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A Mosca do Bolo

Por:   •  28/5/2020  •  Projeto de pesquisa  •  779 Palavras (4 Páginas)  •  160 Visualizações

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Nota-se que o rio passou por diversos locais que possuíam comunidades com distribuição populacional agregada, uniforme e aleatórias. Dessa maneira os estabelecimentos agropecuários, foram submetidos a área de impacto imediato do desastre. Em um estudo realizado pelo Núcleo de Geoprocessamento (LIS/ICICT/Fiocruz). Verifica-se que seis propriedades rurais foram atingidas diretamente pela lama que rompeu a barragem.

As comunidades ribeirinhas, como por exemplo: os índios Pataxós, fazem o uso da água do Rio Paraopeba (atingido pela lama) como forma de subsistência. Como consequência, toda a água que abastece Brumadinho deve ser examinada, pois a qualidade da água foi alterada devido a xenobióticos que estavam presentes no rejeito de minério vazado na barragem. É possível afirmar que outras substâncias químicas estão presentes nas águas e podem ser transportadas a longas distâncias pelo rio Paraopeba. Em todo caso o consumo dessas águas deve ser evitado nos próximos anos. Os metais pesados e todos os outros componentes contaminantes presentes podem ser enriquecidos e levados para os rios com chuvas intensas, causando grande riscos de contaminações. Houve também a deslocação de muitos animais de seus ambientes naturais de forma forçada.

 Assim haverá também um desequilíbrio ambiental já que a ecologia de população resulta em estado negativo da constante populacional (^ < 0). O potencial biótico encontrado nesse meio contaminado facilita para um crescimento de populações de microrganismos (Vírus, fungos, bactérias, protozoários...) pois alguns possuem a mesma capacidade dos seres humanos de absorver e aproveitar lipídios, carboidratos, proteínas e etc., para seu crescimento.

Analisando pela perspectiva das fases Lag e Log, o estudo afirma que haja aumento no crescimento dessa população de microrganismos em locais que antes fora de baixo potencial biótico para essa cultura, tendo em vista todos os tipos de animais que foram mortos ou deslocados. Doenças como esquistossomose que se propaga pela água contaminada pelos esgotos domésticos e presença de caramujos infectados. Leptospirose a qual é transmitida pela urina do rato, agora podem ter a chance de serem levadas a longas distâncias causando o aumento da contaminação pelo meio que antes não lhe eram propícios.

                                             Desastres como o ocorrido em janeiro de 2019 em Brumadinho podem ter efeitos a curto e longo prazos e se estender por centenas de quilômetros do local de origem. Além do impacto imediato nas áreas próximas à área de mineração, podem ser previstas alterações nas condições de vida, de acesso a serviços de saúde e dos ecossistemas que produzem condições para a transmissão de doenças infecciosas. (LIS/ICICT/Fiocruz)

Pode-se concluir que haviam as doenças pré-existentes na região, como a febre amarela, diarreias e esquistossomose pode ser uma consequência do desastre a médio prazo. Além disso, o contato com a lama e água pode gerar casos de leptospirose.

1- O desastre pode agravar doenças crônicas pré-existentes na população afetada direta ou indiretamente, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes (que necessitam de suprimento permanente de medicamentos), insuficiência renal (que dependem de serviços de hemodiálise).

2- Atenção especial deve ser voltada aos efeitos psíquicos gerados pelo desastre como a depressão e ansiedade.

3- Estes impactos sobre a saúde devem ser monitorados ao longo dos próximos meses e anos, visando detectar alterações no perfil de saúde da população de toda a região afetada.

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