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Paisagem marca e matriz - Shopping Boa Vista

Por:   •  21/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  606 Visualizações

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O presente trabalho tem por objetivo analisar sinteticamente a paisagem formada pelas calçadas e passarela do Shopping Boa Vista, localizado no bairro da Boa Vista em Recife –PE. A avaliação realizada tem como base o texto trabalhado em aula sobre o método de compreensão da paisagem como marca e matriz (BERQUE, 1984/1998).

As entradas principais do Shopping Boa Vista situam-se em um dos maiores corredores de circulação de Recife, a Avenida Conde da Boa Vista; ele é constituído por dois edifícios que são ligados por uma passarela. Nota-se que a paisagem representada pela fotos é composta por vários tipos de elementos visuais. Ambulantes, pessoas, objetos de comercialização, etc. O fluxo de pedestre é intenso, mas as condições em que o ambiente se encontra é de precariedade total. As calçadas em mau estado de conservação, obras inacabadas de novas paradas de ônibus (os BRT's). A falta de segurança também é um fator que se deve dar ênfase, pouco policiamento e alguns pontos de uso de entorpecentes. Estrutura da rua muito precária e colocando em risco a vida das pessoas, em meio daqueles emaranhados de fios em postes de iluminação e o uso indevido do mesmo. Também servindo de ponto de referência geográfica para as pessoas, uma localização de fácil acesso.

Pela análise da paisagem, verifica-se a intervenção humana no meio ambiente através da criação das estruturas verticais e suas finalidades. Essas transmitem uma ideia referente à ordem a partir do conjunto de atividades que estão localizadas no determinado local. O comércio formal representado pelo shopping center indica uma forma de controle e ordem das lojas ali existentes. A sua criação tem a finalidade de manter a acumulação de capital focada principalmente naqueles edifícios, mostrando o quão importante é a cultura hegemônica na organização espacial. Em contrapartida, existe o comércio informal que transmite uma flexibilidade das regras entre sociedade e espaço, podendo assim as calçadas do shopping ser consideradas um genoespaço. A utilização de serviços nem sempre é exclusiva do normoespaço ou do genoespaço. Eles não são excludentes entre si, mas se complementam. Além dessas características, também foi observada a presença de árvores introduzidas nas calçadas, provavelmente ligada a evocação da natureza e estética da avenida.

Existem diversas utilidades para o espaço estudado. Ele não é só visto como um território exclusivamente de compras ou de passagem, mas também de lazer. Como é localizado no centro da cidade, as pessoas o utilizam como ponto de encontros inclusive após o término do horário comercial. A passarela não é só um meio de acesso entre os dois prédios, mas também pode ser caracterizada por algumas pessoas como um mirante ou simplesmente uma área onde se pode observar as relações entre as pessoas e o espaço.

Há algum tempo a prefeitura do Recife vem tentando tirar os ambulantes das calçadas que cercam o Shopping Boa Vista e os arredores dos outros comércios existentes no local. Nota-se a dificuldade que se tem para andar em meio às calçadas, que se encontram em estado físico deplorável e a ocupação indevida do comércio informal. A falta de organização do espaço se faz entrar em conflito dos autônomos e a gestão de urbanismo da prefeitura.

O próprio shopping, sua centralidade e as atividades de seu entorno são

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