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FILME ADEUS, LÊNIN!

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Por:   •  5/9/2013  •  1.537 Palavras (7 Páginas)  •  1.012 Visualizações

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GEOGRAFIA E CINEMA: UMA ANÁLISE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO NO

FILME ADEUS, LÊNIN!

GEOGRAPHY AND CINEMA: AN ANALYSIS OF THE GEOGRAPHICAL

SPACE IN THE MOVIE GOOD BYE, LENIN!

Gabriela Laurito Boer, Prof. Dr. Nelson Rodrigo Pedon

Campus de Ourinhos – Faculdade de Geografia/UNESP – Geografia - gabrielaboer@hotmail.com

Palavras-Chave: Geografia; Cinema; Adeus, Lênin!

Keywords: Geography; Cinema; Good Bye, Lenin!

1. INTRODUÇÃO

A relação entre Geografia e Cinema ainda constitui um desafio para muitos pesquisadores de

ambas as áreas. A partir do artigo de Maria Helena Braga e Vaz da Costa, “Geografia Cultural e

Cinema: práticas, teorias e métodos”, que integra o livro organizado por Roberto Lobato Côrrea e

Zeny Rosendahl, “Geografia: temas sobre cultura e espaço”, pretende-se analisar, neste resumo,

como o espaço é representado no filme Adeus, Lênin! (Good Bye, Lenin!; 2003, Alemanha; direção:

Wolfgang Becker).

Este escrito é parte do Trabalho de Conclusão de Curso da autora que deseja discutir como a

imagem cinematográfica representa o espaço geográfico, quais são os elementos que tornam o

cinema tão fascinante e confiável quanto ao seu discurso, narrativa e conjunto de imagens.

2. OBJETIVOS

O objetivo deste resumo é identificar no filme Adeus, Lênin! (Good Bye, Lenin!; 2003,

Alemanha; direção: Wolfgang Becker) elementos da representação do espaço fílmico que remetem

ao espaço real, geográfico e seus significados, o discurso que carregam e como contribuem para

construir a narrativa do filme.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para elaborar este resumo foi necessária a leitura do texto de Maria Helena Braga e Vaz da

Costa, “Geografia Cultural e Cinema: práticas, teorias e métodos”, no qual é realizada uma

discussão acerca de procedimentos metodológicos para análise fílmica a partir de elementos

presentes nos filmes, que seriam: o cineasta, a estrutura fílmica, as locações, o “trabalho” da câmera

cinematográfica, o som, a intertextualidade e a recepção, ou seja, os espectadores. Para analisar a

Berlim representada no filme aqui trabalhado, será considerada a estrutura fílmica, para isso

tentaremos responder algumas questões, por exemplo: o que realmente acontece no filme? Sobre o

que ele trata? Como o filme começa? Como as personagens e as locações são introduzidas? Como o

filme termina? (COSTA, 2005, pp. 58 e 59)

Ao analisar o filme tentaremos responder estas perguntas e nos aprofundarmos na Berlim

que foi construída através de imagens pelo diretor Wolfgang Becker.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para dar início, começaremos com a sinopse, a trama do filme. A película alemã traz a

história da Sra. Christiane Kerner (Katrin Sass), socialista fervorosa que vê o filho Alexander

(Daniel Brühl) em uma passeata contra o regime vigente e sofre um ataque cardíaco, ficando em

coma por oito meses. Quando acorda, o médico aconselha o filho a evitar que ela passe por fortes

emoções ou pode não resistir à recuperação. Porém, o muro de Berlim já caiu e o lado oriental está

sendo tomado pelo capitalismo. Para proteger a mãe, que não desconfia da mudança que seu país e

seu lado da cidade estão sofrendo, Alexander faz de tudo para que ela continue acreditando que vive

no regime socialista, deixando-a repousar em seu quarto, um refúgio onde ainda impera o antigo

sistema. Para convencê-la, Alex durante praticamente todo o filme busca trocar as embalagens de

produtos industrializados que invadem Berlim pelos rótulos velhos e produzir, juntamente com seu

colega Denis, que aspira ser diretor de cinema, telejornais da época da República Democrática

Alemã (RDA).

Entretanto, o filme não trata simplesmente da história de um filho que quer, enganando a

mãe, vê-la melhorar. Ele traz as idiossincrasias presentes em uma família, os conflitos e os bons

momentos. Nos mostra como Alex deixa de lado suas convicções (não tão fortes assim, pois vemos

na cena da passeata em que Christiane sofre o infarto, que o protagonista está ali pela ocasião,

comendo uma maçã despreocupadamente e flertando), recriando um mundo anacrônico, tão amado

por sua mãe, para que ela continue ao seu lado, não os deixando, como fez o pai. O filme ainda faz

um paralelo entre o protagonista e o regime socialista que está se desmanchando. Alex, no começo

do filme diz que se sente no auge de seu magnetismo masculino, com ironia. Ele está sozinho, com

ideias novas e divergentes acerca do regime sob o qual vive e de sua mãe. Alex está se

transformando, está tomando consciência de que as coisas precisam mudar, tanto no plano político e

econômico, como em sua pacata vida. Assim está também a população alemã que vive sob o regime

socialista.

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