Cartografia e Ensino

Introdução

O presente trabalho tem como objetivo diagnosticar o ensino de cartografia em uma escola da rede estadual de ensino, a unidade considerada para a pesquisa foi o Centro Estadual de Educação Profissional de Tempo Integral Governador Dirceu Mendes Arcoverde. Para tanto, utilizamos para fundamentação do trabalho a análise de uma atividade proposta por alunos bolsistas do PIBID- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. E a aplicação de entrevistas com dois professores, um professor de geografia do Ensino Médio e uma professora de geoprocessamento que ministra a disciplina fundamentos da cartografia referencia ao curso técnico ofertado na escola.

Resultados e discussão

A atividade realizada pelos bolsistas do PIBID configura em uma oficina cujo objetivo geral é trabalhar aspectos da geografia, especificamente a cartografia, dentro do contexto da educação especial. Como objetivo especifico, tem-se a confecção, com o auxilio de texturas especificas, mapas táteis e um globo terrestre que auxiliem os cegos na sua espacialização esses tipos de atividades no que se refere ao conceito de região. A oficina foi divida em duas etapas uma teórica e a outra prática.

 Na primeira parte buscou-se através de exposições dialogadas e de recursos como vídeos e documentários trabalhar conceitos básicos da cartografia como: representações cartográficas, escalas e projeções. Na etapa seguinte, partiu-se para a produção dos mapas pelos alunos, orientados pelos bolsistas e o professor da disciplina, fazendo uso das texturas por eles selecionadas. A atividade proposta proporcionou um melhor entendimento acerca dos conteúdos da cartografia, além de promover a inclusão social dos cegos e deficientes visuais. Esse tipo de atividade, que não envolve apenas exposição dialogada em sala de aula, é bastante importante na promoção do aprendizado, uma vez que é notável o envolvimento de todos os alunos.

A partir da atividade realizada foi possível constatar alguns déficits do ensino básico de cartografia, essa falha vem dos níveis mais baixos da formação. Em que se inicia a espacialização do aluno. Essa afirmação é possível de acordo com as dúvidas mais frequentes encontradas no decorrer da oficina. Tais como: a identificação de continentes; que continente está inserido o Brasil e os estados que compreendem a região a qual estão inseridos. Estes foram os questionamentos mais frequentes no decorrer da oficina. E que a partir dessa atividade pode despertar nesses alunos essas dúvidas e consequentemente facilitar a sua compreensão e fixação acerca dos conteúdos cartográficos.

No que diz respeito às entrevistas com os professores. Ele aponta como principais dificuldades na sala de aula a falta de atenção, o uso do celular e as conversas paralelas. Na cartografia os alunos apresentam resistência quando o professor traz para a sala de aula o uso dos mapas. O professor aponta como ponte para a utilização da cartografia no dia a dia quando trabalha em sala de aula a localização e utiliza aplicativos na internet para procurar endereços. Ele utiliza em sala de aula os métodos convencionais amparado em livros didáticos, o qual na escola é adotado o livro do autor José Willian Vessentini. Pois, considera um recurso norteador do processo de ensino e aprendizagem. Para o professor o conteúdo de cartografia trabalhado no livro didático de Vessentini faz uma abordagem clara sobre a produção de mapas tradicionais e mapas digitais, além de trazer atividades contextualizadas.