UMA REFLEXÃO SOBRE A CARTOGRAFIA SOCIAL

Graduação a Distância Geografia Licenciatura

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A Associação Cartográfica Internacional adota a seguinte definição de Cartografia:

Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de expressão, bem como sua utilização (ACI, 2012).

De acordo com essa definição, a Cartografia é considerada tanto uma arte quanto uma ciência. Baseado nessa afirmação e no estudo dos materiais indicados, escreva um texto dissertativo de, no máximo, duas laudas, respondendo as seguintes questões:

1) A Cartografia é uma arte ou uma ciência?

2) Como evoluiu esse pensamento na história da Cartografia?

3) Qual a sua importância da Cartografia no mundo contemporâneo?

4) Reconhecendo essa importância, como o professor deve agir no processo ensino-aprendizagem para os alunos atingirem as habilidades relacionadas a leitura gráfica?

O envio de mensagens se encerra em 16/04/2019

O conceito sobre Cartografia, que define e agrupa enquanto arte e ciência adotada pela Associação Cartográfica Internacional – ACI, em 1964 considera como um “conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação” com objetivo a elaboração e confecção de cartas, planos e outras forma de representação da superfície da terra, dependendo da sua utilização.

Nesse contexto, a cartografia é então uma ciência, uma técnica e uma arte de representar a superfície terrestre, os fenômenos físicos, os elementos socioeconômicos e outros dados por meio de elaboração de mapas e cartas a partir de observações diretas ou da análise de documentos.

Dessa forma é ciência no momento em que a expressão gráfica, para alcançar exatidão satisfatória, procura apoio científico na coordenação de determinações astronômicas e matemáticas e nas noções topográficas e geodésicas, ou seja, a confecção de um mapa necessita de conhecimentos específicos para a representação de aspectos naturais e artificiais, aplicação de operações de campo e laboratório, metodologia de trabalho e conhecimento técnico para a obtenção de um trabalho eficaz; e é considerada arte, quando se subordina às leis estéticas da simplicidade, clareza e harmonia, procurando atingir o ideal de beleza.

Os mapas são tidos como formas muito antiga de comunicação. A produção de mapas ocorre desde a pré-história, antes mesmo do surgimento da escrita. Podemos dizer que a cartografia surgiu através de desenhos rupestres gravados em cavernas, estando relacionados com a sua própria subsistência e localização. Sua confecção se dava em placas de argila suméria e papiros egípcios. A primeira tentativa de representar o mundo foi babilônica, mas sua concepção de mundo era limitada à região entre os rios Eufrates e Tigre, o que não diminui a importância do feito.

Ao longo da história a cartografia foi evoluindo e desenvolvendo novas técnicas e, atualmente, é uma ferramenta de fundamental importância nas representações de áreas terrestres. A cartografia propriamente dita tem 800 anos localizado no Oriente Médio, sendo que o mais antigo de que se tem notícia, o do mural de Çatal-Hüyük.

Os egípcios e chineses também dominaram a técnica da cartografia desde a antiguidade. Estima-se que os chineses usam a representação gráfica de regiões desde o século IV a.C. Para eles, os mapas serviam não só para se orientar, mas também, para fins bélicos e para demarcar regiões garantindo, assim, que os impostos fossem pagos; posteriormente serviram de inspiração para os mapas europeus. Os árabes criaram a primeira bússola. Porém o expoente da cartografia antiga foram os gregos, pois se destacam porque foram os primeiros a usar uma base científica e a observação. O sistema cartográfico contemporâneo nasceu nas escolas de Alexandria e Atenas. Em meio aos questionamentos filosóficos a respeito da Terra, Pitágoras defendeu que o planeta era esférico de acordo com suas observações práticas e filosóficas (para ele a forma esférica era a mais perfeita) que só seriam aceitas no meio científico, anos depois, pela influência de Aristóteles.

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