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Terminalidade de vida

Tese: Terminalidade de vida. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/10/2013  •  Tese  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  406 Visualizações

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1-Terminalidade de vida

Segundo Gutierrez(2001), a terminalidade de vida é quando se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde e a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível. O indivíduo se torna “irrecuperável” e caminha para a morte, sem que consiga reverter este caminhar.

Admitir que os recursos para o resgate de uma cura se esgotaram e que o sujeito se caminha para o fim da vida, não dignifica que não há mais o que fazer. Ao contrário, abre-se uma ampla gama de condutas que podem ser oferecidas, tanto ao sujeito que necessita de cuidados quanto seus familiares, visando agora o alivio da dor, diminuição do conforto, mas, sobretudo, a possibilidade de situar-se frente ao momento do fim da vida, acompanhados por alguém que possa ouvi-los e dar suporte.

No processo da terminalidade deve-se levar em conta não a qualidade de vida que resta a pessoa, mais sim a qualidade de vida. Uma das realidades mais difíceis com as quais os profissionais de saúde se deparam é que, a pesar dos melhores esforços alguns indivíduos morrerão.

E, embora não seja possível alterar esse fato, é possível ter um efeito significativo e duradouro sobre a maneira pela qual o sujeito vive até o momento da morte, a maneira pela qual a morte acontece e as memórias que ficam da morte para a família. A educação, a pratica clinica e a pesquisa sobre o cuidado em fase terminal está evoluindo, a necessidade de preparar profissionais de saúde para o cuidado ao sujeito em fase terminal surge como uma prioridade.

Saloum e Boemer (1999) relatam grandes transformações na forma do ser humano entende e lidar com a morte na sociedade ocidental, principalmente ao compreender que de acontecimentos esperados, naturais, compartilhados, a morte passou a ser enfocada como um evento que ocorre, predominantemente, no contexto hospitalar, remetendo a um morrer solitário, institucionalizado.

Nas últimas três décadas, cresceu o interesse pela fase terminal, com ênfase sobre os ambientes em que ocorre a morte, sobre as tecnologias empregadas para sustentar a vida e os desafios de tentar melhorar os cuidados em fase terminal.

Estar enfermo é perder a integridade da saúde e os objetivos fundamentais da enfermagem é cuidar dos enfermos buscando restabelecer a integridade perdida, ou seja, a busca pela cura ocorre quando a saúde é entendida como o bem estar biológico e psicossocial e espiritual é plenamente restabelecida.

Cuidar do atendimento espiritual dos pacientes é expandir-se na dimensão existencial do ser humano.“Os Profissionais tem a responsabilidade de incluí-la no mesmo grau de importância das técnicas de intervenção, pois como informa Mauksch (1975)” morrer é uma experiência total é na hora de morrer o órgão afetado deixa de ser o item básico”.Hoje se morre muito mais no hospital; é uma morte expandida das pessoas e isolada dos familiares, no entanto, a morte é característica mais humana, pois o ser humano é o único animal que sabe que vai morrer.

No percurso final da vida, diante da inexorabilidade da morte, ainda surge necessidade da presença solidária do profissional, acolhedor e disponível, pois os sujeitos enfermos estão vivos na cena da morte que já não pode ser evitada e, na proposta de Trein (2002), “se não há solução para a morte do homem, talvez uma solução seja não deixar que as pessoas morram de solidão”.

Dessa forma, ainda que a boa morte ou morte digna inclua, como a ponta Franco (2002), características como ausência de dor, uso imaginativo de recursos sensoriais, está rodeado pelas pessoas amadas, se preparado

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