TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

As Idéias Políticas

Por:   •  28/8/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

Página 1 de 6

Thomas Hobbes: ideias políticas

Isabella Souza; Pedro Medeiros Junior; Tatielle Costa Silva; Victor Farias Santos

INTRODUÇÃO

Todo poder cria, direta ou indiretamente, fórmulas de legitimação ideológica. Pensadores contemporâneos ao absolutismo criaram teorias para explicar e justificar o poder absoluto dos reis.

Um dos primeiros teóricos políticos do Estado absoluto foi o italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527). Considerado o fundador da ciência política moderna, tratou as questões ligadas ao poder sem recorrer a princípios religiosos ou morais. Para Maquiavel, só um soberano com poderes absolutos poderia garantir a unidade e a segurança de uma nação contra a ambição das nações rivais e as forças desagregadoras interas. A Itália, na época de Maquiavel, não era unificada. Neste sentido, a sua obra era um projeto político de centralização.

Na Inglaterra, Thomas Hobbes (1588-1679) – objeto do nosso seminário e do presente texto – elaborou uma teoria sofisticada para justificar o absolutismo real. Em sua teoria, Hobbes refletiu sobre o poder político e não tinha uma visão muito otimista da natureza humana.  

Contexto Histórico: inspiração na reflexão política hobbesiana

        Thomas Hobbes era político, absolutista, contratualista, materialista, e empirista. Nasceu em Westport na Inglaterra, no dia 5 de abril de 1588. Há uma particularidade em seu nascimento, por ter nascido prematuramente, alegou em sua biografia que “ao nascer sua mãe teria dado a luz ao medo a gêmeos: Hobbes e o Medo”, devido seu nascimento ser marcado pela ameaça de invasão da armada espanhola na Inglaterra. Era filho de um vigário, e teve sua tutela confiada a um tio, que lhe proporcionou uma excelente educação. Ingressou na universidade de Oxford Tornou-se preceptador (Professor Particular) do filho do Lorde Cavendish, tendo como problema central da sua filosofia, o conceito de razão, faculdade que considera consequência da linguagem. Exclui a teologia do âmbito das ciências racionais. Admira o método matemático. A geometria é a ciência por excelência. Inspira-se mais em Galileu do que em Bacon. Foi erroneamente considerado suspeito de ateísmo.  Numa atitude materialista, julga que passíveis de juízo são apenas os objetos, mas não nega a existência de Deus – embora este não seja ou se identifique com o mundo. De qualquer modo, só o corpóreo pode ser objeto da investigação filosófica e científica.

No século em que Thomas Hobbes viveu prevalecia o sistema absolutista, encontrava-se em via de ser ultrapassado, ao enfrentar inúmeros movimentos de oposição baseados nas idéias liberais. Na primeira fase – Inglaterra de Isabel e França de Luís XIV - o absolutismo defendido por Hobbes, favorecia economia mercantilista que protegia as indústrias nascentes, e na segunda fase, com o desenvolvimento do capitalismo comercial, começa a ser repudiado porque a burguesia ascendente aspira à economia livre.

A vida política na época era afetada por vários movimentos revolucionários: Na França, terminada a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), rebenta Fronda; na Inglaterra, Cromwell, comandando a Revolução Puritana, destrona e executa o rei Carlos I (1649)

OBRAS PRINCIPAIS:[pic 1]

Do Cidadão – Obra com a mesma lógica do que o Leviatã. É composta por três partes: Liberdade, Império e Religião. Nesta última, trata do Reino de

Deus, e de tudo o que necessitamos para nele entrar. O homem, sujeito às forças naturais, é uma espécie de “condenado à morte”.

Leviatã – Hobbes explanou seu ponto de vista sobre a natureza humana e sobre as necessidades de governos e sociedades. É considerado um dos exemplos mais antigos do contrato social.

Do Corpo, publicado em 1655. É a primeira secção dos Elementos de Filosofia, obra que dividiu a filosofia em natural, e política e ética.

O PENSAMENTO POLÍTICO DE THOMAS HOBBES

Estado de Natureza, Contrato Social e Soberania.

        Para Hobbes no Estado de Natureza o ser humano tem direito a tudo, é a liberdade que cada um possui de usar seu próprio poder de qualquer maneira para sua preservação, para sua vida. Consequentemente fazer tudo ao seu próprio julgamento e razão que lhe indiquem como meios adequados a este fim. Ele leva seu pensamento pra analise político e social discordando da posição aristotélica que diz que o homem é um animal político. Hobbes acredita que cada homem é diferente do outro e que a vida social é definida pelo egoísmo dessa diferença. Os interesses egoístas predominam e cada um se torna lobo para o outro (homo homini lupus), assim essa diferença provoca a guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes). Neste Estado não há um governo que estabeleça ordem, não há segurança nem paz alguma. A situação de anarquia, que gera insegurança, angústia e medo.

        No entanto, os homens compartilham o mesmo desejo: o de acabar com a guerra. Assim formam sociedades entrando num contrato social. Para se conservarem os homens fazem entre si um pacto social e delegam ao único homem ou uma assembléia o direito de representarem, uma autoridade e esse único homem podendo ser o rei, que detém todo o poder. O rei deveria também exercer autoridade sobre assuntos de fé e doutrina. Essa autoridade deve assegurar a paz interna e a defesa comum. Hobbes também critica a livre interpretação da bíblia, pois para ele poderia enfraquecer o monarca.

Para Hobbes o poder soberano, era irrevogável e ilimitado, sendo assim cabe ao soberano julgar sobre o bem e o mal, justo e o injusto, sendo que ninguém poderá discordar, pois tudo que este faz é resultado do investimento da autoridade concedida pelo súdito. Em resumo, o individuo abdica da liberdade ao dar plenos poderes ao Estado a fim de proteger a sua própria vida. O estado deve garantir o que é meu, me pertence exclusivamente, protegendo assim o sistema da propriedade individual.

        Hobbes usa a figura bíblica do Leviatã, animal monstruoso e cruel, mas que de certa forma defende os peixes menores de serem engolidos pelos mais fortes. Essa figura representa o Estado, um gigante cuja carne é a mesma de todos os que a ele delegaram o cuidado de defendê-los.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.1 Kb)   pdf (191.7 Kb)   docx (16.9 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com