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A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

Por:   •  13/11/2017  •  Artigo  •  2.356 Palavras (10 Páginas)  •  332 Visualizações

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FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

CURITIBA

2017[pic 2]

FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Juliano Konrad

 

A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Especial, Faculdade Padre João Bagozzi, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Educação Especial. 

Orientador(a): Profª Me. Eliane de Souza Silva

CURITIBA

2017[pic 3][pic 4]

A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

Juliano Konrad[1]

Me. Eliane de Souza Silva[2]

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo a construção da história da Educação e da Educação Especial no Brasil, visando as dificuldades para tal em confronto com as políticas promovidas pelo Estado para a concepção da mesma. O trato da sociedade brasileira é tema do presente trabalho, analisando em especial suas especificidades e suas delineações ao longo dos séculos XIX, XX e XXI. Sempre importante no campo das discussões sobre educação no Brasil, a Educação Especial conseguiu com a luta de sujeitos durante anos uma melhoria para com a atenção daqueles que necessitam de apoio especializado para o trabalho com suas dificuldades. A discussão do que se precisa ainda ser feita – e precisa muito ainda – é tema do presente artigo e traz uma reflexão sobre a temática.

 

Palavras-chave: História; Educação; Educação Especial;

1  INTRODUÇÃO

        A luta por uma educação de qualidade no nosso país percorre séculos quando pesquisada nas bibliografias especializadas no tema. A luta por uma educação, seja pública ou privada, vem do período imperial brasileiro e ainda se faz presente nos meios especializados. Um país marcado por uma desigualdade social profunda, com taxas de violência que se fazem uma das maiores do mundo, necessitam em muito de uma educação de qualidade para a mudança de tal patamar. Para além da mudança nos precários índices que desenvolvem esse país, temos que levar em consideração aqueles que necessitam de um trato diferenciado – os portadores de necessidades especiais.

        As inúmeras dificuldades apresentadas para os alunos de séries regulares no Brasil se mostram ainda piores quando se trata dos portadores de necessidades especiais. A falta de recursos na educação pública voltados para nossos alunos especiais faz com que a qualidade na transformação dos mesmos seja comprometida. Longe de tentar colocar toda a culpa no Estado, o trabalho trata a problemática com ênfase no papel do próprio professor, como mediador do processo de ensino e aprendizagem e uma das ferramentas capazes de melhorar as condições de vida dos alunos com necessidades especiais. Saber identificar os problemas é o primeiro passo em direção a uma melhora. Quais os problemas que enfrentamos hoje na educação de alunos especiais? Como podemos ajuda-los? Qual a trajetória percorrida até aqui?

        Vislumbrando tal cenário e podendo assim dar voz e vez a essas pessoas, a discussão acadêmica se faz necessária, não os negligenciando como em um passado pouco distante, mas incluindo-os como sujeitos capazes de contribuir para a melhoria da nossa sociedade como um todo. Tendo em vista um panorama cada vez melhor para nossas crianças e futuramente para nossos sujeitos ativos e com capacidade de transformação, esse artigo traz algumas questões que precisam ser abordadas e aprimoradas no trato com as pessoas com necessidade especiais.

        O objetivo desse trabalho se dá no sentido de um melhor entendimento do processo histórico de construção da educação no Brasil, tendo como foco principal a educação voltada para os alunos com necessidades especiais. Entender a trajetória nos faz ter um panorama mais completo do que necessita ser mudado, do que já foi tentado e como podemos melhorar esse contexto. Através da pesquisa com autores que tratam da educação como problemática central dos seus trabalhos e a experiência em salas de aula da rede publica de ensino é capaz delimitar um campo de entendimento e transformação através do debate acadêmico sobre as dificuldades que estão presentes em toda área educacional brasileira.

  1. AS LUTAS PELA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A construção de um sistema de ensino no Brasil com assistência do
Estado brasileiro se remete ao começo do século XX. Para a análise desse processo, precisamos atentar para o contexto social e político da época, sua conjuntura econômica, as transformações que ocorriam no país nos idos de 1900. Com o processo de êxodo rural que se desencadeia no Brasil nos fins do século XIX e início do XX, condicionadas em muito pela crise cafeeira, as pessoas fazem a transição campo-cidade em busca de melhores condições de vida. Ao mesmo tempo, vemos o aumento da industrialização do país, com indústrias sendo construídas nas grandes metrópoles e também parques industriais surgindo principalmente na região sudeste do país. Com o advento da industrialização, a maioria das pessoas que saíram do campo para cidade acabam na fila de emprego das indústrias, e em sua maioria não são de maneira alguma capacitados para o desenvolvimento de inúmeras funções.

        A preocupação com um ensino público no Brasil começa enraizada nesse contexto, onde os trabalhadores precisavam ter um mínimo de educação para o desenvolvimento de suas atividades trabalhistas. Logo, em uma análise simplista da conjuntura, vemos que se precisava uma mão de obra minimamente capaz de atender os interesses patronais – e por que não de uma burguesia industrial que começava a se construir – em um país que há muito pouco tempo relegava a educação a uma classe privilegiada e com recursos para o investimento na construção de sujeitos com saberes escolares. O ambiente comum da época dos primeiros passos da industrialização no Brasil se dá por uma mão de obra formada em muito por crianças e mulheres, que de certa forma representavam um custo menor à burguesia industrial, em uma forma de exploração pautada em largos ganhos aos patrões. Assim afirma Souza em seu artigo sobre industrialização e trabalho infantil, dando ênfase a mudança promovida pela criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho quando da sua criação em 1919:

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