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OS PRINCIAIS FILOSOFO DA HISTÓRIA

Por:   •  23/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.849 Palavras (12 Páginas)  •  135 Visualizações

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    FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS-FAMETRO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

MILENA RABELO DA SILVA

ANA PAMELA DOS SANTOS FEIJO

PRINCIAIS FILOSOFO DA HISTÓRIA

MANAUS

2018

Introdução

          Oriundo da tradição iluminista com sua à capacidade metafisica da razão, experimentando uma profunda crise do elemento teológico em sua relação coma razão humana. Critica ferrenho do seu tempo, Clemente muda de atitude quando se fala dos filósofos gregos. O tom benévolo já tinha sido estudo com o trabalho de Justino que via ali “sementes” espalhadas no mundo pelo Verbo, o Logos divino. Clemente, continuando nessa respectiva, afirmara no fim do seu capitulo dos Stromateis que a filosofia grega é nada menos que uma “obra da providência divina”. Essa perspectiva de abertura a partir da questão do conhecimento de Deus como Logos será essencial para a identidade cristã. E, para Clemente, um vínculo entre Deus e a racionalidade que ele vai explorar e transpor no vínculo entre a fé e razão.

           


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(Clemente de Alexandria)

           Clemente de Alexandria Tito Flávio Clemente (Atenas), c. 150 – Palestina, 215) foi um escritor, teólogo, apologista e mitógrafo cristão grego nascido provavelmente em Atenas, pais pagãos, instruído profundamente na filosofia neoplatônica. Já adulto, decidiu voltar-se ao cristianismo. Finalmente por volta de 175-180, na Escola de Teologia de Alexandria (Didaskaleion) encontrou o filosofo patrístico Panteno (século II), e nos seus ensinamentos, “encontrou a paz”, sucedeu-o por volta de 189, como líder espiritual da comunidade cristã de Alexandria. Ali permaneceu por durante vinte anos, tornando-se um dos mais ilustrados padres primitivos. Pode- se dizer que Clemente foi o primeiro a esboçar uma grande sistematização da moral, ao mesmo tempo em que, com regras explicitadas em sua obra pedagogo. Clemente foi um erudito numa época em que os cristões eram geralmente poucos letrados. Não obstante, foi capaz de construir pensamentos lógicos e convincentes, baseados nas escrituras e na filosofia, a favor do cristianismo e contra os gnósticos de Valentim, que, baseados em Alexandria, o mais importante centro de atividade intelectual da época. Pacifista, defendeu a fraternidade e a partição das riquezas entre os homens. Entre suas obras de ética, teologias e comentários bíblicos destaca-se a trilogia formada por Exortação, Pedagogo e Miscelâneas.  


A theopoiésis da Teologia de Clemente de Alexandria

          O primeiro autor a fazer uso da expressão theopoiésis é clemente de Alexandria (150-215dC), que sofre uma forte influência de judaísmo helenista de Fílon (25aC-50dC), também de Alexandria. Para o judeu helenista, leitor da Septuaginta, a escolha do verbo poiéin indica a criação do nada e que contém a inspiração da imagem [eikon] e semelhança [homoiousios] de Deus que deve estar impressa na alma. Enquanto, no pensador helênico a semelhança é o parente e irmã do pensamento”, porém é “irracional”, e Abraão em sua busca de atender ao chamado de YHWH, inaugurando trajetória em busca do Logos que é a Torah, a fim de que a alma não se perca em suas paixões e seus atos involuntários mas alcance a “verdadeira paixão” que é Deus. O modo como a alma vai se tornando amante da virtude é pelas migrações de sentido-imagem, do literal deve buscar a “imitação da imagem”.

          Clemente de Alexandria identifica na filosofia mosaica de Fílon quatro tipos de migrações que constituem a dialética da intenção da Torah, e como ela deve ser recebida, a saber, a história como “tipo” ou figura literária que contém a “epopéia do grande mistério”; as prescrições legais como “preceitos morais”; a liturgia entendida como preceito cerimonial e classificada como “signo” e a teologia como “profecia”. Esses quatro sentidos constituem (tipo, preceitos morais, signo e profecia) identificados por Clemente, tenta conciliar a literatura bíblica e a tradição filosófica, entendendo que está funciona como o antigo testamento dos pagãos, e ambas são preambula fidei, uma “ginástica preliminar para a “Logos verdadeira Filosofia”, ou seja, a Teologia. Contudo os filósofos gregos devem ser chamados de “ladrões”, porque roubaram de Moisés, o estóico por excelência, e dos profetas as idéias mais profundas, sem ao menos reconhecer tal influência. Se a importância da filosofia grega se dá porque preparou o mundo para conhecer o é a filosofia mosaica que oferece uma dialética mais adequada, sendo Moisés mestre de Platão, para captar a “força de Deus” cativando para conhecer a “vontade da Lei”, que permite a purificação de todas as paixões. Assim o sentido literal ou tipológico da Lei apenas carrega modelos, porém se entender a dialética como “capacidade de discernimento” para a “formação da consciência a fim de “distinguir” as “confusões”, e classificar as coisas em princípios ou gêneros que permitam assim na medida em que toma consciência e passa a desejar a “vontade da Lei”, essa “força permeia as atitudes” sendo “gerada nesse exercício de discernimento”, e assim se “manifesta”48 a “integridade” [onton katharon]. Por isso, além do modelo, para aquele que busca na filosofia mosaica também a purificação das paixões para unir a própria vontade à vontade da Lei, ora encontra um “sinal” (shmei/on) que ilumina a própria alma na busca de distinguir as confusões; ora encontra uma “ordem” (evntolh.n) para se fazer o que é “certo” (ovrqh,n) entre as possibilidades todas; e ora encontra a inspiração de uma “profecia” (profhtei,an) e assim se pode extrair melhor o “ensinamento divino” das Escrituras. Clemente não explica como teria sido essa influência e nem como Pitágoras (século VI aC) e Platão (428 a 347aC) teriam acesso à Septuaginta que tem a primeira versão composta somente no reinado de Ptolomeu II, no Egito entre 305 a 285aC.

Conceitos defendidos por Clemente de Alexandria

             Entretanto com isso, a alegoria alexandrina, defende o direito de cidadania e legitimidade epistemológica, da filosofia cristã para com a filosofia grega a partir da filosofia mosaica, para que possa então mostrar a “verdade mais adequada” [orthós alethés] da gnose cristã como conhecimento das coisas e de Deus, e daquelas melhor conhece por conhecer seu Criador, e por isso a gnose cristã é capaz de melhor entender a “ordem do mundo”53 revelada pelo Logos que se fez carne e Pedagogo para conduzir a “vida perfeita” e “imortal” acolhendo a graça da “uiopoiésis”, de “ser feito filho” e assumir o modo de vida do Filho e colaborar com a ordem do mundo desejada por Deus. A theopoiésis atua como pró-vidência, ou seja, em prol da consciência [pró-nous] a fim de que possa discernir a ação do Logos56 e assim ser conduzida a alma, pelo modo que “inspira” a pensar e agir, a união com Deus. Essa é a visão, bastante influenciada pelo estoicismo, que Clemente irá demonstrar na tapeçaria (stromata) de autores e proposições filosóficas de que a gnose cristã é a verdadeira filosofia a ser seguida, porque a vive em maior profundidade ainda, o que se iniciou nas duas outras escolas. Essa theopoiésis é “universal”, mas há que se ter uma dialética adequada para se assimilar a vontade de Deus, antes manifesta imperfeitamente na Lei, e agora de modo perfeito na vida [perfeita] de Cristo, como aquela que é portadora do teleios de Deus, ou seja, a vida de Cristo realiza a finalidade da criação. Em Clemente, a vida cristã é o modo mais profundo que se realiza o ideal de perfeição dos estóicos, porque é a theopoiésis, ou seja, o agir de Deus que conduz a alma à perfeição devido a uiopoiésis que o Pedagogo conduz, por ser Ele o Filho de Deus. Portanto, o caminho da vida perfeita, ideal de época, acontece na uiopoiésis do batismo, como graça que deixa a marca [charisma] da ação de Deus, ou seja, a theopoiésis. O batismo carrega não somente a graça da vida perfeita, mas a proposta da vida cristã, que na medida em que a vive, se é “iluminado” na consciência de ser “adotados como filhos” de Deus, e, portanto, redestinado para alcançar a “vida que não acaba”.

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