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Trabalho De Filosofia

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Por:   •  8/4/2014  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  402 Visualizações

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Filosofia política

Filosofia política é o campo da investigação filosófica que se ocupa da política e das relações humanas consideradas em seu sentido coletivo.

Na Antiguidade grega e romana (principalmente na primeira), discutia-se os limites e as possibilidades de uma sociedade justa e ideal (Platão, com sua obra A república). Mas o que se tornou célebre, por se tornar a teorização da prática política grega, em particular de Atenas, foi o tema do bem comum (Aristóteles), representado pelo homem político, compreendido como o cidadão habitante da pólis, o homem politikós que opinando e reunindo-se livremente na ágora, junto a seus pares, discute e delibera acerca das leis e das estruturas da sociedade. O homem político teria o seu espaço de atuação privilegiada na esfera pública, no átrio, no senado, em oposição à esfera privada dos indivíduos, representada pela casa, pelo lar, pelos negócios domésticos. Já em Roma, Cícero teorizou a República como espaço das liberdades cívicas, em que ocorre uma complementaridade entre os senadores e a plebe (tese retomada no século XVI por Maquiavel).

O filósofo francês do século XVI, la Boétie, dizia que a história das associaçôes políticas entre os homens é a história da própria servidão, essa servidão, em seu conceito, era voluntária. Tal afirmação envolve várias questões sobre a condição humana, muitas respostas a essas apontam para questões éticas, para aspiração de um bem comum entre os homens. Talvez entrevendo a necessidade de uma relação íntima entre a ética - a busca de felicidade e justiça - e a política, em seu sentido superior.

Desde fins da Idade Média, a Filosofia Política e os pensadores tratam das mais variadas questões sobre a legitimação e a justificação do Estado e do governo:

- os limites e a organização do Estado frente ao indivíduo (Thomas Hobbes, John Locke, barão de Montesquieu, J.-J Rousseau);

- as relações gerais entre sociedade, Estado e moral (Nicolau Maquiavel, Augusto Comte, Antonio Gramsci);

- as relações entre a economia e política (Karl Marx, F. Engels, Max Weber);

- o poder como constituidor do "indivíduo" (Michel Foucault);

- as questões sobre a liberdade (Benjamin Constant, John Stuart Mill, Isaiah Berlin, Hannah Arendt, Raymond Aron, Norberto Bobbio, Phillip Pettit);

- as questões sobre justiça e Direito (Immanuel Kant, F. W. Hegel, John Rawls, Jürgen Habermas, Michael Sandel)e

- as questões sobre participação e deliberação (Carole Pateman, Habermas, Joshua Cohen).

- as questões sobre a contingência, liberdade e solidariedade na acepção do declínio da verdade redentora e ascensão da cultura literária (Neopragmatismo - Richard Rorty)

Poder político

Poder político é a possibilidade coercitiva que o estado possui para obrigar a fazer ou não fazer algo, tendo como objetivo o bem público.

O poder político nas democracias é essencialmente a vontade da maioria através do governante. Não existe poder político nas ditaduras, visto que a força em si é apenas uma das condições e não a causa essencial, portanto num governo totalitário o ato de coação é aplicado sem visar o bem público.

Antes de impor a ordem, o poder político tem como razão principal, formular essa ordem.

dentro do âmbito da ciência, o poder político tem causas sociais e psicológicas, que não necessariamente estão isoladas uma da outra, mas que podem interagir entre si.

A VISÃO POLITICA DE ARISTOTELES: Aristóteles foi, talvez, o primeiro filósofo a distinguir a ética da política: centrava a ética na ação moral e voluntária do indivíduo enquanto indivíduo e a política nos vínculos institucionais à comunidade. Como se vê, temos aqui um primeiro esboço do problema: indivíduo e comunidade são entidades separadas.

Mas Aristóteles define o homem como animal político porque dotado de palavra, um animal que, dotado de lógos, tende naturalmente para viver numa pólis. Portanto, faz preceder o indivíduo da comunidade, uma vez que esta é a causa final da associação entre os humanos.

Daí resulta que, tal como o indivíduo é subordinado à comunidade, também a ética se subordina à política, com todo o rol de conseqüências associadas.

Diz Aristóteles (Ética a NIcómaco, 1094 a): o bem é aquilo a que as coisas tendem e (1094 a, 5) onde há fins distintos das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as últimas.'

Não apenas há separação entre meios e fins (entre indivíduo e comunidade), como há uma hierarquia 'natural' entre eles, sendo de maior excelência os fins - a ficção sobrepõe-se à realidade, quer, como qualquer bom filho de Platão.

Num mundo marcado pela separação essencial, a hierarquia estende-se por todos os lugares: (op.cit. 1094 a, 10,15) 'os fins das artes fundamentais devem ter precedência

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