A Era Vargas Na História

Kathellin Bianca 3miB – Resumo História

Era Vargas

        A Era Vargas foi o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil (1930 – 1945). A ascensão de Vargas ao poder foi resultado direto da Revolução de 1930, que destituiu Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes. Houve três momentos, sendo eles: Governo Provisório (1930 – 1934), Governo Constitucional (1934 – 1937) e Estado Novo (1937 - 1945).

        Ao decorrer da década de 1920, ocorreram diversas críticas referentes ao sistema oligárquico, os tenentistas era um dos movimentos de oposição de maior destaque. Durante a eleição de 1930, Washington Luís recusou-se a indicar um candidato mineiro, indicando assim Júlio Prestes e rompendo a Política do Café com Leite. Por conta disso, os mineiros se aliaram as oligarquias paraibana e gaúcha e lançaram um candidato para concorrer o cargo de presidente, sendo ele Getúlio Vargas.

        Após a vitória de Júlio Prestes, o assassinato do vice de Getúlio serviu de motivo para um levante militar contra Washington Luís. A revolta iniciada em 3 de outubro, durou 3 semanas, e teve como término Washington Luís sendo deposto do cargo de presidente.  Durante 10 dias uma junta militar governou o país, até 3 de novembro quando Getúlio Vargas assumiu a presidência.

        No Governo Provisório, Vargas dissolveu o Congresso Nacional, eliminou os órgãos legislativos em níveis federal, estadual e municipal, e as eleições. Durante essa centralização do poder e a demora de convocação de uma nova Constituinte, São Paulo se rebelou contra o governo, ficando conhecida como a Revolução Constitucionalista de 1932. Com a revolução, Vargas nomeou um interventor civil e realizou a eleição em 1933 para compor a Constituinte, com isso foi promulgada a Constituição de 1934, que indiretamente reelegia Vargas para ser presidente até 1938.

        Durante esse período foram criados o Ministério do Trabalho, Industria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde. Com a nova Constituição, houve mudanças na política, como o voto feminino, ensino primário gratuito e obrigatório, e foi criada a Justiça do Trabalho. Vargas se concentrou em combater os efeitos da Crise de 1929, para isso, ele comprou diversas sacas de café e queimo-as para que o café fosse valorizado.

        No tempo do Governo Constitucional surgiu dois grupos: Ação Integralista Brasileiro, grupo de extrema-direita que se inspirava no fascismo italiano; e a Aliança Libertadora Nacional (ANL), grupo comunista que lutava contra os fascistas no país e depois se tornou um movimento que buscava tomar o poder do país pela via revolucionária. Em 1935, a ANL tentou tomar o poder, movimento conhecido como Intentona Comunista, dirigida por Luís Carlos Prestes. O movimento foi um fracasso, e a repressão foi brutal, com torturas e prisões ilegais.

        Em 1937, Vargas alegou que existia uma tentativa de golpe comunista, divulgada por um documento falso chamado Plano Cohen. Com isso, Getúlio Vargas realizou um autogolpe, cancelando as eleições de 1938 e instaurando o regime ditatorial no Brasil.

        O Estado Novo foi considerado o período mais repressivo, pois foi a fase ditatorial da Era Vargas. Durante esse período Vargas governou a partir de decretos-leis, não precisando de aprovação do Legislativo. O Legislativo foi abolido e o Congresso e Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais foram fechadas, assim como os partidos políticos que também foram colocados na ilegalidade.