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RESENHA DO CAPÍTULO: O MEIO NORTE E A GUIANA MARANHENSE, DO LIVRO A TERRA E O HOMEM DO NORDESTE DE MANOEL CORREIA DE ANDRADE

Por:   •  19/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.069 Palavras (5 Páginas)  •  1.075 Visualizações

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RESENHA DO CAPÍTULO: O MEIO NORTE E A GUIANA MARANHENSE, DO LIVRO A TERRA E O HOMEM DO NORDESTE DE MANOEL CORREIA DE ANDRADE

Andrade, Manuel Correia. A Terra e o Homem no Nordeste. Brasiliense. 7ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2005.

Por Jadiaele Cristina Berto da Silva.
Aluna do 8° Período de Licenciatura em Geografia da UPE – Campus Mata Norte

O sexto capítulo do livro “A terra e o homem do Nordeste”, denominado O Meio Norte e a Guiana Francesa, de Manoel Correia de Andrade, discute a ocupação da Subregião nordestina denominada Meio Norte, a população que a ocupou bem como as dinâmicas do sistema econômico deste território desde o período colonial, junto as relações de trabalho e os sistemas de produção. E para tratar dessas questões, o autor divide o capítulo em quatro subcapítulos, denominados: Franceses e portugueses: a conquista; A ocupação do território; O problema da mão de obra; e Os sistemas agrícolas de produção.

O primeiro subcapítulo Franceses e portugueses: a conquista, trata das primeiras conquistas e povoamento do Meio Norte, no qual se deu em duas direções: o litoral e a Amazônia por franceses e portugueses e vaqueiros e criadores de gados. Sendo assim, o povoamento no Meio Norte se deu a partir de correntes pernambucanas e baianas, sobretudo. Como afirma Correia (pág: 223):

“O litoral inicialmente foi disputado entre franceses e portugueses, foi ocupado por povoamento oriundo de Olinda, ponto de onde partiram os lusos, para a conquista de todo o litoral Setentrional (...). Ao mesmo tempo, correntes de vaqueiros, de criadores de gado oriundos da Bahia, subiram os rios (...) e se espraiaram pelas terras drenadas para o Rio Parnaíba.”

E essas terras só veio a se integrar na colônia portuguesa a partir do século XVII, visto que os franceses, aliados aos tupinambás, dominavam este território a partir de escambos de produtos do Meio Norte e europeus.

“A porção litorânea do Meio-Norte não se integraria na América Portuguesa no século XVI, só o fazendo no século seguinte. (...) durante quase um século os franceses, aliados aos tupinambás, controlaram essa porção do território brasileiro, desenvolvendo um escambo de produtos da terra por produtos europeus de pouco valor.” (Andrade, pág. 223)

        Tanto que ainda no século XVI, os franceses fixaram sua colônia -  a França Equinocial – no território maranhense, construindo na ilha de São Luís a sua capital que, duas décadas depois, foi tomada pelos portugueses.

O segundo capítulo, A ocupação do terrítório, discute a forma de ocupação do Meio Norte a partir de atividades econômicas. Pois, devido a distância da metrópole – a Capitania de Pernambuco – essa sub-região tinha sua economia baseada na agricultura de subsistência e no apresamento de indígenas para o trabalho escravo. Desta forma,

“O povoamento se limitou inicialmente a porção litorânea e à baixada maranhense,(...), o povoamento se restringia, nos fins do século XVIII, à área próxima ao Golfão Maranhense e à ilha de São Luís, havendo fazendas de gados nos baixos cursos dos rios. Canaviais eram cultivados, a fim de possibilitar a produção de açúcar e aguardente. Tinha ainda algum destaque na ilha de São Luís a cultura de fumo, criação de gado, grandes plantios de fruteiras, utilizadas pela população local e a exploração de madeira.” (Manoel Correia, pág: 224

Com o passar do tempo com a criação da Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão em 1756, para tentar melhorar a economia, fez com que Maranhão se desenvolvesse e se transformasse numa colônia produtora de artigos de exportação, a partir da produção do arroz e do algodão. Como fala Manoel Correia (pág. 225):

“O consumo de arroz e de algodão, em expansão na Europa, que vivia os anos da Revolução Industrial, era altamente estimulante para o crescimento econômico da Capitania que, nos últimos anos do período colonial, era uma das mais ricas do Brasil. (...) Na segunda metade do século XIX, a então província distinguia-se por sua produção de algodão, de açúcar e de arroz como produtos de exportação, e de mandioca e milho como produto de subsistência.”

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