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Balaiada: Construção da memória histórica

Por:   •  22/8/2018  •  Dissertação  •  650 Palavras (3 Páginas)  •  235 Visualizações

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Texto: Balaiada: construção da memória histórica.

Autora: Maria de Lourdes Monaco Janotti

O texto tem a intenção de ampliar o entendimento acerca da revolta da Balaiada ocorrida no Maranhão século XIX  e que teve duração de 03 anos, entre os anos de (1838-1841).

A revolta ocorre entre os períodos, pós-emancipação da província, antecedendo a Proclamação da República e conta com a narrativa, de ter sido um movimento encabeçado por milhares de camponeses que unidos por um espirito de rebeldia desejavam a queda da monarquia. O que vem ser melhor compreendida no século XX por historiadores, que através de análise documental, de cartas entre personagens, telespectadores do momento vivido na província durante o período da revolta, e que se fizeram fundamentais para uma interpretação diferente, dos fatos narrados pelos vitoriosos.

 No momento que antecede a revolta, a sociedade maranhense era dividida entre, a classe baixa, a qual pertenciam escravos e sertanejos, e a classe alta, composta por proprietários rurais e comerciantes. O confronto tem início entre duas ideologias, os Cabanos (conservadores) e os chamados “bem-te-vis” (liberais).

Conta a história que até 1837 o governo liderado pelos Liberais, que mantinham o domínio social regional, até que  a ascensão de Araújo Lima os conservadores ocupam o governo central no Rio de Janeiro (Estado que mais tarde terá o papel de pacificador de províncias) afastando se os “Bem-Te-Vi” do governo.

Após este episódio um grupo de vaqueiros se une para libertar Manuel Francisco dos anjos Ferreira o Balaio e demais presos acabando por tomar o vilarejo de Brejo, liderados por Raimundo Gomes. Daí por diante a revolta é levada até o ano de 1.841, tendo o líder se entregado após perder o espaço territorial da Vila de Caxias.

Visando uma saída para a sua incomoda situação os Liberais seguem hostilizando os conservadores mostrando sua fragilidade ideológica, revelando a exploração que vinham fazendo da balaia, em proveito próprio.

A existência de uma forte repressão por parte de Luís Alves de Lima mais tarde conhecido por Duque de Caxias leva muitos simpatizantes do movimento se renderem ou aceitar a proposta de anistia seletiva, o que acarretava em lutar contra os próprios correligionários. Com o enfraquecimento do grupo e a morte do seu líder Manuel Francisco dos anjos Ferreira o Balaio, o grupo dos Bem-Te-Vi vai perdendo seus integrantes e sua força. Cosme líder sucessor dos balaios e ex-escravo é rendido e executado em praça pública para que sua agonia sirva de exemplo punitivo para os demais revoltosos, colocando um fim no movimento.

Estes fatos são narrados pelos “vitoriosos” de forma com que movimentos como este, sejam vistos como anomalias, manifestações de barbárie contra a civilização. E que o movimento da Balaiada contribuiu de forma negativa, afirmando que a ascensão de brasileiros aos poderes da provincial e nacional acentuando a marginalização dos destituídos. Resultando numa população a qual enfrentaria enormes dificuldades para ser reabsorvidas em atividades produtivas, vendendo sua força de trabalho a preço vil ou continuando a viver como nômades a percorrer o sertão em busca de meios de sobrevivência. Desta forma criando uma relação de subordinação da classe menos favorecida em relação aos proprietários e representantes do poder.

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