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Trabalho Comunidade Quilombola

Por:   •  26/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.369 Palavras (14 Páginas)  •  443 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

BIGUAÇU

Bruno Ricardo de Faria, Fernanda N. dos Santos, Jules Fabiano Griss Costa, Letícia Luiz, Lucas Rosa Vieira, Maicon Leandro Lohn

Relatório de visita à Comunidade Remanescentes de Quilombos Santa Cruz

Biguaçu

2015.1

Bruno Ricardo de Faria, Fernanda N. dos Santos, Jules Fabiano Griss Costa, Letícia Luiz, Lucas Rosa Vieira, Maicon Leandro Lohn

Relatório de visita à Comunidade Remanescentes de Quilombos Santa Cruz

Relatório de visita à comunidade Remanescente de Quilombos – Santa Cruz – apresentado para avaliação na disciplina de Bases Sócio Antropológicas do curso de Educação Física – Licenciatura, noturno, da Universidade do Vale do Itajaí – Univali, ministrado pela professora Lísia Costa Gonçalves de Araújo.

Biguaçu

2015.1

Resumo

A presente pesquisa foi realizada com o intuito de conhecer a cultura da comunidade Remanescentes de Quilombolas, conhecida por comunidade Santa Cruz, localizada na cidade de Paulo Lopes a 60 km ao Sul da capital de Santa Catarina. Nela encontramos uma população de 128 habitantes, que enfrentam sérios problemas sociais, além de conviver com o preconceito da própria comunidade e a falta de apoios governamentais com o tempo estão perdendo os traços de sua cultura. Através das observações, entrevistas, leituras, pesquisa e informações do INCRA e da Fundação Cultural Palmares, constamos que há diversos programas do Governo Federal que reúnem ações de incentivo ao desenvolvimento local, ações de saúde e educação, construção de moradias, recuperação ambiental, atendimento às famílias quilombolas pelos programas sociais, entre outros. Porém o que vimos naquele local foi a falta de tudo isso e um pouco mais.

Sumário

  1. Introdução5
  2. Observação, registro e análise6
  1. Origem dos quilombos5
  2.  QUILOMBOS EM SANTA CATARINA5
  3.  DESCRIÇÃO DA VISITA5
  1. Conclusão8

Referências 9

  1. Introdução

         Em 28 de fevereiro de 2015, nós, Bruno, Fernanda, Jules, Letícia, Lucas e Maicon, ambos acadêmicos do curso de Educação Física-Licenciatura, da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – fizemos uma visita à comunidade Remanescentes de Quilombos – Santa Cruz – na Cidade de Paulo Lopes – SC.

        A comunidade Santa Cruz, hoje, é uma das maiores comunidades remanescentes de Quilombos presente em Santa Catarina, com cerca de 128 pessoas, sendo elas, crianças, homens e mulheres com idades, grau de escolaridade e discernimento da cultura africana bem variadas.

        Objetivou-se nesse relatório conhecer um pouco da cultura da comunidade Remanescentes de Quilombos – Santa Cruz – certificada pela Fundação Cultural Palmares em 02/03/2007, através do processo FCP (FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES) de número 01420.000121/2007-58, bem como conhecer os elementos de manuseio nas mais diversas esferas da sua cultura, expressividade do povo, órgãos que intermedeiam na comunidade, membros que fazem parte, histórias, ações e atitudes diante dos preconceitos, convívio social e origem.

Nesse relatório, também, é possível identificar a relação que os moradores da comunidade Santa Cruz têm com as demais pessoas que não fazem parte da comunidade mais que vivem aos arredores, a repressão com que as tratam faz parte de uma rotina, onde expressões de baixos calões são usadas como ferramentas de agressão verbal aos remanescentes. Visto que em um primeiro contato que tivemos com os adultos da comunidade, eles ficaram receosos em falar do cotidiano deles, sem muita clareza e confiança dos objetivos do presente relatório, já que o conhecimento deles diante de uma pesquisa relacionada á cultura para fins de estudo no curso de Educação Física – Licenciatura – era prematuro.

  1. Observação, Registro e Análise.
  1. Origem dos Quilombos

Os quilombos se formavam em locais de refúgio dos escravos africanos e afrodescendentes em todo o continente americano. Eram entendidos pelo Conselho Ultramarino do Governo Português em 1740 como todo "agrupamento de negros fugidos que passe de cinco, ainda que não tenham ranchos levantados em parte despovoada nem se achem pilões neles". A definição antropológica da Associação Brasileira de Antropologia de 1989 para esse agrupamento é: toda comunidade negra rural que agrupe descendentes de escravos, vivendo de cultura de subsistência e onde as manifestações culturais têm forte vínculo com o passado.

        A palavra "quilombo" tem origem nos termos "kilombo" (Quimbundo) e "ochilombo" (Umbundo), estando presente também em outras línguas faladas ainda hoje por diversos povos Bantus que habitam a região de Angola, na África Ocidental. Originalmente, designava apenas um lugar de pouso, utilizado por populações nômades ou em deslocamento; posteriormente passou a designar também as paragens e acampamentos das caravanas que faziam o comércio de cera, escravos e outros itens cobiçados pelos colonizadores. Significava também “acampamento guerreiro, capital, povoação, união”. Porém foi só no Brasil que o termo "quilombo" ganhou o sentido de comunidades autônomas de escravos fugitivos.

  1. Quilombos em Santa Catarina

        Torna-se contraditório a origem dos quilombos em Santa Catarina. Sabemos que o primeiro reconhecimento de território quilombola em Santa Catarina teve o decreto de desapropriação assinado em 2010, representando uma área superior a 7,9 mil hectares. Tais acontecimentos se tornaram realidade Por força do Decreto nº 4.887, de 2003, o Incra é o órgão responsável, na esfera federal, pela titulação dos territórios Quilombolas.

O processo que define do reconhecimento até a certificação de Comunidade Quilombola, como podemos perceber passa por um longo rito jurídico e sociocultural com o objetivo assegurar aos membros da comunidade quilombolas seus direitos constitucionais e o acesso as políticas públicas ordenadas pelo Governo Federal, Estados e Municípios.

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