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As Escolas Profissionalizantes no Brasil

Por:   •  17/2/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.718 Palavras (15 Páginas)  •  176 Visualizações

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Aluno: Alexandre da Silva Maltez

Curso:  Educação Profissional de jovens e adultos – PROEJA

Módulo: metodologia da pesquisa científica

Artigo: As escolas de ensino técnico no Brasil e as políticas voltadas ao ensino profissionalizante para jovens e adultos.

Problema:

As leis e decretos destinados a área do ensino profissional no Brasil tiveram a preocupação com a faixa etária dos aprendizes através das suas determinações[a]? Em qual momento do ensino técnico industrial vemos a preocupação com a inserção de jovens e adultos nessa modalidade de ensino?

Recorte:

A criação do SENAI e a sua consolidação como sistema de ensino profissional, através de decreto presidencial que tem como objetivo a padronização do ensino profissional no Brasil como forma de inserir jovens e adultos na aprendizagem industrial[b].

Hipótese:

As escolas técnicas profissionalizantes criadas a partir das leis orgânicas sobre educação no governo Getúlio Vargas tiveram a preocupação com relação as suas turmas de ingressantes em selecionar uma parte da população que não tiveram a oportunidade de receber educação inicial básica, preocupando se no primeiro momento em educar e orientar essa mão de obra já adulta e carente de educação para o trabalho[c].

Justificativa

As políticas governamentais voltadas para a educação no Brasil serviram como base para a criação das escolas profissionalizantes, porém com o seguinte questionamento: Deveriam essas escolas serem desenvolvidas para a parcela da população que já havia passado da fase de educação escolar e, portanto, seriam inseridos no mercado profissional sem a educação básica ou essas escolas foram criadas para que a educação técnica profissional fossem desenvolvidas desde a fase infantil até a fase adulta das pessoas? Pretende se com essa pesquisa encontrar o público alvo[d] a qual foram criadas as escolas técnicas profissionalizantes no Brasil desde a chegada da família real até a criação do SENAI, procurando entender a educação de jovens e adultos como alternativa ao sistema educacional.

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Apresentação

Este artigo tem como objetivo conhecer sobre o momento político e educacional no que se diz respeito a educação profissional de jovens e adultos e sua educação técnica profissional, através da análise de documentos institucionais da época que mostrem qual era a faixa etária das escolas profissionalizantes de acordo com o seu momento político e a necessidade que o Brasil enfrentava com a mão de obra.           As primeiras escolas profissionalizantes no Brasil procuravam atender uma demanda crescente por mão de obra qualificada, porém os cursos e seus objetivos foram alterados a medida que a industrialização e novas tecnologias de produção foram inseridas no processo industrial brasileiro fazendo com que as escolas técnicas passassem a formar essa mão de obra específica e direcionada ligado as políticas governamentais que propuseram os sistemas de educação profissional.

Capítulo 1: A origem das manufaturas e das técnicas de ensino no Brasil

Não podemos falar de história do trabalho e educação no Brasil sem citar de forma relevante a escravidão, uma vez que ela perdurou por mais de 300 anos como engrenagem da economia escravagista,necessidade e a transição desse regime para o trabalhador remunerado se fez de forma gradativa, aonde ao mesmo tempo em que no final XIX ainda tínhamos a mão de obra escravizada tínhamos as oficinas de artífices, que se situavam entre os senhores escravagistas e os escravos.

 Nesse período, em muitas situações, os ferreiros, sapateiros, carpinteiros e tecelões transmitiam aos mais jovens seus conhecimentos muitas vezes rudimentares. Durante o período de Brasil colônia, com o governo centralizado em Portugal, as políticas para o desenvolvimento industrial no Brasil se faz através de alvarás, como o expedido pela corte portuguesa em 1785 proibindo qualquer tipo de fábrica no Brasil.

“O Brasil é o pais mais fértil do mundo em frutos e produção da terra. Os seus habitantes têm, por meio da cultura, não só tudo quanto lhes é necessário para o sustendo da ida, mas ainda muitos artigos importantíssimos para fazerem, como fazem, um extenso comercio e navegação. Ora, se estas incontáveis vantagens reunirem se as da indústria e das artes para o vestuário, luxo e outras comodidades, ficarão os mesmos habitantes totalmente independentes da metrópole. É, por conseguinte, de absoluta necessidade, acabar com as fábricas de manufaturas no Brasil”

Essas características fizeram com que a sociedade brasileira criasse uma distinção de classes, onde os trabalhadores e aprendizes de trabalhos manuais era diferenciado da aristocracia, determinando assim um abismo na sociedade que mais tarde traria muitos entraves a sistematização do trabalho e ensino no Brasil.

Tais fatores foram evidenciados com a educação dos padres jesuítas que sempre tiveram foco na educação humanística intelectual, diferenciando assim os ensinamentos onde era necessário o trabalho físico e manual[e]. Nessa diferença, surge no Brasil classes intermediárias que antecedem o capitalismo industrial, formando uma pequena burguesia onde estavam artesãos, jornalistas, tipógrafos e comerciantes ligados as letras.  

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