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Duas Faces Do Liberalismo: Uma Análise Sobre As Teorias De Kenichi Ohmae E Francis Fukuyama.

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Por:   •  3/12/2014  •  798 Palavras (4 Páginas)  •  606 Visualizações

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Este trabalho tem como objetivo uma análise do papel do Estado na ordem contemporânea mundial a partir das concepções geopolíticas de Kenichi Ohmae e Francis Fukuyama, absorvendo e criticando os dois autores e seu entendimento sobre como o Estado deve se portar – visto o avanço da globalização e interdependência existentes no cenário internacional – e o contraponto existente na teoria de ambos.

Kenichi Ohmae escreveu suas obras O Mundo Sem Fronteiras (1990) e O Fim do Estado-Nação (1995) com base em sua visão do cenário internacional, o qual, a partir do grau de globalização em que se encontrava, demonstrava um fortalecimento de atores considerados menores anteriormente e o enfraquecimento dos grandes atores concretizados a partir da história – o Estado. Ohmae expõe que era possível haver um melhor desenvolvimento da economia, se esta emergisse de Estados-Regiões, que para ele era a maneira mais coerente e lucrativa, pois separando as economias dessa maneira, era possível focalizar as necessidades e exigências mais adequadas para a população e a indústria existentes naquele local, e portanto, trazendo maior eficiência da produção, se tornando o motor do desenvolvimento econômico.

A partir desse entendimento do cenário internacional, Ohmae coloca os governos não devem impor obstáculos e barreiras às corporações internacionais, pois estas são consideradas pelo autor como apátridas pelo fato de atenderem aos interesses dos clientes, não dos governos. Para Ohmae, a entrada de uma companhia multinacional estrangeira dentro de um país só vem a acrescentar na economia do mesmo, pois elas investem, treinam a população, pagam impostos, criam infraestrutura e proporcional bons valores aos clientes. Isto, aplicado juntamente com a ideia de que as forças determinantes do capitalismo globalizado – que são o capital, as corporações, os consumidores e as comunicações – diminuem o papel do Estado à responsabilidade de educar as pessoas e proporcionar infraestrutura de primeira classe para as empresas.

O segundo autor analisado é Francis Fukuyama, que em sua obra O Fim da História coloca que o fim da guerra fria não significou apenas a conclusão de uma etapa histórica, mas o fim da história como tal, concluindo a evolução ideológica humana, e colocando como ideologia vencedora, a democracia liberal ocidental. Com isso, Kukuyama acreditava que a função de uma ideologia era passar a racionalidade para a prática, e quando essa transferência terminasse, a ideologia perdia a sua função. Fukuyama fiava-se na ideia de que um mundo onde todos os países adaptassem a democracia liberal como forma de governo, seria um mundo com menor incidência de conflitos, pois o reconhecimento da legitimidade pairaria sobre todas as relações entre nações. Entretanto, o autor acreditava que a partir da aplicação dos direitos e liberdades aos indivíduos, que são a base de uma democracia liberal, o enfraquecimento do Estado seria uma consequência indiscutível. Para ele, o Estado deveria manter a ordem e garantir a propriedade privada, afirmando em artigos posteriores que a abolição gradativa das fronteiras nacionais a partir de uma priorização do capital, gerava uma preocupação quanto às suas consequências.

Aplicada à geopolítica, a tese de Fukuyama se direcionava à um objetivo estratégico, pois com a ausência da possibilidade de um retorno à bipolaridade,

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