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A Modernidade Construída

Por:   •  1/2/2022  •  Resenha  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  59 Visualizações

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A Modernidade Construída

CHAUL, N. N. F. A Modernidade Construída. In.:___. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. 2. ed. Goiânia: Editora da UFG, 2002, p. 155-162.

No capítulo A Modernidade Construída o autor discorre sobre o progresso no estado de Goiás que levaria à modernidade na década de 30. À partir desse período a Primeira República e as Oligarquias passam a ser retrógradas, enfim, era o momento de progresso e prosperidade. A capital do estado se torna o maior símbolo de modernidade na região.

Em 1930, como aborda o autor no texto, “todas as dicotomias em atraso e progresso, velho e novo, moderno e tradicional, que vislumbramos no primeiro capítulo deste trabalho, vão se tornar o centro das discussões políticas na década de 1930 em Goiás” (CHAURL, 2002, pág. 156). Nesse momento nos é apresentado diversas definições de modernidade, citando Lefebvre, que busca relacionar o modernismo-modernidade e moderno-antigo, distinguindo modernismo e modernidade, sendo o modernismo período de reflexão e crítica e a modernidade o resultado dessa reflexão sobre as transformações e contradições. Marx “definia o terno pela abstração e pela dualidade da vida moderna, significando a ascensão da burguesia e o crescimento econômico” (CHARL,2002, pág. 157), afirmando o capitalismo e suas manifestações políticas.

Enquanto Marx buscava a compreender o mundo moderno politicamente, Baudelaire o fazia esteticamente, interpretando a dualidade no cotidiano e no abstrato, submetendo-o à arte. Outra representação importante que Chaurl aborda no capítulo é a de Marshall Berman, que afirma a modernidade como algo paradoxo e contraditório, sendo mundo moderno revolucionário e conservador ao mesmo tempo, nos permitindo além de tudo, uma “experiência ambiental que ignora fronteiras geográficas, raciais, além das barreiras de classe e de nacionalidade” (CHARL, 2002, pág.158)

É evidente a amplitude e complexidade em torno da problemática da modernização, assim, o autor nos faz analisar essas reflexões com a realidade goiana de 1930. Tanto políticos quanto intelectuais buscavam construir uma representação de modernidade que se contrapõe à decadência e o atraso. Com o fim da Velha República e a ideia de progresso, o Estado busca por uma política mais justa, que garantisse a unidade e identidade nacionais.

Muitos estudos buscaram teses sobre modernização para explicar as transformações que ocorreram na Primeira República.

“Praticamente todos os analistas do período adotara a ideia da expansão da economia capitalista no Brasil como diferenciadora dos crescimentos regionais que, por sua vez, passaram a apresentar diferentes níveis de acumulação. De tal processo teriam derivado os pólos modernos e os atrasados. As regiões ditas atrasadas teriam, então, sido incorporadas aos pólos hegemônicos, frutos do avanço da urbanização e da industrialização do país. Essas áreas passaram a ser denominadas áreas periféricas do capital. Goiás, à partir da década de 1920, era uma região periférica, que estava sendo incorporada com maior dinamismo, ao mercado capitalista.” (CHARL, 2002, pág. 160)

Essa perspectiva fez com que autores trabalhassem a ideia do Goiás periférico com a teoria da dependência,

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