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O mito da caverna

Por:   •  6/6/2015  •  Resenha  •  674 Palavras (3 Páginas)  •  366 Visualizações

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Resenha: O Mito da Caverna

Platão viveu em Atenas (427-347 a.C) era de família nobre, foi discípulo de Sócrates (considerado por muitos o homem mais sábio e justo desde então), autor de diversos diálogos filosóficos e juntamente com seu mentor e seu pupilo Aristóteles, Platão foi peça importante para a construção dos alicerces da Filosofia e da Ciência. Desenvolveu a Teoria da Ideias, defendendo que as formas abstratas não-materiais (ideias) possuem o tipo mais alto e fundamental da realidade, ao contrário do mundo material e mutável conhecido por nós por meio das sensações.

O Mito da Caverna, escrito por Platão no século IV a.C é uma explicação alegórica do ser humano frente ao conhecimento, podemos encontrá-lo no livro VII de A República do mesmo autor. Esta alegoria conta a história de alguns homens que viveram a sua vida, desde a infância no interior de uma caverna, acorrentados e com os olhos voltados à uma parede, não podiam girar a cabeça nem para trás e nem para os lados, desde modo tudo que sabiam ou conheciam era resultado das sombras projetadas por uma fogueira. Entre a fogueira e os prisioneiros havia um muro, como se fosse um palco de marionetes, ao longo desse palco-muro homens transportavam estátuas de todos os tipos, com figuras de seres humanos, animais e outras coisas, alguns conversavam enquanto passavam outros mantinham-se calados, por conta de estarem acorrentados imóveis e auxiliados pela luz da fogueira os prisioneiros enxergavam apenas as sombras projetadas por ela, não impossibilitados de observarem as próprias estátuas, assim como os homens que as carregavam.

Quando um destes homens consegue se libertar e foge para o exterior da Caverna, a princípio seus olhos ardem e se ofuscam por não estarem acostumados aos raios solares, mas gradualmente consegue admirar a natureza e contemplá-la com olhares de criança, diante da infinitude e perfeição da Criação, entendendo que tudo aquilo que observara agora era a realidade e que fora enganado durante toda a sua vida. Após conhecer o mundo real, não conseguiria ele viver novamente acorrentado na caverna, por isso a partir desse espanto e esclarecimento, sente a necessidade de compartilhar essa experiência. Retorna à caverna e convida os outros homens a libertarem-se e apreciarem junto a ele a beleza das coisas exteriores. Estes, acostumados e alienados desde à infância zombam dele e recusam-se a sair da caverna, ameaçando-o de matá-lo, caso os libertem, visto ser para eles a sombra a própria realidade.

Metaforicamente podemos perceber que cada um dos elementos da alegoria possui um significado filosófico, entre eles, estão:

  • Prisioneiros = Ser Humano
  • Sombras = Aparências
  • As coisas naturais e o mundo externo que os prisioneiros não veem, é o mundo inteligível e representa a ideia do bem estar.
  • O prisioneiro que escapou e que deve guiar os demais, representa o filósofo, ou seja, são apenas aqueles que se sacrificam em sentir a dor, superar o medo de morrer para se livrarem das correntes e empregar os olhos inutilizados a fim de contemplar a beleza do mundo inteligível.

O texto retrata a Natureza Humana e o processo doloroso ao qual passamos na apreensão do conhecimento, como afirma Aristóteles: “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.

Em relação a crítica à condição de homem apresentado por Platão podemos contextualizá-la com nossa vida atual, ainda que tenha sido escrito há mais de 2500 anos, observa-se com clareza a alienação dos seres humanos em relação às imposições da mídia, esta legitima e afirma não só o consumismo, mas também os modos de socialização (uma espécie de dogmas que devemos seguir para viver). Assim sendo, O Mito da Caverna é um convite à Reflexão e sobretudo um passaporte para que nos libertemos das correntes que nos amarram e alienam para a contemplação do novo, da admiração das coisas e um olhar profundo que visa ultrapassar as aparências e quem sabe a transformação social.

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