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Resumo Acumulação Primitiva Karl Marx

Por:   •  22/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  58 Visualizações

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 Assim Chamada Acumulação Primitiva

Marx inicia o capítulo definindo um conceito sobre o título. Ele diz que com a conversão do dinheiro em capital, o trabalho entra num “círculo vicioso” onde o trabalhador livre, porém não detentor dos meios de produção deve vender sua força de trabalho para aqueles que detêm as ferramentas continuamente, e que a única forma de fugir deste círculo é acumulando capital.

Na visão de Marx, a acumulação primitiva foi resumidamente o processo de separação do produtor e seus meios de produção, vemos este processo ocorrer gradualmente desde o período feudal para estabelecer definitivamente uma característica do capitalismo: para aferir lucro com um bem no capitalismo, é necessário apenas ser o proprietário dele.

O texto aborda a “expropriação dos trabalhadores do campo” que foi um início para a formação de trabalhadores assalariados. É destacado que o principal motivo seria a expulsão dos camponeses da terra e a destruição de suas residências, visto que os senhores feudais estavam substituindo as lavouras por prática de atividade pastoril, esta que precisava de menos mão de obra.  Com isso, os camponeses se viam em uma situação cada vez mais complicada de manter suas famílias.

O autor fala sobre um processo de desapropriação de terras que ocorreu em seguida com a outorga de leis que beneficiavam os próprios senhores que incharam suas propriedades por meio do confisco das terras dos pequenos proprietários. O que ocorreu aqui foi mais um passo para a formação de trabalhadores assalariados e a separação das classes proprietária e trabalhadora, agora os pequenos produtores não detinham mais seus próprios meios de produção, e para se sustentarem passaram a prestar serviços como jornaleiros e trabalhadores em geral com uma remuneração relativamente baixa. Por fim, a última expropriação ocorreu quando foram feitas investidas das tropas britânicas, desapropriando terrenos e concedendo míseras indenizações. Aqueles que se recusavam a deixar as terras eram queimados junto com as construções.  Depois eram formados vários arrendatários por meio da junção de terras, em seguida eram distribuídos para a atividade pastoril. Para o autor foi através de desapropriações, roubo de bens da igreja e alienação de domínios do Estado que surge o princípio da acumulação primitiva.

A consequência deste processo foi um aumento significativo do número de “vagabundos” que passaram a depender de esmola. Porém na tentativa de obrigar estes “vagabundos” a se tornarem trabalhadores assalariados, o Estado exerceu forte pressão por meio de leis com punições severas, os que eram autorizados à mendicância deveriam cumprir vários regimentos, sob a pena de se tornarem escravos ou até mesmo serem executados. O que vemos aqui é uma forte influência do governo na tentativa de evitarem gastos com desocupados, usando da violência e da opressão para obrigar a população a se submeter ao novo regime.

Então é estabelecida uma política de estatuto dos trabalhadores, porém segundo Marx, ela mais favorece os capitalistas do que aos próprios trabalhadores por definir um salário máximo a ser pago. Além do mais tanto o empregador quanto o empregado eram punidos quando pagavam e recebiam, respectivamente, salários mais altos. São destacadas também, as diversas tentativas do Estado de oprimir os movimentos trabalhistas. Assistimos aqui uma desvalorização dos trabalhadores por parte do Estado sem qualquer motivo válido para tal.

Nó próximo item do capítulo, é discutido a nova forma de olhar o trabalhador, este que agora passa a ser parte do capital de uma indústria, o chamado capital humano. Em seguida, Marx compara o conceito de produção em uma indústria capitalista com uma indústria onde ninguém enriquece e todos os trabalhadores possuem uma condição confortável de subsistência, atualmente para nós, este conceito é chamado de cooperativa. Como já é característico do autor e da obra, Marx critica duramente o modo de produção capitalista nas indústrias, onde o empresário se enriquece cada vez mais com o aumento da produção de seus empregados, enquanto que o trabalhador por sua vez, busca apenas por um aumento de salário que possa irrisoriamente melhorar sua condição de vida.

É retratada a forma como a Companhia das Índias Orientais tratava os próprios indianos, funcionários fixavam altos preços a eles e enriqueciam muito com isso, com isso eles compraram toda a oferta de arroz do país e se recusavam a revender a não ser por preços elevados. Criou-se até uma política remunerada de “caça aos índios”, estes que por sua vez se vingaram. E com a crescente acumulação de capital, surgiram os primeiros financiadores do Estado, estes acumulavam títulos de dívida que tinham o mesmo valor da moeda e faziam com que o Estado se tornasse alienado. Observamos aqui, as primeiras bases para o surgimento das atuais transnacionais, estas que detém grande parte do capital mundial, suficiente para obterem influência direta na política de um país a fim de atenderem seus próprios interesses.

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