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A Radioatividade: de vilã do século XX para soluções tecnológicas para o século XXI.

Por:   •  7/4/2022  •  Resenha  •  823 Palavras (4 Páginas)  •  63 Visualizações

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Trabalho de Química Geral I – 2022

Radioatividade: de vilã do século XX para soluções tecnológicas para o século XXI.

Eduarda Zara da Silva nº 032259

                        Resumo        

Em 1896, o cientista francês Henri Becquerel, descobriu, através de pesquisas que sais de urânio emitiam um tipo de radiação que impressionava chapas fotográficas. Posteriormente outros cientistas descobriram mais elementos que também emitiam esse tipo de radiação, mas a que proporcionou as mais marcantes aplicações foi a sobre a fissão do urânio.

No ano que em que a segunda guerra mundial se iniciou, em 1939, os alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann observaram essa aplicação e a mesma foi interpretada pela física austríaca Lise Meitner. Neste mesmo ano, o Alemão Niels Bohr foi um dos primeiros cientistas aliados a tomar conhecimento de que os alemães tinham obtido a fissão do urânio. Desconfiado de que os alemães poderiam utilizar deste know-how para fabricação de uma bomba. Os Estados Unidos foram alertados, porém a bomba não foi feita, por falta de capacidade de gerar um reator nuclear auto-sustentável e também por não ter certeza das diferenças entre um reator e uma bomba atômica.

O projeto Manhattan

Em 1941, os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial e direcionaram sua economia para uma “guerra industrial”, com a alta produção de armamentos. O projeto Manhattan foi criado por inúmeros cientistas com o objetivo de se criar a primeira bomba nuclear. Um ano após, o primeiro reator foi criado com supervisão do físico italiano Enrico Fermi e após três anos, em 1945, o primeiro teste foi realizado com uma bomba atômica no deserto de Alamogordo. Ainda no mesmo ano, cerca de 120 mil pessoas foram mortas em decorrência das explosões de bombas atômicas no Japão. Embora a derrota do Japão já fosse prevista mesmo com armas convencionais, para os EUA, a bomba representou muito mais do que a vitória na guerra: foi uma demonstração de poder, mesmo que fosse um ato totalmente desnecessário.

A Guerra Fria

A guerra fria foi marcada pelos EUA e URSS disputando a supremacia mundial, tanto nos campos de armamento como também espacial. Diante da repercussão da bomba atômica, em 1949 os soviéticos explodiram seu primeiro armamento nuclear. O desenvolvimento de armamentos nucleares obteve sucesso por causa dos possíveis avanços tecnológicos da Alemanha e dos Estados Unidos, mas também pelas divulgação de informações do cientista Klaus Fuchs, que participou do projeto Manhattan e depois repassou as informações aos soviéticos. Em 1952, os Estados Unidos criou a da bomba de hidrogênio, porém os soviéticos não ficaram para traz e lançaram o Sputinik (primeiro satélite artificial – 1957). Os EUA só conseguiu dar a volta por cima após a viagem à lua dos astronautas da Apollo XI.Com o tempo, outros países começaram a realizar testes nucleares e o medo da extinção da humanidade em uma guerra nuclear era preocupante. Após diversos tratados, somente com o final da Guerra Fria e a desestruturação da União Soviética (1989), o receio do holocausto nuclear foi temporariamente amenizado.

As usinas e os acidentes nucleares

Na década de 50, o aproveitamento racional da energia nuclear possibilitou a criação das usinas nucleares. Segundo Goldemberg (1998, p. 100),

Fonte poderosa de energia, as usinas nucleares foram de grande importância para atender a demanda. Mesmo com o alto custo para desenvolvimento e construção, não depender de localizações geográficas e também por não poluir o meio-ambiente, foi uma iniciativa viável. Até que dois grandes acidentes nucleares aconteceram, o primeiro em 1979 nos Estados Unidos, que não teve vítimas fatais pela rápida evacuação e o segundo, em 1986, o mais conhecido e devastador, acidente em Chernobyl. A radiação emitida foi tão significativa que alarmes na usina nuclear da Suécia foram ativados. Pela falta de responsabilidade da União Soviética, que só assumiu o acidente após 48 horas, foram incontáveis vítimas fatais por causa lançamento de isótopos radioativos de iodo na atmosfera. O Brasil também teve um episódio de vítimas por radioatividade após uma cápsula contendo césio-137 ser encontrada em um lixão e ter sido manuseada, onde algumas vítimas faleceram devido a exposição à radiação.

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