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A História da África

Por:   •  25/9/2018  •  Ensaio  •  1.133 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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ATIVIDADE À DISTÂNCIA 1

HISTORIA DA ÁFRICA

Aluna: Camila Amorim Mariano

Matrícula: 13216090193

DEBATES HISTORIOGRÁFICOS ÁFRICA; como objeto de estudo.

        O presente trabalho tem como objetivo relacionar os conteúdos das aulas estudadas 1 e 2, com três vídeos expostos na plataforma de estudo, destacando os principais debates que aparecem nos cadernos didáticos e como estes se relacionam com os conteúdos abordados nos vídeos. A primeira aula traz à crítica a homogeneização do continente africano atentando para a identificação da diversidade linguística, cultural, religiosa e das especificidades do continente, contribuindo para a problematização da imagem homogênea, na análise dos diversos povos africanos suas fontes orais, arqueológicas ou o relato do dominador.

 Após a intensificação da presença do colonizador Europeu as fontes escritas surgiram mais abundantes e posterior a esse período podemos destacar a o estudo das lutas anticoloniais seus diversificados processos de libertação Nacional e seus diferentes tipos de fontes.  Pertinente as análises sobre Historiografia Africana escritas por Andrea Marzano destacam a produção historiográfica colonial caracterizada por relatos de acontecimentos políticos e militares que realçavam a suposta ‘pacificação’ dos africanos pelos europeus.[1] Tal pacificação de guerras entre os nativos africanos seriam realizadas pelo europeu que designava para si a tarefa de pacificar o continente.

A África aparecia, na historiografia europeia, apenas de forma marginal , como parte menos importante da história imperial , em uma perspectiva profundamente marcada por concepções eurocêntricas e racistas.[2]

Entretanto nas décadas de 1950 e 1960 o início da produção historiográfica africana se destaca pela perspectiva Afrocêntrica, causando uma revolução na historiografia africana, representando o rompimento com a historiografia colonial, mediante os movimentos de libertação nacional, essa produção tinha como pretensão o resgate da África pré- colonial através do uso de novas fontes, a aceitação da interdisciplinaridade e a escolha de certos tópicos privilegiam as iniciativas africanas e a ideia de um equilíbrio social e ambiental na África pré- colonial.[3] 

Esta renovação historiográfica foi possibilitada pela existência de universidades africanas cujos departamentos de História foram marcados pelo Nacionalismo [...] historiadores daquelas universidades pretenderam demonstrar a importância e grandiosidade da história Africana anterior chegada dos europeus[4].

A possibilidade de relacionar o conteúdo das aulas com o conteúdo dos vídeos pode ser expressa pelas informações complementares e semelhantes dos conteúdos. O vídeo do Historiador Alberto Costa e Silva dialoga com os dados apresentados na aula ‘A África como objeto de estudo 1: diversidade, fontes e metodologias’, nas duas obras são destacadas a história existente além dos documentos oficiais, a produção antiga existente de relatos históricos africanos como os hieróglifos, os escritos em outras línguas árabes devido à chegada dos Muçulmanos como o Tarik Es Sudan e o Tarick El Fettach, a região norte foi marcada por uma influência mediterrânea e fontes escritas e o sul da África mediante a ausência de fontes escritas, a historiografia da África Subsaariana, para períodos anteriores a expansão islâmica é socorrida pela arqueologia e seus vestígios de ocupação humana.

Como as sociedades da África Subsaariana conheceram a escrita tardiamente, a oralidade formava a base das relações humanas religiões e da memória. Nesse sentido os relatos orais contribuíam decisivamente para a construção e afirmação das identidades. [5]

Uma ótima demonstração da força da cultura oral é o longa-metragem denominado ‘kiriku e a Feiticeira’ podemos ter acesso a uma lenda contada por relatos orais. O filme é uma produção franco-belga, em desenho animado lançada no ano de 1998, dirigida por Miguel Ocelot .A trama mistura lendas africanas com elementos criados pelo próprio diretor, que passou sua infância na Guiné. O filme conquistou as mais importantes premiações em eventos de animação e de cinema infantil. [6] O pioneiro responsável por indicar possibilidades de controle e crítica para trabalhos de tradições orais foi o belga Jan Vansina.

  O pressuposto da homogeneização pode ser comparado a expressão de “História Única” utilizada pela escritora Nigeriana Chimamanda Adichie que aborda a questão do negro na literatura, relata em sua história pessoal que não imaginava que indivíduos negros pudessem estar na literatura, a autora não concebia tal fato devido a leitura de muitos livros americanos e britânicos, a influência cultural do dominador pode ser vista não apenas como um resquício da colonização ou imperialismo de outrora, mas também como o domínio europeu na própria historiografia africana até a década de 1960. Ressalta a vulnerabilidade que possuímos em relação as histórias únicas, mesmo que em muitas versões, através da mídia pois muitas vezes sem perceber podemos conceber estereótipos vergonhosos lesando a dignidade de outrem, negando o sentido de igualdade humanitária. 

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