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UMA COMPREENSÃO ACERCA DA EXISTÊNCIA, REFLETIDA NA VIDA DE PASCAL E KIERKEGAARD

Por:   •  30/6/2016  •  Monografia  •  10.240 Palavras (41 Páginas)  •  265 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN

PRÓ-REITORIA DE ENSINO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE FILOSOFIA – LICENCIATURA

UMA COMPREENSÃO ACERCA DA EXISTÊNCIA, REFLETIDA NA VIDA DE PASCAL E KIERKEGAARD

SAMUEL RODRIGUES DA SILVA

Frederico Westphalen, novembro de 2013.

SAMUEL RODRIGUES DA SILVA

UMA COMPREENSÃO ACERCA DA EXISTÊNCIA, REFLETIDA NA VIDA DE PASCAL E KIERKEGAARD

A presente pesquisa é uma exigência da disciplina de Monografia B, do curso de Filosofia – Licenciatura da URI.

Orientador: Prof. Msc. Ricardo Cocco

Frederico Westphalen, novembro de 2013.

identificação

Instituição de Ensino

URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Campus de Frederico Westphalen

Direção do Campus

Diretor Geral: César Luis Pinheiro

Diretora Acadêmica: Silvia Regina Canan

Diretor Administrativo: Nestor Henrique de Cesaro

Departamento/Curso

Departamento de Ciências Humanas – Coordenadora: Edite Maria Sudbrack

Curso de Filosofia – Coordenador: Claudir Miguel Zuchi

Orientador:

Ricardo Cocco

Orientando:

Samuel Rodrigues da Silva.

resumo

A partir da experiência de vida de Pascal, possibilitada por sua condição intelectual e religiosa, se comtempla a compreensão de indivíduo sujeito à miséria e à grandeza enquanto ser. A base fundamental na filosofia de Pascal é o ser humano caracterizado em sua condição natural, ser que está sujeito ao universo, e ao mesmo tempo acima dele, porque é ciente desse saber e nenhum outro ser existente tem essa consciência, nisso se revela a característica de grandeza humana, ao passo que também assume sua miséria. Para fugir dessa reflexão, o homem busca no divertimento e distrações uma forma de não admitir tal miséria, tornando-se ainda mais miserável, pois só assim ele evita encontrar o seu eu. O caminho de Kierkegaard para chegar à indagação acerca do indivíduo é marcado pela desilusão e sofrimento íntimo, herda paternalmente uma fé na qual se transfigura um Deus, princípio e fim de toda e qualquer existência, daí parte sua filosofia. Sua perspectiva não é chegar a um conceito sobre o ser humano, mas dar um significado ao ser individual, diferente daquele Hegel que busca em um espírito absoluto a explicação de tudo. Kierkegaard entende como inconsistência filosófica a elaboração de uma reflexão frente à existência do ser que não pode ser simplesmente sistematizada. O ser em relação com Deus chega ao exercício da angústia que é possibilidade de libertação através da fé, fora do amparo da fé, resta apenas o desespero. O homem deve portando abraçar esta angústia e através dessa experiência ir de encontro ao seu ser individual. A fé para Kierkegaard é a questão crucial na vida de todo ser, ciência é mera distração, à qual o ser humano não deve se apegar com dedicada aplicação como à reflexão de sua existência.

Palavras-chave: miséria, grandeza, divertimento, Pascal, existência, angústia, desespero, indivíduo, Kierkegaard.

Sumário

IDENTIFICAÇÃO        

RESUMO        

SUMÁRIO        

INTRODUÇÃO        

1 PASCAL: ENTRE A GRANDEZA E A MISÉRIA DA CONDIÇÃO HUMANA        

1.1 A vida de Pascal e os sinais à filosofia da existência        

1.2 A impremeditada filosofia existencial pascalina        

2 Kierkegaard: angústia e desespero        

2.1 A vida trágica de Kierkegaard como pressuposto à sua teoria        

2.2 A angústia e o desespero humano como chave para a compreensão da existência em Kierkegaard        

CONSIDERAÇÕES FINAIS        

REFERÊNCIAS        

introdução

Como Pascal e Kierkegaard foram os pensadores em suas épocas que mais se aprofundaram da questão do ser, se parte da obra de ambos para poder hoje se falar de existencialismo enquanto movimento filosófico, indo de encontro à sua essência teórica. Mesmo que Pascal não se enquadre no termo existencialista, este contribuiu de forma incisiva no tema. O que se observa em ambos, são características presentes no caminho percorrido. Como em Kierkegaard o ponto de partida se configura em um ser humano sedento da Graça Divina e coagido constantemente pelo sentimento de angústia e tal sentimento lhe impede de seguir uma vida, comum à outros indivíduos, também em Pascal a figura divina é uma constante o que reforça a necessidade de um eixo, o Deus cristão, sob o qual a contemplação do ser transcorre.

Não menos defensor de sua fé, Kierkegaard se mostra áspero contra uma igreja que mais parece, zombar de Deus, ou coloca a Sua importância em segundo plano. As formalidades vazias, referidas quanto à prática da religião luterana na Dinamarca lhe são desprezíveis e nocivas à própria fé. Torna-se ele um crítico dos pastores que perpetuavam tal charlatanice, assim como toda a sociedade de Copenhague – e a Dinamarca como um todo – estava se deixando levar pela hipocrisia de acreditar no praticismo dos conceitos sistemáticos e abandonando definitivamente a essência do conhecimento que reside no ser e sua fé no Divino.

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