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CABRA MARCADO PARA MORRER

Por:   •  31/10/2015  •  Resenha  •  1.060 Palavras (5 Páginas)  •  359 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: HISTÓRIA E MEMÓRIA

DOCENTE: JOSÉ JUNIOR

DISCENTE: WÊNNYA KÊNNYA DE SOUZA ARAÚJO

ANÁLISE DO FILME –

CABRA MARCADO PARA MORRER

CAICÓ – RN

NOVEMBRO - 2013

Análise do filme – Cabra marcado para morrer

Eduardo de Oliveira Coutinho, diretor do filme trabalha com a sensibilidade e a capacidade de ouvir o outro, registrando sem sentimentarismos as emoções e aspirações das pessoas comuns, o que fará referência com os textos trabalhados durante todo o período na disciplina de História e Memória. O tema principal do filme é a trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do regime militar

 O filme irá contar a história política do líder da liga camponesa de Sapé, João Pedro Teixeira, que foi assassinado aos quarenta e quatro anos de idade em 1962, período que se deu inicio as filmagens. No entanto, com o golpe de 31 de março, as forças militares cercaram a locação do engenho da Galileia e interrompem as filmagens.

 Teixeira e todos os outros membros da liga, lutavam por direitos trabalhistas e por uma melhor qualidade de vida no campo. Ele nasceu em uma cidade chamada Guarabira e foi enterrado no cemitério de Sapé, nada se sabe sobre a infância deste e ele ficou órfão de pai e mãe logo cedo, não tem se que uma fotografia dele vivo.

 Em 15 de janeiro de 1964, houve um conflito entre policias e trabalhadores de uma usina e camponeses no povoado Sapé, onde onze pessoas faleceram e a região foi ocupada por policiais, o que se tornou impossível à realização da filmagem no local.

A volta das filmagens foi feita no engenho Galileia em Pernambuco aonde tinha nascido à primeira liga camponesa em 1955. Em 1964, foi iniciada a primeira tomada do filme com camponeses que acabara de conseguir suas terras após quatro anos de luta. Em 01 de Abril do mesmo ano, o trabalho foi interrompido, pois a cidade havia sido invadida pelo exército, sendo os principais lideres camponeses e alguns membros da equipe presos, embora alguns tivessem conseguido fugir para Recife. Só em 1981, foi possível o retorno as filmagem, estando apenas dois camponeses que iniciaram o filme estão vivos.

A narrativa de um dos camponeses mostra a situação que todos da região passavam. Um exemplo citado apresenta o dilema de enterrar os parentes mortos, onde na cidade só possuía um caixão disponibilizado pela prefeitura para servir a comunidade, esse caixão servia apenas para levar o corpo ao cemitério e logo depois teria que ser devolvido à prefeitura, o famoso “Nono”.

Galiléia era divida em pequenos lotes, no qual moravam cerca de 150 famílias. Esses, pagavam anualmente uma quantia “x” ao dono do engenho para poder usar a terra. Entretanto, após o dono do engenho descobrir que a liga não se preocupavam com os votos e sim com lutas para suas conquistas, decidiu expulsar todos de suas terras.

Diante de pesquisas virtuais, percebe-se que as Ligas Camponesas vinham sendo criadas desde meados dos anos 50 com o objetivo de conscientizar e mobilizar o trabalhador rural na defesa da reforma agrária. Durante o governo de João Goulart (1961-64), o número dessas associações cresceu muito e, junto com elas, também se multiplicavam os sindicatos rurais. Os camponeses, organizados nessas ligas ou em sindicatos ganharam mais força política para exigir melhores condições de vida e de trabalho. 

 O autor Jean-Claude Bernardet, irá afirmar que o filme “é um divisor de águas dentro do gênero, tendo em vista sua tendência híbrida, na qual coexistem as naturezas moderna (abordagem do coletivo – situação de trabalhadores vilipendiados por latifundiários) e contemporânea (abordagem individual – consequências singulares arcadas por cada indivíduo)”.

Com a morte de Texeira, Elisabeth sua ex-esposa casou-se novamente com João Pedro, homem justo e trabalhador. Após o falecimento de João Pedro, Elisabeth foi para Brasília depor na comissão de inquérito, foi presa por varias vezes, liderou a liga, mais logo deixou a liga e saiu da cidade. Fugindo depois para Recife juntamente com a equipe do filme, não podendo voltar para Sapé, aonde seria presa. Com isso tudo acontecendo, ela mudou de nome passando a se chamar de Marta e refugiou-se na casa de Manoel Sarafim. Dois meses depois da fuga ela se entregou as autoridades da Paraíba e ficou presa por quatro meses e depois foi morar na casa do pai.

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