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Conflitos Africanos

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Por:   •  15/9/2014  •  1.228 Palavras (5 Páginas)  •  445 Visualizações

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Causas dos Conflitos na África

Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola, Uganda). Isto sem contar os litígios territoriais, muito frequentes na África Ocidental. No meio desses conflitos que atormenta a África neste final de século, estão vários povos e nações que buscam sua autonomia e sua autodeterminação face a poderes centrais autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia maioritária.

A maioria dos conflitos ocorridos na África após o processo de descolonização é decorrente de divergência étnica, entre julho de 1999 e agosto de 2000, ocorreram 18 guerras em toda África. Alguns conflitos são originados por problemas de território, pois as delimitações das fronteiras dos países africanos foram estabelecidas por colonizadores que não levaram em consideração a identidade e tradição tribal, confrontando assim as etnias dentro do continente.

A diversidade ética conflita ainda mais por, muitas vezes, ter que ocupar o território com o inimigo. Os conflitos são constantes na luta por parte do território. Os conflitos armados também ocorrem por questões política e econômica, como a ocorrida no Congo (ex-Zaire), a guerra civil em Serra Leoa e a guerra na Angola.

Consequências dos conflitos na África

“O PNUD considera que prevenir e resolver conflitos e aproveitar oportunidades para a reconstrução pós-conflito aceleraria visivelmente o progresso para atingir os Objetivos do Milénio definidos pela ONU, nomeadamente a redução da pobreza para metade até 2015”.

Segundo dados das Nações Unidas, a maioria dos países da África subsaariana não conseguirá atingir estes objetivos. O relatório aponta o Sudão como exemplo da relação direta entre o conflito e o baixo Índice de Desenvolvimento Humano.

Após mais de duas décadas de guerra civil entre o norte e o sul, que provocou mais de dois milhões de mortos e quase seis milhões de deslocados, apenas uma em cada cinco crianças sudanesas frequenta a escola, cerca de um terço da população não tem saneamento básico e a taxa de mortalidade materna é das mais elevadas do mundo.

Os Estados propensos ao conflito são muitas vezes desesperadamente pobres, mas extremamente ricos em recursos e, neste caso, o relatório aponta o exemplo de Angola.

Com um balanço de um milhão de mortos ou estropiados em mais de três décadas de guerra civil, Angola utilizou "a riqueza das segundas maiores reservas de petróleo de África e das quartas maiores reservas de diamantes do mundo" para alimentar a guerra civil.

Angola aparece na posição 160, entre 177 países, no Índice de Desenvolvimento Humano e a esperança média de vida é de apenas 40 anos.

Apoiado nas ideias de Ricardo Luigi diria que pelo facto de diversos países estarem envolvidos, fica difícil precisar uma causa única para essa crise. Podem ser listados, entre os principais motivos: a insatisfação do povo com a falta de liberdade política, já que os regimes totalitários nesses países duram décadas; a frustração das populações jovens, já que as novas gerações anseiam por liberdade e vislumbram isso através da Internet; a crise econômica mundial, que de certa forma aumentou o desemprego, a miséria e falta de perspectivas das populações pobres desses países.

A consequência política mais imediata é o fim de regimes ditatoriais. Só não se sabe se serão sucedidos por regimes democráticos ou por ditaduras (que podem ser de cunho religioso ou militar). Além disso, essas revoltas hão de promover um reordenamento geopolítico da região, já que muitos desses países eram aliados dos EUA, e agora não se sabe para que lado irão pender. Além disso, teme-se um acirramento dos conflitos árabe-israelenses.

“O principal efeito na economia mundial foi o já sentido aumento do preço dos barris de petróleo. Sabe-se que a região concentra a maior parte dos países produtores de petróleo, e por conta disso, alterações nesses Estados certamente vão provocar um novo padrão nos preços da commodity. Mesmo que a democracia se instaure nesses países, o preço do petróleo deve subir, já que os preços atuais foram mantidos à base da exploração dos países em meio a acordos escusos. Em âmbito nacional, espera-se que a consequência positiva seja a diminuição da desigualdade social.”

Em decorrência do sucesso da revolta egípcia, surgiram ecos perceptíveis em Líbia,

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