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Resenha Crítica do Livro "Desenvolvimento Sustentável: A Institucionalização de Um Conceito.”

Por:   •  31/7/2021  •  Resenha  •  424 Palavras (2 Páginas)  •  272 Visualizações

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Resenha crítica do livro "Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito.”

O livro  "Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito” foi publicado em 2002 pela editora Edições IBAMA, tendo autoria de Marcos Nobre e Maurício de Carvalho Amazonas. Marcos Nobre é graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente é professor-livre docente do curso de Filosofia da Universidade de Campinas (UNICAMP). Possui mestrado e doutorado em Filosofia também pela USP. Mauricio de Carvalho Amazonas possui formação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, mestrado e doutorado em Economia pela UNICAMP. Desde 2008 é professor adjunto do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília.

O tema abordado é o “Desenvolvimento sustentável” (DS). Os autores, por meio de uma síntese dos debates internacionais iniciados nos anos 70, constroem uma trajetória de construção do conceito de DS. Conceito este que há problemas em sua definição e carrega ideias contraditórias. O livro é dividido em três partes. A parte 1 é escrita por Marcos Nobre e consiste na explicação do contexto de surgimento do termo como sendo uma alternativa à dicotomia existente entre desenvolvimento e sustentabilidade. O autor mostra como a preocupação ambiental que começou sendo apenas de caráter científico, evidenciado no relatório do Clube de Roma, também tomou um cunho de preocupação social, pois ao partir do Relatório Brundtland a desigualdade passou a ser apontada como fator decisivo nas questões ambientais. Outro ponto abordado é o entendimento de desenvolvimento apenas como desenvolvimento econômico, o que por muitos anos fez com que os países do dito “Terceiro mundo”, recusassem a sustentabilidade. A ideia de crescimento zero, primeiro apresentada levando em consideração o esgotamento dos recursos foi substituída pelo crescimento ordenado e ecológico. A partir disso, os países do hemisfério Sul também passaram a apoiar o DS.

Segundo Nobre, a institucionalização da problemática ambiental foi evidenciada a partir da Rio-92, que mostrou a preocupação dos países em incluí-la nas agendas políticas internacionais. Se antes havia uma objeção dos países menos desenvolvidos pelo medo da ameaça de estagnação proposta pelo crescimento zera, agora há um embate sobre quais países deveriam determinar e pagar pelo DS. É interessante observar o recente regresso do Brasil nas questões ambientais, que em 1972 na Conferência de Estocolmo defendeu o desenvolvimento a qualquer custo e nos últimos anos este discurso voltou à tona. A flexibilização das legislações de proteção ao meio ambiente com a justificativa de progresso, é um discurso antiquado e que traz sérias consequências que serão percebidas com a eclosão de desastres ambientais.    

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