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A História da Amazônia

Por:   •  24/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.768 Palavras (12 Páginas)  •  104 Visualizações

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE ESTUDOS DO TRÓPICO ÚMIDO – IETU

CURSO DE HISTÓRIA – XINGUARA

Késia Lorranny da Silva Oliveira

Xinguara-PA

2019

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE ESTUDOS DO TRÓPICO ÚMIDO – IETU

CURSO DE HISTÓRIA – XINGUARA-PA

Késia Lorranny da Silva Oliveira

Fichamento referente as aulas da prof.ª Dr.ª Anna Carolina de Abreu Coelho, nos dias 28/08, 04/09, 11/09 e 18/09, apresentado ao Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, com o requisito parcial de avaliação da disciplina História da Amazônia I.

Xinguara-PA

2019

Texto 1: Uma janela para a história pré-colonial da Amazônia: olhando além – e apesar – das fases e tradições

Um dos grandes problemas enfrentados pela arqueologia da Amazônia hoje é compatibilizar as classificações herdadas de fases e tradições cerâmicas com a necessidade de produzir uma história do passado que seja dinâmica e abranja os processos de mudança socio-cultural pelos quais as sociedades amazônicas passaram. (...) o conceito de 'fase cerâmica' como forma de caracterizar conjuntos de artefatos tecnológica e estilisticamente similares passou a ser utilizado irrefletidamente para identificar grupos sociais ou étnicos no tempo e no espaço (SCHAAN, 2007, p. 2).

Em uma seqüência cronológica, estas fases foram denominadas Ananatuba, Mangueiras, Acauã, Formiga, Marajoara e Aruã. Algumas delas se sobrepõem no tempo e no espaço, ocupando por vezes o mesmo sítio por períodos que podem chegar a centenas de anos, de acordo com datas absolutas e relativas (SCHAAN, 2007, p. 3).

A fase Marajoara pode ser caracterizada como uma cultura que se expandiu por toda a ilha de Marajó a partir da metade do primeiro milênio d.C. e que encontrou expressões locais diferenciadas devido a fatores ecológicos e sociais particulares (SCHAAN, 2007, p.4).

De acordo com o modelo tradicional de 'fases', complexos cerâmicos poderiam ser definidos por características técnicas, como o uso de determinado tipo de antiplástico. Neste sentido, a identificação de conjuntos cerâmicos com antiplásticos diferentes dentro de um mesmo sítio levava geralmente à assignação de 'fases' diferentes. Da mesma forma, a presença de artefatos característicos de outra 'fase' identificada alhures seria considerada fruto de troca ou 'intrusão' (Ibidem).

Quando os cacicados marajoara entram em declínio, no entanto, ao redor de 1.200 d.C., surgem sítios da cultura marajoara tardia - que denominamos fase Cacoal - onde o uso do caraipé torna-se freqüente e em proporções bastante significativas (SCHAAN, 2007, p. 5).

O último caso a ser analisado é o da semelhança estilística entre as cerâmicas marajoara e tupiguarani em suas variantes policrômicas, que leva arqueólogos a especularem possíveis ligações etnolingüísticas entre as populações produtoras destas duas indústrias cerâmicas. Será revista, rapidamente, a origem destas especulações, para então analisarmos sua fundamentação (Ibidem).

Percebem-se claramente diferenças socioculturais, políticas e econômicas marcantes entre estas duas populações, o que leva a considerar as poucas semelhanças encontradas na cerâmica como pouco significativas (SCHAAN, 2007, p.6).

Pretendemos, com este trabalho, demonstrar a necessidade de problematizar a classificação de conjuntos tipológicos em fases e tradições, assim como a tendência de tratar 'fase' e grupo etnolingüístico como entidades homólogas. Ao tratar a 'fase' como uma entidade homogênea e não passível de transformações, fossilizamos o registro arqueológico e deixamos de utilizar o estudo dos artefatos para entender processos de mudança cultural de longo termo, um dos objetivos maiores da arqueologia (Ibidem).

E por isso há a necessidade da criação de tipologias como maneira de classificar e segregar em grupos discretos aquelas entidades que se pretende estudar, na busca de padrões e regularidades. O que não é possível, no entanto, é perder de vista que as categorias e tipologias são instrumentos de análise que visam, em última instância, buscar reconstituir contextos históricos, sujeitos a mudanças culturais e transformações sociais. Neste sentido, categorias e tipologias são apenas meios para se alcançar um fim e não podem, elas mesmas, substituir a necessária descrição e estudo de processos sociais dos quais são atores os seres humanos, nunca os artefatos (SCHAAN, 2007, p.7).

Texto 4: A experiência de Omagua e Dorado nas crônicas de três A experiência de Omagua e Dorado nas crônicas de três sobreviventes da expedição Pedro de Ursua-Lope de Aguirre (1560-1561)

Entre os anos de 1560 e 1561 a expedição Pedro de Ursua-Lope de Aguirre deixava na memória a impressão de seus acontecimentos por meio de um número relativamente elevado de crônicas. O historiador Emiliano Jos, um dos primeiros estudiosos a ocupar-se do tema, enumerava, em 1927, cerca de dez crônicas relativas a esta expedição (AMAZONAS, 2009/2010, p. 112).

Diante dessa imprecisão, optamos em considerar que existem onze ou doze crônicas conhecidas até este momento que informam os acontecimentos relativos à expedição Ursua-Aguirre. Seus autores são: Francisco Vázquez, Pedrarias de Almesto, Toribio Ortiguera, Pedro de Monguía, Gonzalo de Zúñiga, Custodio Hernández, Anônimo, filho de Juan Pérez, Vargas Zapata, Aguilar y Córdoba e Altamirano (AMAZONAS, 2009/2010, p.113).

O fio condutor das crônicas foi a rebelião ocorrida em meio à viagem de exploração da região, bem como o modo como a revolta foi conduzida pelo líder rebelde Lope de Aguirre. A viagem tinha como finalidade encontrar as ricas terras de Omagua e Dorado, plano que foi abortado a partir do início da rebelião (Ibidem).

Tendo em vista a impossibilidade real de examinar todos os testemunhos escritos desta expedição, optamos por trabalhar com três crônicas. Dessa forma, após a leitura de seis destes documentos, optamos pelos escritos de Francisco Vázquez, Pedrarias de Almesto e Gonzalo de Zúñiga. Tendo como temas-guia a rebelião e o mito ou fábula199 de El Dorado (AMAZONAS, 2009/2010. p. 114).

A expedição de Pedro de Ursua-Lope de Aguirre (1560-1561) partiu naquele ano com o objetivo de encontrar províncias conhecidas pelos nomes de Omagua e Dorado.207 Para tanto, o vice-rei do Peru Marquês de Cañete nomeou Pedro de Ursua governador das províncias (AMAZONAS, 2009/2010, pp. 115-116).

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