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CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - LICENCIATURA HISTÓRIA MEDIEVAL

Por:   •  12/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.036 Palavras (5 Páginas)  •  274 Visualizações

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - LICENCIATURA

HISTÓRIA MEDIEVAL

Profª. Tiago Tadeu Contiero

Aluno: Rodrigo Calmezini Rigo de Aguiar

Atividade - Portfólio Ciclo 2

Descrição da atividade

        Ao longo desse Ciclo, estudamos o texto de Bovo e Rodrigues (2013) onde explicam a construção dos primeiros Reinos Germânicos, reinos esses que agregam tradições romanas com aspectos germânicos. Tal análise é também o objeto do artigo de Costa que se debruça mais detalhadamente sobre a gênese da monarquia no ocidente. Além disso, pudemos observar a ascensão dos carolíngios ao poder em um movimento que mudou a história do ocidente.

Feitas essas considerações,
desenvolva um texto constituído em duas partes. Na primeira parte, explique como se deu a origem das monarquias no ocidente, apontando quais elementos da cultura romana foram preservados no processo de instalação desses Reinos Germânicos. Na segunda parte do texto, explique de que maneira ocorreu a instalação do Império Carolíngio, apontando as relações existentes entre a dinastia de Carlos Magno com a Igreja.

Seu texto deve ter no máximo duas páginas e ser postado no Portfólio. 

O envio de mensagens se encerra em 18/05/2020

A gênese das monarquias ocidentais

As monarquias do Ocidente tiveram sua gênese com a queda do Império Romano. Estamos acostumados à ideia de que o Império Romano tenha ruído sob a invasão dos povos bárbaros germânicos, porém, vemos que esse acontecimento não foi o único e principal, mas sim o fator decisivo dentro de uma grande crise já existente. O fato concreto que marcou essa queda do Império, foi a deposição de Rômulo Augustulo por Odoacro, em 476. Entretanto, ao ocorrer esse fato, a “invasão” bárbara já se desenrolava. Um ponto interessante é que, diferente do que normalmente se ensina, essa invasão não foi uma substituição das leis e costumes, mas aconteceu à maneira de uma incorporação mútua. O deslocamento dos povos bárbaros para dentro do território imperial nem sempre se dava de forma violenta. Muitas vezes se estabeleciam pacificamente como refugiados de guerras ou das severidades climáticas de suas terras natais; outras vezes eram feitos acordos e parcerias nas quais os germânicos ficavam responsáveis pela defesa do território onde se instalavam, que muitas vezes era fronteiriço.

O segundo momento das invasões bárbaras (411 – 470) é marcado pela violência e representava uma expansão militar dos domínios dos Francos, Anglo-Saxões e, posteriormente, Lombardos. Uma vez estabelecidos, esses povos passaram a ser assimilados no interior de uma população mais numerosa. Ao entrarem no Império, os povos germânicos constituíam, de um modo geral, federações de tribos relativamente organizadas, mas não eram capazes de substituir inteiramente o sistema administrativo romano. Isso quer dizer que, na prática, os romanos e o germânicos mantiveram seus próprios modos de vida até que seus códigos jurídicos se fundissem, marcando as leis das tribos germânicas pelo direito romano. Muitas vezes até eram mantidos em suas funções os antigos funcionários do Império Romano. O sistema monetário romano foi mantido, mesmo que as novas moedas levassem agora efígies que não eram a do imperador. Em termos institucionais, a novidade implantada pelos germânicos encontrava-se nas formas de escolher o Rei. Em suma, o relacionamento entre eles nunca foi completamente hostil. Essas novas monarquias foram se consolidando à medida em que esses povos iam se convertendo ao cristianismo, o que contribuiu para a conservação de conceitos e práticas próprias da rex publica imperial.

A instalação do Império Carolíngio e sua relação com a Igreja.

        

        O Rei Clóvis foi o primeiro monarca desse período a se converter ao Catolicismo. Foi o início da relação da Igreja com os francos. Apesar de divididos em três reinos, os povos da Nêustria, Austrásia e Borgonha se autodenominavam francos. Esses reinos estavam em constante luta entre si e não havia um governo centralizado. Em uma dessas guerras civis, Pepino de Herstal reclamou o direito de governar os francos, o que o colocou em contraposição à continuidade sucessória merovíngia que reinava principalmente na Austrásia. Mesmo não sendo rei, Pepino passou a governar os francos e sua autoridade cresceu a ponto de deixar como sucessor seu filho Carlos Martel. Esse Carlos se destacou em muitas vitórias militares, entre elas a batalha de Poitiers, o que consolidou sua posição no poder mesmo sendo filho ilegítimo de Pepino de Herstal. Carlos Martel foi sucedido por seu filho Pepino, o Breve, que foi o primeiro a ser coroado rei em sua dinastia, que passou a chamar-se Carolíngia em homenagem a seu pai Carlos Martel. A relação do Império Carolíngio com a Igreja que já havia começado com Carlos Martel, intitulado pelo Papa de “protetor da Sé de Roma”, efetiva-se quando Pepino, o Breve, apelou ao Papa Zacarias para lhe ser concedido o direito de rei, o que se deu em 751. Em 753, aproveitando-se do pedido de apoio feito pelo papa Estevão II contra os Lombardos, Pepino obteve novamente a sagração real, confirmando sua legitimidade com a unção divina.

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