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ANÁLISE DE CAPÍTULO DE LIVRO DIDÁTICO SOBRE PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Por:   •  28/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.369 Palavras (10 Páginas)  •  275 Visualizações

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“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” (Paulo Freire - 1921-1997)

AVALIAÇÃO: ANÁLISE DE CAPÍTULO DE LIVRO DIDÁTICO SOBRE PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

I – APRESENTAÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO:

  1. Título: História Global – Brasil Geral
  2. Ano de Publicação e Edição: 2011 e 2008
  3. Cidade e Editora: São Paulo – SP Editora Saraiva
  4. Autoria: Gilberto Cotrim
  5. Vinculação Institucional do (a)s Autores (a)s: Professor de História Graduado pela Universidade de São Paulo e Mestre em Educação, Arte e História Cultural pela Universidade Mackenzie. Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e é autor de livros didáticos.
  6. Quantidade de Capítulos e número de páginas de todo o livro: 58 (cinquenta e oito) capítulos; distribuídos em 688 (seiscentos e oitenta e oito) páginas, sendo que não foi contabilizado 95 (noventa e cinco) páginas do Manual do Professor que está no final do livro.
  7. Indicar a Coleção do livro em análise: O livro didático é volume único, desta forma, não ocorreu coleção.

II – ANÁLISE DO CAPÍTULO ESCOLHIDO

  1. Título do Capítulo escolhido para Análise: Capítulo 39 – Independência Política do Brasil
  2. Síntese do Capítulo, indicando quantidade de páginas, Ilustrações (figuras ou mapas) e resumo dos conteúdos Históricos:

No capítulo intitulado “Independência Política do Brasil” de autoria de Gilberto Cotrim, é composto de 12 (doze) páginas e com inúmeras ilustrações acerca do tema proposto pelo autor.

É importante ressaltar que na imagem ilustrativa que denomina o capítulo analisado, tem a pintura de Dom Pedro, pintada por Ademir Martins (1969) que pertence ao acervo da Caixa Econômica Federal e logo em seguida o autor sugere aos alunos, que façam uma reflexão “treinando os seus olhares” sobre as diferenças e semelhanças entre a imagem de Pedro Américo denominada “Independência ou morte”, conforme representação abaixo:

Independência. Óleo sobre tela de Aldemir Martins (1969).

Independência ou morte. Óleo sobre tela de Pedro Américo (1888).

Desta forma, o autor sinaliza que os alunos devem problematizar e discutir as intencionalidades entre as pinturas, a partir das suas diferenças, levando em consideração o contexto histórico representado por essas imagens que foram pintadas em períodos diferentes.

O autor Gilberto Cotrim, para iniciar a discussão sobre o processo de Independência do Brasil traz a tona a “Crise Colonial”, dando ênfase sobre as contradições e declínio de um sistema de exploração que segundo o autor, está diretamente relacionado com o desenvolvimento do capitalismo industrial, onde naquele período histórico havia a necessidade do livre mercado e aumento do mercado consumidor, sendo relevante a substituição do trabalho escravo por trabalho assalariado. Na mesma linha de raciocínio aborda o desenvolvimento das colônias, que gerava conflitos e interesses entre elites coloniais e a metrópole, devido uma contradição interna do pacto colonial em desenvolver a colônia versus explorá-la.

Nesta perspectiva, podemos verificar a intencionalidade do livro didático em fazer que os estudantes entendam a situação interna, pois salienta os desdobramentos da sociedade colonial brasileira no final do século XVIII, com o objetivo de compreender a as relações político-econômicas que eram mantidas com a metrópole, para isso, traz uma estimativa da população do Brasil colonial em 1798 em números aproximados por brancos, negros, indígenas e mestiços, destacando a fonte dos dados levantados.

Um fato interessante presente no livro didático é que o autor coloca perguntas problemas que auxiliam o professor problematizar e desenvolver nos alunos um senso crítico, conforme descrito abaixo:

Os dias 21 de abril e 7 de setembro, feriados nacionais, nos fazem lembrar de dois momentos do processo histórico que levou à independência política do Brasil. Quais os alcances e os limites dessa independência? Na parte superior da página 399.

Diante do acima exposto, fica evidente que o autor está preocupado em fornecer ao professor ferramentas que irão dar subsídios a debates que contribuem para a aprendizagem e a produção de conhecimento entre docente e os discentes.

Com base nas relações políticas, econômicas e sociais estabelecidas entre colônia e metrópole, o autor faz uma divisão entre os grupos socioeconômicos presentes neste recorte historiográficos, onde destacam-se: colonizadores, colonizados e colonos.

Após finalizar cada assunto, o autor utiliza um artifício denominado “monitorando” que facilita a exploração do capítulo e dando a possibilidade de fazer uma verificação imediata da aprendizagem e ratificar se os alunos compreenderam o tema proposto dentro do assunto principal, desta forma, o professor tem o “termômetro” do entendimento da turma como um todo.

Dentro do processo de independência Gilberto Cotrim da uma ênfase especial as rebeliões coloniais, que antecederam este acontecimento histórico. Estes conflitos entre colonos e colonizadores ocorreram em locais e datações diferentes e não tinham como principal objetivo separar o Brasil de Portugal, como pode perceber na Revolta de Beckman (1684), Guerra dos Mascates (1710) e na Revolta de Vila Rica (1720).  No entanto, no final do século XVIII e no início do século XIX, ocorreram revoltas de cunho separatista, que tinham como principal objetivo a independência política do Brasil perante Portugal, que expressavam o esgotamento do sistema colonial. Dentre esses conflitos podemos destacar, segundo o autor: Conjuração Mineira (1789), Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817).

Para esclarecer aos alunos e auxiliar com meio didático, o livro didático possui um mapa dos conflitos no período colonial que está correlacionando com um artifício de aprendizagem denominado pelo autor de “Observando & Monitorando”, sendo utilizado de perguntas pertinentes para desenvolver o raciocínio dos alunos de maneira a buscar diferenças e incertezas, que influenciam no pensar crítico, conforme especificado na imagem abaixo:

Após essas reflexões sobre os conflitos e revoltas que foram contextualizadas, o autor evidencia a Conjuração Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798), dando ênfase aos principais personagens, os planos dos revoltosos e as repressões ao movimento. Para isso, utiliza imagens ilustrativas, “boxes” alto explicativos e os monitoramentos já mencionados.

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