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A Escola De Analles

Artigo: A Escola De Analles. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/10/2013  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  525 Visualizações

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Inicialmente é preciso dizer que a escola de Annales na verdade não é uma escola, e, sim uma revista. Que foi pode ser dividida em três fases, a primeira fase começa com o lançamento da revista em 1929 e foi até 1946 sendo liderada por Marc Bloc e Lucien Febvre. Já na segunda, a direção ficou a cargo de Fernand Braudel, entre 1946 a 1968. A partir de 1968 até 1988 a direção da revista foi feita de forma coletiva.

Na primeira fase, a revista tinha o nome de Annales d’histoire économique et sociale, e quis apresentar uma nova abordagem da história e se tornar um ponto de ligação entre as ciências humanas, tornando-se uma referência nas reflexões e estudos da História econômica e social, que até então não estavam sendo considerados como temas relevantes para estudos, com essa atitude pretendiam não mais fazer uma história relativa e política como a dos metódicos e positivistas. Dessa forma, foram transformando-se no centro de uma nova corrente historiográfica, e recebendo a colaboração de economistas, sociólogos, geógrafos, cientistas políticos e também vários historiadores.

Durante a 2ª Guerra Mundial, quando a Alemanha ocupou a França, a revista continuou a ser publicada, porém, com outros títulos. Nesse período, a direção da revista estava a cargo de Bloc e Febvre, que queriam escrever uma historia mais vasta, abrangente e totalizante, e para tentarem alcançar isso, apresentaram algumas propostas, e dentre elas destacam-se: a substituir a simples narrativa dos fatos por uma história, na qual o historiador deveria interrogar o passado com questões do presente; deixar de estudar somente a politica e passar a dar atenção a outras atividades humanas, que poderia partir do estudo da organização econômica e social até a mentalidade coletiva; aproximar a História de outra ciências, como Geografia, Antropologia, etc, podendo incorporar conceitos, métodos, técnicas, reflexões e problemáticas.

Surge, também, uma temporalidade mais longa, permitindo perceber as transformações que ocorrem mais lentamente em todos os aspectos da vida humana. De maneira que a historia passa a estudar todas as ações a práticas humanas nas suas várias formas de manifestação e duração.

Em 1944, Bloc foi executado pelos nazistas, e a direção da revista fica a cargo de Febvre até 1956, quando ele faleceu. Ele subtraiu o termo “d’historie” do titulo da revista, demostrando sua vontade de se reaproximar das demais ciências sociais. Houve, ainda, uma mudança de pensamento, pois Febvre passa a se preocupar em relacionar todos os aspectos da vida entre si, uma vez que para ele tudo estava relacionado a tudo. De maneira que tudo seria valido para entender e homem em sua plenitude e complexidade.

Após a morte de Febvre, quem assume a direção da revista é Fernand Braudel, que dá preferencia ao estudo das estruturas econômicas, causando prejuízos a temas como o estudo as s mentalidades e a historia cultural. Braudel continuou a se preocupar, como seu antecessor, em tentar manter a interdisciplinaridade, em fazer um a história total e os aspectos geográficos. Nesse período deu-se a consolidação institucional dos Annales, bem como seus métodos se propagaram para várias partes do mundo. Surgiram novas metodologias de investigação, com a utilização de dados contábeis, balanços financeiros e outros.

Com o intuito de renovação, ele chamou alguns jovens historiadores

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