ENSINO PROFISSIONAL INTEGRADO: PROJETOS DE TRABALHO SOB A

A busca por um currículo integrado1 e ao mesmo tempo flexível, que atente para

a formação do homem e do técnico, tem motivado grandes debates e estudos que, por

vezes, tem gerado reformas na legislação educacional, mas que efetivamente pouco tem

contribuído para mudar essa realidade. De acordo com Oliveira (2003 apud Kuenzer,

1997), a educação profissional no Brasil historicamente tem se caracterizado por um

cunho assistencialista, discriminatório e moralista à medida que se destina

especialmente às camadas mais carentes da sociedade.

Porem, historicamente, a grande discussão que se trava em torno do ensino

profissional de nível médio no Brasil diz respeito à implantação de um modelo de

educação profissional que ultrapasse o reducionismo de sua aplicação prática e

possibilite a capacitação profissional do aluno ao mesmo tempo em que forme para a

cidadania. A última reforma da educação profissional levada a cabo pelos decretos

2.208/07 e 5.154/04 aponta a integração curricular como uma proposta de organização

do ensino profissional capaz de combater esse reducionismo clássico. Além disso,

outras propostas também sinalizaram nesta mesma direção e, dentre elas, pode-se

destacar: o ensino globalizado, a interdisciplinaridade/Transdisciplinaridade, o trabalho

por projetos e os temas transversais. Essa mesma legislação educacional propõe que a

implantação dessas propostas de ensino se dê através da articulação entre cursos e/ou

entre disciplinas.

De acordo com o parecer 16/99 do Conselho Nacional de Educação (CNE), o

termo articulação indica principalmente conexão entre partes. No capítulo referente à

educação básica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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