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O Uso do Geoprocessamento no Planejamento Urbano

Por:   •  29/1/2024  •  Artigo  •  3.857 Palavras (16 Páginas)  •  44 Visualizações

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FACUMINAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOPROCESSAMENTO

CLODOALDO GHELLERE

        

O USO DO GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO URBANA

SÃO MIGUEL DO IGUAÇU

2023

O USO DO GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO URBANA

Autor: Clodoaldo Ghellere

RESUMO

O avanço e a criação de novas tecnologias têm contribuindo para melhorar a produtividade no campo e na cidade. Na área urbana, por exemplo, são inúmeras as possibilidades de utilização do geoprocessamento, fato que motivou a elaboração desta pesquisa, que teve como objetivo, analisar a importância do uso do geoprocessamento na gestão urbana. Para isso, foi utilizada a metodologia de Revisão Integrativa de Literatura, com a pesquisa e coleta de literaturas que tratam do tema abordado nesta pesquisa. Foi observado que o geoprocessamento é capaz de auxiliar em uma série de ações em nível municipal e estadual, com desta para as seguintes áreas: Planejamento Urbano e Meio Ambiente; Controle Urbano; Finanças; Saúde; Educação; Transporte e trânsito; Infraestrutura e obras públicas; Habitação. Também foram apresentados exemplos práticos de uso do geoprocessamento a partir da delimitação de uma APP, elaboração de um mapa de Uso e Ocupação da Terra e geração de um MDE para fins de planejamento urbano. Diante disso, é possível concluir que o geoprocessamento é uma ferramenta fundamental para que os gestores municipais possam planejar e agir de forma racional e adequada aos problemas que podem ser geolocalizados.

Palavras-chave: Geoprocessamento; Gestão Urbana; Planejamento Urbano.

1. INTRODUÇÃO

Desde o último século, com as políticas de ocupação, expansão e urbanização das cidades, ocorrem processos intensos de uso e ocupação da terra, modificando de forma considerável a paisagem urbana e rural.  O controle e mensuração destes processos são essenciais à preservação dos recursos naturais renováveis e não-renováveis e à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Existem relados da utilização do raciocínio espacial para a resolução de problemas desde o século XIX. Um exemplo clássico vem a partir do Dr. John Snow, que controlou em 1854 uma epidemia de cólera em Londres a partir do mapeamento dos óbitos e dos poços d´água. Snow especializou os óbitos e poços d´água em um mapa e viu que havia uma concentração de mortes em volta de alguns poços.

Ao investigar os poços o médico descobriu que a cólera vinha da água que era consumida. Com isso, Snow conseguiu controlar a epidemia e ao mesmo tempo descobrir que a cólera era transmitida por meio da água. Este exemplo representa o objetivo principal do geoprocessamento, que é auxiliar na tomada de decisões.

De acordo com Mota (2001) o uso indiscriminado dos recursos naturais, sem observar as suas inter-relações com o ambiente global, tem comprometido a manutenção da vida na terra.  Isso tem levado cientistas a pensarem em soluções para a minimização dos impactos causados pelo homem. Porém, historicamente, a gestão municipal tinha dificuldades em mensurar e quantificar os impactos urbanos causados pelas atividades antrópicas, pois fundava-se exclusivamente no levantamento, processamento e análise de dados e informações alfanuméricas.

Questões do tipo “quando?”, “quanto?” e “como?” eram comuns e tomadas de decisões se baseavam apenas na análise de informações representadas em tabelas, planilhas e gráficos estatísticos, tais como: diagramas de pizzas, barras, histogramas, gráficos de curvas e linhas, entre outros.

Ocorre que os problemas com que as Prefeituras precisam lidar ocorrem em algum lugar e as ações que tendem a resolver esses problemas precisam ser, de alguma forma, documentadas e espacializadas, sob pena de desperdiçar os recursos públicos. Nota-se então, que a maioria dos problemas urbanas possuem uma localização, ou seja, o a pergunta “ONDE?” precisa ser respondida antes que os próximos passos sejam tomados.

O geoprocessamento vem justamente auxiliar na localização das informações alfanuméricas, contribuindo para transforma-las em informações geográficos, e com isso, contribuir para solucionar os problemas urbanos. Nota-se então a importância de estudos que possam apontar as potencialidades do geoprocessamento enquanto ferramenta para a gestão urbana municipal, principalmente em médios e grandes municípios.

Neste sentido, esta pesquisa busca analisar a importância do uso do geoprocessamento na gestão urbana através da análise de trabalhos científicos já publicados, onde será possível destacar alguns exemplos da aplicação do geoprocessamento para a resolução de problemas urbanos.

2. METODOLOGIA

Este artigo foi desenvolvido na forma de Revisão Integrativa de Literatura. A revisão integrativa possibilita a elaboração de uma síntese de vários estudos científicos e documentos já publicados. De acordo com Yin (2010) trata-se de um método que contribui para que os pesquisadores possam reter as principais características de um evento ou assunto que deseja pesquisa.  

Uma revisão integrativa se constitui como um método específico, que resume literaturas empíricas e teóricas, tendo como objetivo fornecer uma compreensão mais abrangente de um fenômeno ou assunto particular. A escolha desta metodologia condiciona o pesquisador a adotar algumas etapas para que novos conhecimentos sejam gerados. A escolha desta metodologia permitiu analisar estudos que apontaram as principais vantagens e contribuições do uso do geoprocessamento na gestão urbana.  

Neste sentido, a questão da pesquisa se concentrou em tentar responder o seguinte questionamento: quais são as principais aplicações do geoprocessamento na gestão urbana? Além disso, foi possível apontar as vantagens da utilização do geoprocessamento na resolução de problemas urbanos comuns nas pequenas, médias e grandes cidades.

Após a definição do tema, metodologia e da pergunta a ser respondida, foi possível seguir para o segundo passo, que ocorreu a partir da definição dos critérios para a seleção de materiais bibliográficos. Para Souza, Silva e Carvalho (2010) a busca em base de dados deve ser ampla e diversificada. Isso irá garantir que a pesquisa contemple trabalhos diversos disponíveis em bases eletrônicas. Na figura 1 é possível observar os passos adotados até a seleção dos materiais utilizados nesta pesquisa.

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