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Disciplina: História do Pensamento Geográfico

Por:   •  25/6/2017  •  Resenha  •  1.052 Palavras (5 Páginas)  •  298 Visualizações

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Nome: Gisele Cristina Lacerda

Nº matrícula: 11711GEO041

Disciplina: História do Pensamento Geográfico

Turma: Noturno          Diurno

Prof. Dra Rita de Cássia Martins de Souza

Referências Bibliográficas:

BERDOULAY, V. A abordagem contextual. In:_____. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, 2003. N. 16, pp.47-56.

“A história da geografia é um repositório de idéias sobre a relação entre homem e natureza. Ela é um relato da experiência do homem, tentando compreender seu mundo.” (BERDOULAY, 2003, p.47)

“Assim, é compreensível que a história da geografia possa estar ideologicamente carregada e que tenha recebido interpretações variadas e conflitantes.” (BERDOULAY, 2003, p.47)

“Tudo isso gera um desejo crescente, entre os geógrafos, de entender melhor o contexto atual do desenvolvimento das idéias e instituições geográficas.” (BERDOULAY, 2003, p.47)

“Muitas vezes se lê que um geógrafo foi “influenciado” por outro. Essa questão da assim chamada influência pode ser bastante enganosa.” (BERDOULAY, 2003, p.47)

“Ela se baseia em suposições de que filósofos e historiadores da ciência criticaram facilmente por sua tendenciosidade positivista (AGASSI, 1963, HAHN, 1965).” (BERDOULAY, 2003, p.47)

“Essas suposições envolvem a crença em desenvolvimento continuo da ciência, pela acumulação de fatos, de descobertas e de conhecimento científico. A tarefa, então, é traçar a progressiva vitória da verdade sobre o erro, ou das “boas” idéias sobre as “más”, e da emergência inevitável de idéias científicas verdadeiras a partir de fatos.” (BERDOULAY, 2003, p.47)

“Afirma-se que a construção de teorias ou modelos baseados  em técnicas quantitativas é a única abordagem válida, porque ela permite uma rápida acumulação de conhecimento e porque se baseia em um desenvolvimento interno da disciplina rigoroso , isento de valores e lógico.” (BERDOULAY, 2003, p.48)

“Outras abordagens procuram ser pluralistas: diversas “tradições” ou “correntes” geográficas são identificadas  e sua respectiva evolução é mapeada ao longo da história ( ex: PATTISON, 19964, HAGGET, 1965).” (BERDOULAY, 2003, p.48)

“Desenvolvida na virada do século na Europa, particularmente na França, por autores como Henri Poincaré (1902-1905) e Pierre Duhem (1906), essa abordagem às vezes é denominada de “convencionalismo” , no sentido que ele realça a natureza convencional das teorias.” (BERDOULAY, 2003, p.48)

“Não obstante, essa abordagem não se destina a analisar sistemas científicos de pensamento de um período de tempo relativamente curto. E muitas vezes, na história da geografia, é isso é preciso fazer.” (BERDOULAY, 2003, p.49)

 “Na verdade, cada vez mais se reconhece que fatores “externos” ao desenvolvimento do pensamento geográfico devem receber a devida consideração (HOOSON, 1968, CLAVAL, 1972, GRANÔ, 1977).” (BERDOULAY, 2003, p.49)

“Uma abordagem consistiu em enfatizar o papel do Zeitgeist, considerando como determinante da maneira como cientistas e intelectuais vêem e lidam com o mundo (...). Essa abordagem tem o mérito de mostrar a interdependência de uma ciência com o pensamento da mesma época.” (BERDOULAY, 2003, p.49)

“Outra abordagem (...), consiste em salientar as condições socioeconômicas de uma época para explicar a emergências e novas idéias científicas.” (BERDOULAY, 2003, p.49)

“Essa abordagem tem o mérito de colocar novas questões, de explorar o lugar da ciência na estrutura total da sociedade. ”(BERDOULAY, 2003, p.49)

“Para evitar o determismo simplista que acostuma infestar esses trabalhos, uma solução é limitar a abordagem a separar as idéias (ou a lógica interna da ciência) das condições socioeconômicas. Essas últimas são vistas então como meras barreiras ao desenvolvimento “normal” da ciência (ex: NEEDHAM, 1954). ” (BERDOULAY, 2003, p.50)

“Mas isso se limita a estabelecer uma distinção estrita entre fatores “externos” e “internos” na evolução científica, isto é, basear a dinâmica da ciência em suposições hesitantes e muito desacreditadas (LÉCUYER, 1968, KUHN, 1968).” (BERDOULAY, 2003, p.50

“Contribuições recentes à correlação de idéias entre ciência e sociedade procuraram destacar a dimensão humana da ciência.” (BERDOULAY, 2003, p.50)

“Não obstante, a importância de Kuhn foi acentuar a natureza social cognitiva da ciência e propor um modelo de sua dinâmica social.” (BERDOULAY, 2003, p.50)

“De modo a incluir as perspectivas acima mencionadas, é necessário levar em consideração todas as determinações sociológicas do conhecimento científico.” (BERDOULAY, 2003, p.50)

“Dedica-se mais atenção ao conteúdo do conhecimento científico, e investiga-se aos processos sociais. Em outras palavras, é o próprio conhecimento científico, e não apenas a taxa ou a direção de seu crescimento, que é visto como um produto social (MULKAY, 1978).” (BERDOULAY, 2003, p.51)

“Um aspecto da sociologia da ciência – o estudo da institucionalização das inovações – pode ser tratado como um elo intermediário valioso nas relações entre o desenvolvimento do pensamento geográfico e seu contexto social (BERDOULAY, 1980).” (BERDOULAY, 2003, p.51)

 

“O estudo da institucionalização – como um processo – auxilia a trazer o foco da pesquisa para a conjunção dos fatores internos e externos.” (BERDOULAY, 2003, p.51)

“Em vista desta revisão e discussão de alguns pontos relevantes da historiografia, uma abordagem contextual pode ser formulada, acompanhando uma série de orientações metodológicas, como segue.” (BERDOULAY, 2003, p.51)

“Inicialmente, há dois pressuposto fundamentais sobre o que essa abordagem se baseia. O primeiro é o de que existem sistemas de pensamento em mudança, assim como há continuidade de determinadas idéias.” (BERDOULAY, 2003, p.51)

“O segundo pressuposto não é menos exigente: não há dicotomia radical entre os fatores internos e externos da mudança científica.” (BERDOULAY, 2003, p.51)

“Em segundo lugar, a abordagem contextual não deve desconsiderar nenhuma tendência geográfica, mesmo que algumas delas não tenham sobrevivido. A questão é começar a pesquisar sem atribuir qualquer superioridade intelectual a uma tendência ou a outra.” (BERDOULAY, 2003, p.51)

“Em terceiro lugar, são necessários a identificação, e o estudo aprofundado das principais questões que envolvem uma sociedade, mesmo que algumas delas não pareçam, à primeira vista, ter influenciado a evolução de idéia geográfica.” (BERDOULAY, 2003, p.52)

“Em quarto lugar, como as tendências geográficas têm alguma base sociológica, é importante não adotar um modelo de “comunidade científico” tão estreito como o encontrado frequentemente na sociologia da ciência.” (BERDOULAY, 2003, p.52)

“Finalmente, a abordagem consiste menos em examinar a “possível influência” de uma idéia do que em verificar as razões que estão por trás da “demanda” ou o “uso” dessa idéia.” (BERDOULAY, 2003, p.52)

“A abordagem contextual, quase sem formalização como se encontra, serve como uma moldura abrangente para analisar a conjunção da lógica interna e do conteúdo da ciência com o contexto no qual o cientista está situado.” (BERDOULAY, 2003, p.52)

“Desatando os elos que unem a mudança no pensamento geográfico ao seu contexto, estaremos na melhor para avaliar, e aprender com, as contribuições criativas de indivíduos notáveis.” (BERDOULAY, 2003, p.52)

Comentários

Achei o texto de difícil compreensão, porém consegui entender seu objetivo.

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