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Resenha Milton Santos

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Por:   •  26/8/2014  •  560 Palavras (3 Páginas)  •  1.224 Visualizações

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Observa-se que esta obra faz uma revisão critica do processo de evolução da geografia e busca mostrar os problemas que impedem a construção de uma geografia orientada para uma problemática social mais ampla e construtiva, este dividido em três partes:

1º) A critica da geografia;

2º) Uma nova interdisciplinaridade;

3º) Por uma geografia critica.

Na primeira parte Milton Santos, discorre sobre as consequências da juventude da geografia, nas condições econômicas, sociais e políticas nas quais se desenvolveu e relembra a relação existente entre o colonialismo e a expansão geográfica no fim do século XIX, que justificou as novas conquistas territoriais em prol dos interesses da ideologia imperialista dominante e critica a excessiva analogia com as ciências naturais, feita pela Geografia Humana e destaca ser essa a razão da fraqueza da Geografia como ciência.

O autor faz um passeio pelos fundadores da geografia e suas pretensões, passando pela "New Geography", até a crise que fez da Geografia a "viúva do espaço", o autor faz comentários e reflexões sobre a revolução quantitativa que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, onde as ciências passaram por grandes modificações, com o surgimento de novos desafios, novos paradigmas, novas formas de pesquisas e novas necessidades.

Observa-se, que o autor considera a contribuição quantitativa pouco útil e até mesmo nociva e evidencia que a melhoria do método sem a melhoria da teoria, não levara ao progresso cientifico.

Segundo Milton Santos, o grande erro dessa Geografia, foi o de "considerar como um domínio teórico o que era apenas um método e, alem do mais, um método discutível".

Sobre a Nova Geografia, o autor exclui o movimento social do processo de realização da ciência e eliminou de suas preocupações, o espaço das sociedades em movimento permanente, e foi desta forma que a Geografia tornou-se a viúva do espaço, vale ressaltar, que o espaço geográfico é estudado como se não fosse resultado da ação do homem e que a produção e o tempo exercem um papel fundamental na produção do espaço geográfico.

A critica do autor em relação à Geografia da Percepção e do Comportamento é enfática e refuta da analise psicológica, como único método de pesquisa da realidade social e que esta confunde a percepção individual com conhecimento, uma vez que desconsidera o trabalho e a produção e valoriza somente a percepção individual.

Na segunda parte, Milton Santos aborda as varias tentativas da ciência geográfica em busca da interdisciplinaridade, ou seja, busca romper o isolamento da geografia diante das outras ciências, observa-se, que muitas disciplinas sociais investigando o mesmo objeto de estudo, cada uma com princípios e métodos próprios e ignorando umas as outras, sem nenhuma integração, cabe ressaltar, que todas as ciências são complementares e devem trabalhar juntas para um melhor conhecimento sobre o objeto de estudo.

A ultima parte foi reservada pelo autor para a Geografia Critica, na qual ele defende a criação do espaço como um instrumento de reprodução da vida e defende o espaço como um fator social, produto da ação do homem, por essas e outras Milton Santos propõe uma nova Geografia mais preocupada com

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