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A História da comunidade Quilombola de Alegre

Por:   •  29/11/2016  •  Ensaio  •  900 Palavras (4 Páginas)  •  556 Visualizações

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História da comunidade Quilombola de Alegre

Cirlene -  João Pretinho foi um dos mais antigos patriarca da comunidade, ele foi escravo, ele foi uma das pessoas que teve sorte e que sobreviveu, e  João Pretinho, ele foi para Barreiro e deixou seu irmão Firmino, em Alegre.

Cirlene - diz que a mãe dela pescava muito como no rio tinha muito peixe, minha mãe era uma mulher muito guerreira, meu pai a deixou com sete filhos, então ela foi uma mulher homem, pegava em foice pra desmatar tudo, capinava trabalhou muito.

"João Pereira Gomes, nasceu no ano de 1868, na localidade Vereda da Serra de Campo Belo, próximo ao povoado de Conceição do Mato Verde e de Mirorós, na época pertencente ao Município de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique, província da Bahia, filho de Manoel Pereira Gomes e de Francisca Pereira Gomes. João Pereira Gomes – ou simplesmente ‘João Pretinho’, como os familiares e os conhecidos o chamavam – nasceu filho de escravos fugidos e reunidos em quilombos nas serras das Laranjeiras e Azul, escarpas ocidentais da Chapada Diamantina, alto sertão da Bahia. Os pais e demais familiares de João Pretinho se mudaram inúmeras vezes, sempre que desconfiavam que poderiam ser descobertos por capitães do mato e capatazes, vivendo em quilombos móveis nas localidade de Vereda da Serra, Conceição, Mirorós, Mata Verde, Morro do Gomes, nas proximidades das fazendas Canabrava do Gonçalo, Riacho de Areia, Vacaria e Alto do Mamão. Finalmente, estando "João Pretinho" no Quilombo do Alegre, por ele formado, e tendo, no início dos anos 1950, certeza que a escravidão havia acabado, seus familiares passaram a construir habitações mais sólidas no atual povoado de Barreiros, pertencente ao então distrito de Tiririca de Luizinho, município de Chique-Chique, estado da Bahia. João Pereira Gomes se casou três vezes. O primeiro casamento foi com Agostinha Ferreira Gomes; o segundo com Hermenegilda Desidéria do Espírito Santo; e o terceiro casamento com Ana Alberta Martins de Souza. Nasceram-lhe dos três matrimônios vinte filhos, dos quais a pesquisa conseguiu os seguintes nomes: Firmino Pereira Gomes, Custódio Pereira Gomes, Genuíno Pereira Gomes, Ricardina Pereira Gomes, Narcisa Pereira Gomes, Francolino Pereira Gomes, Maria Benta Pereira Gomes, Amésia Pereira Gomes, Abraão Pereira Gomes, Avani Pereira Gomes, Marcolino Pereira Gomes. João Pereira Gomes faleceu no dia 13 de dezembro de 1971, com 103 anos de idade, no povoado de Barreiros, distrito de Tiririca de Luizinho, município de Xique-Xique, estado da Bahia. [1] 

Sr. João Souza da Silva (64 anos) – começou descrevendo sobre a sua infância, e lembra-se do um fato importante na época que era criança, que ele usava muito o shampoo pra tirar caspa, e que o melhor shampoo que tinha naquela época era o de raiz de pé de juá, é muito fácil de fazer é só colocar o juá no fogo, ai esquenta, a parte que você cortou sai a espuma, você pá passa no cabelo, não pega caspa nunca e não tem problema nem um, então são essas zas coisas, eu nessa idade, me fale-me tudo mas não me fale em tomar remédio, meu remédio qualquer problema que eu tenho, eu tenho pé de mato, pé de pau ai no mato eu faço o meu próprio remédio, (remédio caseiro) é faço meu próprio remédio minhas garrafada, tenho garrafada lá em casa que minha mulher faz com babosa  diabo todo, manheço de manhã cedo uma hora, uma hora dessa eu já comi um pedaço de babosa deste tamanho, então eu acho que é por isso, que primeiro Deus do céu e segundo não sinto nada, tem ano  de fazer ate dezesseis exame nunca me: nada nada nada nada não sei o que é doença, rsrsrs...ando corro,  levo a vida brincando com Deus e o mundo eu fumava e bebia, hoje em dia não tomo nem café, eu digo vou ficar veio, vou caçar um jeito de viver mas uns dias, eu vejo ai os velhos quando aposenta, aposenta no mês quando é no outro morre de cachaça, eu disse não eu tô fora (rsrsrsrsr) a vida tá boa, eu tenho muito que curtir ( rsrsrs), então, eu conheço essa beira de ilha desde praticamente quando nasci, isso aqui eu conheço – Entrevistador o que os seus pais falava sobre essa comunidades antigamente: Sr. João ai já vem da gerendencia  já quilombo, quilombo por que , meu pai já vem, você ver que a parte mas forte do quilombola é os Guedes, o Guedes já vem do outro lada do mundo vem esse nome Guedes, então essa parte ai, por que o finado do meu pai já era daqui de Mirorós dos Guedes, dês na daí ela já contava a historia pra gente como que era a gerendencia como que não era, da onde veio nascido a gerendencia né, nossa dos Guedes, e o sofrimento daí foi descambando pra cá de descambando pra cá de cabeça baixo, já união lá Mirorós descambando para cá Salva Vida é tudo uma gerendencia só e descambando pra qui que é alegre né, é uma gerendencia mesmo de quilombo é a gerendencia mesmo de quilombo, o meu avó foi que era, enterrado aqui no Barreiro, o finando Firmino Guedes foi enterrado aqui no Barreiro, ele já tinha gerendencia mesmo de quilombo ele mesmo já tinha a história dele pra contar que eu era pequeno, o meu avó foi sofreu até escravizado.

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