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RESENHA DA SERVIDÃO MODERNA

Por:   •  5/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  946 Palavras (4 Páginas)  •  489 Visualizações

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RESENHA

DA SERVIDÃO MODERNA

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

DISCILPLINA: ESPAÇO E ECONOMIA

PROFESSOR: RENATO BARBOSA FONTES

ALUNA: ÉRIKA LIMA TONUSSI RODRIGUES

PERÍODO: 1O          /         TURNO: NOITE

BELO HORIZONTE – MG

24 DE JUNHO DE 2016

DA SERVIDÃO MODERNA E MARX

O filme documentário Da servidão moderna de Jean-François Brient, nos apresenta de forma bem clara que embora a escravidão tal qual nós conhecemos do mundo antigo tenha acabado e ficado para a história, na realidade ela continua presente porém de uma maneira diferente e nós nem nos damos conta.

Essa maneira diferente está manifestada nessa cultura mercantilista, que nos induz ao consumo mediante a criação de novas necessidades que como demonstrado no filme nos leva a  acumular cada vez mais mercadorias que o mercado nos diz ser imprescindivel para alcançarmos a satisfação e com ela a felicidade.

Aquele conceito que os economistas defendem de que é a necessidade das pessoas que cria a oferta, fica um pouco distorcido quando percebemos que, na realidade como visto no filme é o mercado que cria a necessidade e nos ofertam produtos que passamos a acreditar serem vitais, podemos observar isso com o telefone celular, que hoje chamado de smartphone, cuja função principal e inicial de telefonar já nem é mais tão utilizada,  nós não nos imaginamos mais sem ele, fomos completamente “possuidos pela coisa que possuimos”. Para Marx sob a perspectiva materialista e dialética, as formas econômicas de produção e consumo do homem são transitórias e históricas, com novas forças produtivas eles modificam também a forma de produção, e com essa forma mudam-se também as relações econômicas. De acordo com ele a produção cria o consumidor, na medida que ela determina o objeto e o modo de consumo.

Marx defende que a estrutura de uma sociedade é dependente do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção correspondentes. Ele chama de forças produtivas as nossas ações enquanto indivíduos sobre a natureza, o modo como obtemos os bens que necessitamos e o grau de tecnologia, processos, modos de operar, divisões do trabalho, matérias-primas, entre outros, utilizados em determinado período/época.  

A Estrutura ou base de uma sociedade de acordo com Marx é esse conjunto das forças produtivas com as relações sociais de produção, e na produção da vida nós geramos uma nova espécie de produto que não se constitui na forma material mas sim na forma de ideologias políticas, religião, códigos morais, leis, conhecimentos, enfim uma infinidade de coisas que criamos e que constituem diferentes modos de pensar e agir, à essa nova categoria de produto Marx dá o nome de Superestrutura.

No filme vemos que o sistema dominante ou seja o capitalismo fez do trabalho seu principal valor, o homem deve portanto trabalhar cada vez mais para “pagar a crédito a sua vida miserável”, no seu livro O capital, Marx nos explica:

O sitema capitalista é aquele no qual se aboliu da maneira mais completa possível a produção com vistas à criação de valores de uso imediato, para o consumo do produtor: a riqueza só existe agora como processo social que se expressa no entrelaçamento da produção e da circulação.

A sociedade capitalista tem sua base na ideologia da igualdade, parece contraditório mas quer dizer que: o parâmetro é o mercado, no qual temos o trabalhador que oferta sua força de trabalho ao empregador que a adquire por um salário, sendo assim para o Estado os homens aparecem como iguais e é dessa forma que nós também enxergamos.  

Marx nos apresenta o conceito de Mais-valia, onde ele diferencia o tempo de trabalho necessário ao trabalhador para produzir o equivalente ao seu salário e o tempo de trabalho excedente, no qual a atividade produtiva do empregado não cria valor para ele e sim para o empregador.  A taxa de mais-valia é a razão entre o trabalho excedente e o necessário,  e expressa o grau de exploração do trabalho pelo capital. O que impede o trabalhador de enxergar e entender esse processo explorador é a alienação, que se manifesta no fato de termos uma convenção contratual livremente aceita, no filme vemos que as atividades alienantes nos são apresentadas como sendo libertadoras, enquanto na verdade nos tornamos prisioneiros.

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