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A História da Riqueza do Homem

Por:   •  3/1/2022  •  Resenha  •  7.644 Palavras (31 Páginas)  •  190 Visualizações

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Universidade Federal Do Acre

Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Licenciatura em Geografia

Produção do espaço econômico Brasileiro

Adelita Pereira

Laíz Carolíne de Oliveira Santos

Resenha crítica: Capitula 01 – Livro História da Riqueza do Homem – Do Feudalismo ao Capitalismo.

Rio Branco- Acre

15 de dezembro de 2021

Resenha crítica: Capitula 01 – Livro História da Riqueza do Homem – Do Feudalismo ao Capitalismo.

Essa resenha, tem o objetivo de discutir as ideias do autor Leo Huberman, no livro a História da Riqueza do Homem, sobre um olhar histórico do pensamento econômico, explica em termos de desenvolvimento das instituições e econômicas, as várias doutrinas que surgiram ao longo da história, como se desenvolveram, se modificaram ou ficaram obsoletas ao sistema econômico emposto naquela estrutura naquele dado momento. A resenha se deterá apenas ao primeiro capítulo dessa obra, “Do Feudalismo ao Capitalismo”. Sacerdotes, Guerreiros e trabalhadores; todos já assistiram aos filmes com grandes produções cinematográficas que retratavam a Idade média. Guerreiros, sacerdotes, Reis, Rainhas, Guerras, conflitos, mas o que os filme não mostram até porque não é o objetivo do mesmo, é que por traz desse grande sistema medieval, haviam trabalhadores, fabricantes de armaduras, os produtores rurais, os criadores de porcos e outros que alimentavam os castelos, alguém produzia tudo isso, e o mais importante alguém pagava por tudo isso.

Mas qual era o trabalho que era realizado naquela época, eram fabricas grandes usinas, claro que não, estavam falando da idade média, essas coisas ainda não existiam. OS tempos eram outros, as técnicas mesmo que primárias eram outras, o modo de produção era outro, a economia era diferente da que conhecemos hoje. A sociedade feudal consistia dessas três classes —sacerdotes, guerreiros e trabalhadores, sendo que o homem que trabalhava produzia para ambas as outras classes, eclesiástica e militar.

 Era o Feudalismo o sistema daquela época, e consistia apenas de uma aldeia e as várias centenas de acres de terra arável que a circundavam e nas quais o povo da aldeia trabalhava. Na terra arável, geralmente havia uma extensão de prados, terrenos ermos, bosques e pasto. Haviam Feudos de vários tamanhos uns maiores outros menores, mas basicamente com a mesma constituição: Um Senhor, e seus serviçais, ou arrendatários que trabalhavam nas terras, e trabalhavam nas casas dos Senhores Feudais. Pastos, prados, bosques e ermos eram usados em comum, mas a terra arável se dividia cm duas partes. Uma, de modo geral a terça parte do todo, pertencia ao senhor e era chamada seus “domínios”; a outra ficava em poder dos arrendatários que, então, trabalhavam a terra. A cultura em faixas foi típica do período feudal. É claro que era muito dispendiosa e, passadas algumas centenas de anos, foi totalmente posta de lado. Hoje, sabemos muito mais sobre as plantações alternadas, fertilizantes, e mil e uma formas de conseguir maior produção do solo, do que os camponeses feudais. Eram essas, portanto, as duas características importantes do sistema feudal. Primeiro, a terra arável era dividida em duas partes, uma pertencente ao senhor e cultivada apenas para ele, enquanto a outra era dividida entre muitos arrendatários; segundo, a terra era cultivada não em campos contínuos, tal como hoje, mas pelo sistema de faixas espalhadas. Havia uma terceira característica marcante — o fato de que os arrendatários trabalhavam não só as terras que arrendavam, mas também a propriedade do senhor. Os camponeses eram miseráveis, vivem em choças, trabalhavam longas horas em trabalhos árduos, a parte que lhes cabia mal dava para se alimentarem. A propriedade do senhor tinha que ser arada primeiro, semeada primeiro e ceifada primeiro. O camponês aqui chamado de servo, na realidade eram na verdade escravos dos senhores feudais não no sentido literal da linguagem, mas pelo fato de estarem atrelados aos senhores em serviços de quase servidão.

Havia diferentes graus de servidão, havia os servos dos domínios, que viviam permanentemente ligados a casa do senhor e trabalhavam em seus campos durante todo o tempo, não apenas por dois ou três dias da semana, havia os camponeses muito pobres chamados fronteiriços, que mantinham pequenos arrendamentos de um hectare, e havia os aldeões que nem mesmo possuíam um pequeno arrendamento, mas apenas uma cabana e deveriam trabalhar para o senhor como braços contratados, em troca de comida. Havia os “vilãos” que, ao que parece, eram servos com maiores privilégios pessoais e econômicos. Distanciavam-se muito dos servos, na estrada que conduz à liberdade, gozavam de maiores privilégios e menores deveres para com o senhor. Uma diferença importante, também, está no fato de que os deveres que realmente assumiam eram mais precisos que os dos servos. Isso constituía grande vantagem, porque então os vilãos sabiam qual a sua exata situação O senhor não podia fazer-lhes novas exigências, a seu bel-prazer. Alguns vilãos estavam dispensados dos “dias de dádiva” e realizavam apenas as tarefas normais de cultivo. Outros simplesmente não desempenhavam qualquer tarefa, mas pagavam ao senhor uma parcela de sua produção, de forma muito semelhante ao que fazem, hoje, os nossos meeiros. Ainda outros não trabalhavam, mas faziam seu pagamento em dinheiro. Esse costume se desenvolveu com o passar do, anos e, posteriormente, tornou-se muito importante. As condições do sistema feudal variavam muito, de lugar para lugar, por isso a difícil tarefa de descreve-los de maneira igualitária. Os camponeses eram mais ou menos dependentes. Acreditavam os senhores que existiam para servi-los. Jamais se pensou em termos de igualdade entre senhor e servo, O servo trabalhava a terra e o senhor manejava o servo. E no que se relacionava ao senhor, esta pouca diferença fazia entre o servo e qualquer cabeça de gado de sua propriedade. Costume, no período feudal, tinha a força das leis no século XX. Não havia um governo forte na Idade Média capaz de se encarregar de tudo. A organização, no todo, baseava-se num sistema de deveres e obrigações do princípio ao fim. A posse da terra não, significava que pudéssemos fazer dela o que nos agradasse, como hoje. A posse implicava deveres que tinham que ser cumpridos. Caso contrário, a terra seria tomada.

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