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A Incoerência Representativa De Autoria Histórica Na Abolição Da Escravatura No Brasil

Por:   •  12/6/2025  •  Artigo  •  1.223 Palavras (5 Páginas)  •  16 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

SAMUEL NEPOMUCENO DOS SANTOS

A INCOERÊNCIA REPRESENTATIVA DE AUTORIA HISTÓRICA NA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL

PAULO AFONSO - BA

2023

SAMUEL NEPOMUCENO DOS SANTOS

A INCOERÊNCIA REPRESENTATIVA DE AUTORIA HISTÓRICA NA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL

Artigo apresentado pelo discente do curso Técnico em Biocombustíveis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - Campus Paulo Afonso (BA)

Orientador(a): Mariana Ellen Santos Seixas   

PAULO AFONSO - BA

2023

A abolição da escravatura no Brasil provém de uma história marcada de resistência e, sobretudo, da luta pela liberdade do povo negro escravizado, ocorrida desde os anos iniciais da sua prática no país.

Em meio ao contexto histórico escravocrata, milhares de pessoas negras foram submetidas a escravidão. O Brasil, até o ano de 1791, foi considerado como a maior nação escravista, superado apenas pelos Estado Unidos (MENEZES, 2010, p. 87)

É, comumente, ensinado pelos docentes, ainda nas escolas de ensino fundamental, que os créditos para a abolição da escravidão do Brasil se deu pela Lei N° 3.353, de 13 de Maio de 1888. Também conhecida por Lei Áurea, ela foi assinada pela Princesa Isabel (1846 - 1921), em nome do Imperador D. Pedro II (1825 - 1891).

A afirmação dita anteriormente não nega o fato, mas declarar que foi, exclusivamente, através  dessa lei que permitirá que milhares de pessoas escravizadas pudessem ser, finalmente, livres, é uma incongruência fundada de fatores incipientes que demonstram a negligência de uma sociedade a um cenário histórico e cruel.

I MÉRITO SUPERESTIMADO

A composição capoeirista “Dona Isabel”. do Mestre Toni Vargas, descreve a hipocrisia associada

ao pertencimento autoral da nomeada Princesa Isabel ao título que se deve para o encerramnte da escravidão no país, através da Lei Áurea.  

Dona Isabel chegou a hora

De se acabar com essa maldade

De se ensinar aos nossos filhos

O quanto custa a liberdade

Mestre Toni Vargas - 2019

Para que houvesse um dia que se concretizaria uma Lei que finalizaria a escravidão na nação brasileirra, muita resistência, vinda do povo negro, foi necessária.

O líder quilombo Zumbi dos Palmares (1655-1695) é um exemplo de representante que liderou vários quilombos na resistencia a escravidão, no século XVII. Ele e seu povo lutaram para que sua cultura se mantivesse viva, mesmo naquele cenário escravocrata em que vivia o Brasil.

Muitas batalhas foram travadas nesse conflito. Na derrota, os quilombos eram levados para serem escravizados, já outros eram mortos, assim como o Zumbi, em 1695.

É primordial entender que a luta e resistência das pessoas negras contra a prática da escravidão no Brasil, antecede diversos anos antes da abolição de 1888, para que assim seja construido uma narrativa ponderada do tormento vivido por esses povos durante muitos anos.

Viva Zumbi nosso rei negro

Que fez-se herói lá em Palmares

Viva a cultura desse povo

A liberdade verdadeira

Que já corria nos Quilombos

E já jogava capoeira

Mestre Toni Vargas - 2019

II AUTORES ABOLICIONISTAS

Desconsiderando as pressões vindas da Inglaterra, no século XIX, como o impedimento do tráfico negreiro, alguns fatores foram essenciais para que construíssem um sistema na qual pessoas negras, em situação de escravidão, pudessem ser livres. Um exemplo é de alguns representantes abolicionistas, que buscaram, através dos estudos, desenvolverem mecanismos que os auxiliassem a defender os escravizados e atacar, moralmente, aqueles que eram a favor da prática escravocrata, fundamentados em argumentos computados de leis com iniciativas abolicionistas.

Em certa medida, partindo do contexto histórico escravocrata do século XIX e, ainda, os séculos que o antecederam, milhares de pessoas negras não possuíam autoridades que demonstrassem interesse em abolir aquela situação vivenciada, cotidianamente, por eles.

Sendo assim, era um cenário inimaginável acreditar que um dia haveria “heróis” que lutariam pelo encerramento da prática escravista. Todavia, houveram alguns indivíduos que estavam direcionados pela defesa desse povo. Mesmo sendo inviável ingressar em ambientes estudantis, autores abolicionistas utilizaram-se do campo educacional acadêmico para adentrar, com segurança e sapiência, na sociedade da época, pertecendo a lugares de tamanho arbítrio, onde antes apenas pessoas brancas poderiam alcançar, e, assim, comportarem de instrumentos que os ajudariam a defender aqueles escravizados, além de contribuirem para a abolião da escravidão nas terras brasileiras.

Alguns nomes merecem o prestígio de abolicionistas, como por exemplo: o jornalista José do Patrocínio, o engenheiro André Rebouças, o poeta Castro Alves, a escritora Maria Firmina dos Reis, entre outros.

Dentre esses autores abolicionistas, estava o prodigioso Luiz Gonzaga Pinto da Gama (1830 - 1882), habitualmente denominado apenas por Luiz Gama. Este ser de mente brilhante foi um advogado autodidata, escritor, poeta e que, dentre outras vocações, lutou, assim como a sua mãe Luiza Mahin, ex-escrava ativista, que esteve presente na luta da Revolta dos Malês, para a libertação e a abolição da escravidão no país.

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