Correlação da vida, do ponto de vista biológico com o ponto de vista geológico.

Introdução

A Terra tem aproximadamente 4 bilhões de anos, durante esse período ela se transformou de diversas maneiras, desse modo, o Tempo Geológico é a forma de explicar a formação da vida na Terra e como ela se desenvolveu e se desenrolou com o passar dos anos, sendo caracterizado pela forma como os continentes e os oceanos se distribuíram e como os seres vivos se desenvolveram, evoluíram e se distribuíram a partir disso. O tempo geológico é subdividido entre éons, eras e períodos.

A mudança de um tempo geológico para outro foi estabelecida por meio de alterações significativas na crosta terrestre. Cada éon encontra-se subdivido por eras, que por sua vez estão subdivididas em períodos ou sistemas. Esse trabalho tem como objetivo detalhar cada subdivisão de acordo com a existência e surgimento de vida e características biológicas neles.

Era Pré-Cambriana

A Era pré-cambriana é o intervalo de tempo geológico que se iniciou há cerca de quatro bilhões de anos, idade das rochas mais antigas que se conhecem, e se encerrou há 570 milhões de anos, quando teve início o período cambriano da era paleozóica. É o intervalo mais antigo e mais longo da história geológica do planeta e representa oitenta por cento de todo o tempo geológico.

No início dessa era, a produção de calor pelo decaimento dos isótopos radioativos era milhões vezes maior que atualmente. Como hoje, porém, parte do calor produzido foi liberado do manto através das cristas oceânicas, ao mesmo tempo em que o assoalho dos oceanos se alargava rapidamente, com a consequente subducção, ou seja, processo pelo qual uma placa listosférica mergulha sob outra região em que as duas convergem, de alguma forma primitiva de placa litosférica.

Em decorrência dessas ações formaram-se três grupos distintos de rochas arqueanas: os arcos insulares, algumas raras faixas de assoalho oceânico e muitos tonalitos e granitos.

A era Pré-Cambriana encontra-se subdividida em dois períodos, são eles: aqueano e proterozoico. A transição entre os dois representou uma mudança significativa na história geológica da Terra. No arqueano, a crosta terrestre estava em processo de crescimento e não havia grandes continentes estáveis, enquanto a partir do proterozóico, quando emergiram os continentes, cinturões orogênicos puderam se formar à margem e entre os blocos continentais. Esses eventos foram fundamentais na evolução dos continentes e tais processos tiveram continuidade ao longo da história da Terra.

No fim do proterozóico, alguns cinturões orogênicos continuaram a se desenvolver. O intenso crescimento da crosta e os muitos cinturões orogênicos que se formaram ao longo do proterozóico, no entanto, resultaram no surgimento de grandes blocos continentais, que se amalgamaram para formar um novo supercontinente no fim da era pré-cambriana.

Durante toda a era pré-cambriana as condições climáticas da Terra se modificaram consideravelmente. Onde, registros sedimentares sugerem grandes alterações na composição da atmosfera e dos oceanos.

O surgimento da vida na Terra data do início do arqueano. Os organismos arqueanos eram capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar na atmosfera sem oxigênio do período, que não dispunha de camada de ozônio

Formas de vida invertebrada começaram a aparecer no fim do pré-cambriano, nas águas e lamas primitivas, começaram a ocorrer inúmeras reações químicas, que podemos chamar de “sopa primordial”. Essa sopa, seria nada menos do que o processo em que alguns compostos químicos específicos aprenderam a fazer “cópias” de si mesmos, isto é, a se reproduzir. Desse modo, originaram-se as primeiras formas de vida: seres minúsculos, unicelulares, semelhantes às atuais algas azuis e bactérias. Assim, ao longo dos milhões de anos que se passaram, a vida se diversificou e passou a ocupar os mares e oceanos primitivos.

É preciso frisar que nessa era ocorreram transformações muito importantes para desenvolvimento do Planeta, foram elas:

Solidificação do magma, dando origem às rochas ígneas ou magmáticas, como o basalto e o granito;

Formação de cinco continentes primitivos, devido a movimentos tectônicos da crosta ocorridos em suas bordas

Formação das primeiras cadeias de montanhas, por ação de dobramentos;

Ampliação das áreas continentais, através dos grandes derrames de magma gerados pelas intensas atividades vulcânicas

Erosão das primeiras montanhas formadas, o transporte e o depósito dos sedimentos nas partes mais baixas.

Formação da atmosfera primitiva, originária de gases saídos do interior da Terra.

Era Paleozoica

É a era do éon Fanerozoico que está compreendida entre 542 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. A era Paleozoica divide-se nos períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano, do mais antigo para o mais recente.

- Cambriano

O Cambriano é um período da Era Paleozoica, compreendendo em escala geológica aproximadamente 542 milhões de anos, podendo ser subdividido em épocas: Cambriano inferior, Cambriano médio e Cambriano superior.

De acordo com os indícios de fosseis, durante esse período teria ocorrido uma das maiores expansões e diversificação de organismos. Um dos eventos marcantes com relação à fauna seria a considerável predominância dos invertebrados marinhos, por exemplo, os trilobitas. Contudo, também apresentando uma grande irradiação de outros grupos como: equinodermos, anelídeos, moluscos, esponjas e artrópodes.

Já no que diz respeito à flora, as algas ocuparam uma extensa distribuição, contribuindo consideravelmente com a formação de um ambiente cada vez mais oxidante, visto que a concentração de oxigênio gradativamente se elevava à medida que os seres fotossintetizantes se desenvolviam e multiplicavam, proporcionando indiretamente a estabilidade climática.

- Ovordiviciano

Na escala de tempo geológico, o Ordoviciano  é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está compreendido entre 488 a 443 milhões de anos aproximadamente. Dividindo-se