos estavam Derrida e Paul Veyne, nomes da filosofia e da história. No mesmo ano, Foucault adquire experiência no Hospital Psiquiátrico de Saint-Anne, o que repercutirá em suas obras sobre loucura.

Foucault iniciou as trilhas do Seminário de Jacques Lacan, e assim aproximou-se de Nietzsche através de Blanchot e Bataille. No ambiente psicológico, concluiu seus estudos na área de Psicologia Experimental, estudando Piaget, Janet, Lacan e Freud. Entre 1970 e 1984, Foucault é de designado a ocupar o cargo de Professor de História dos Sistemas de Pensamento no Collége de France, onde tomou posse com sua aula “Ordem do Discurso”, aula famosa na sua carreira e história.

Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona, foi um grande bispo cristão e teólogo. Nascido na região norte da África em 354, vindo falecer em 430. Agostinho faz um exercício de reflexão sobre virtude da alma. Seguro de sua fé e sua conversão relembra o passado compreendendo além de seus sentidos fazendo uma reflexão sobre a alma, acusando a memória como morada dos sentidos da mesma, abordando ainda a felicidade almejada pelo homem onde só é encontrada na única Verdade, Deus.

Agostinho afirmava ter a Verdade a todo o momento em seu íntimo, enquanto procurava fora de si. Tranquilo relata que a continência é um dom de Deus e se Ele impõe é porque concede o dom, afirma que com esta serenidade encontra os motivos que impulsiona ao homem ao pecado e reconhece Jesus Cristo como único mediador entre Deus e homens. Foucault defende que o processo de subjetivação é a busca pela verdade, em que o indivíduo pratica a construção, transformação, invenção, purificação e transfiguração de si mesmo. No livro X de Agostinho o processo de subjetivação foucaltiano pode ser relacionado, tendo que a busca de Agostinho em seu processo de conversão a busca pela Verdade. A busca pelo Eu é relacionada com a busca pela cidade celeste e alcançar o conhecimento entre si. Agostinho acredita que a forma que se converte está reconhecendo a si mesmo, pois Deus conhece e assim conhecendo a Deus, estará encontrando a verdade da sua vida.

Segundo Foucault deve procurar conhecer a si mesmo e cuidar-se para a verdade, o que está ligado e relacionado aos pensamentos de Agostinho. O teólogo afirma que os homens buscam conhecer coisas grandiosas e lugares, mas esquecem de si. Ele pretende executar um reconhecimento do interior, afirmando que Deus não está longe do homem, mas dentro dele. O caminho por essa busca é compreender-se em palavrear com o Deus que habita a si.

Foucault apresenta a forma da escrita pessoal operando da transformação como verdade em modo de vida. É um instrumento de exercício em conhecer a si, com a finalidade da escrita em implantar na alma os estudos por si próprio constituindo-se pelo o que em algum momento foi pensado. O ato de anotar o que se tem e vem à mente para após reler, meditar e até discutir consigo é um exercício de atitude que leva a compreensão do melhor, percebendo algumas atitudes erradas que poderiam ser evitadas se tivessem sido anotadas no ato do pensamento e meditadas.

Agostinho usa da forma escrita dos pensamentos como uma arma no combate espiritual, onde se pode gerar o controle do corpo, pois ao escrever o que a alma pensa é como se houvesse uma substituição do olhar entre as pessoas e por vergonha do que se escreve o pecado não aconteceria. O escrever as experiências espirituais dos momentos das tentações ajuda a clarear as ações e os movimentos da alma, podendo ser usado como forma de purificação esclarecendo o que não foi revelado. Agostinho compreende que existem outras formas de pensar o tempo sem ser em termos espaciais, mas no momento de outro elemento, é a linguagem que se expressa.

Por este motivo continuasse pensando o tempo porem sem a tentativa de explicação sua essência. Tentasse aprende-lo ao momento das praticas pessoais e linguísticas, pois a linguagem adquire sentido somente a partir do tempo. Em outras palavras não se pode pensar um sem o outro, são complementos, pois a linguagem articula o tempo e vice e versa. “Pensar o tempo significa, portanto, a obrigação de pensar na linguagem que o diz e que nele se diz”.

De acordo com Foucault as anotações dos momentos espirituais servem para desabrigar o intimo da alma, os momentos e movimentos escondidos dando poder para se libertarem, e assim Santo Agostinho escreveu em seu livro Confissões de maneira que expondo no papel seus pensamentos íntimos poderiam liberta-las:

“Mas tu amaste a verdade, porque aquele que a põe em prática alcança a luz. Também a quero pôr em prática no meu coração: diante de ti, na minha confissão, diante de muitas testemunhas, nos meus escritos.” (AGOSTINHO, 2008, pág 45).

Agostinho usava de seus escritos como uma maneira de colocar em prática a verdade, buscando atingir a luz, expondo seus conhecimentos e falhas para que assim fossem concertadas. Desta forma confessava o que é mau, pois desagradava a conduta e também suas benfeitorias glorificando a Deus, que era o grande autor das obras.

Tarefa 2

A psicologia junguiana é vista como imago termo para diferenciar a realidade objetiva de algo da percepção subjetiva da sua importância como consequência a experiência pessoa agregada as imagens arquetípicas do inconsciente coletivo. É como tudo que é inconsciente são experimentadas através de uma projeção. Jung considera que as imagens arquetípicas ou primordiais e as imagens anímicas são representações de sonhos ou algo dando manifestação do inconsciente, da personalidade intima e em alguns casos, em sua maioria, do animus ou da anima.

Agregando com as imagens e seus sentidos tem a importância do trabalho e desenvolvimento do conhecimento do inconsciente da imaginação ativa. Nas Confissões são bem mais presentes, as imagens que Agostinho faz de Deus em todos os momentos em que invoca mostrando sua relação com o relato acima. Deus para ele, é conhecido de forma que o homem se autoconhece e durante o processo as imagens que surgem do texto Confissões são de grande importância, caracterizadas no momento em que se está sendo vivida.

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