Características da cultura egípcia

Muitas culturas, antigas e modernas, acreditam na vida após a morte, sendo que os antigos egípcios eram adeptos a essa crença, no entanto, uma particularidade da cultura egípcia, era a idéia de que a vida no plano espiritual seria uma continuação da vida terrena, com as mesmas necessidades materiais, de forma que, colocavam em suas tumbas artigos decorativos, jóias, comidas, ferramentas, dentre outros itens que viriam a ser úteis após sua morte.

Neste diapasão, os egípcios comuns eram enterrados no deserto, com seus corpos, tão somente, enrolados em tecido, acompanhados por poucos objetos e comida, já os cidadãos mais ricos, com exemplo, os artesãos, podiam arcar com os custos da mumificação, ou seja, a preservação do corpo também era importante para vida após a morte, juntamente com a construção de um túmulo. Nobres e outros egípcios muito ricos eram enterrados em estruturas nomeadas: ‘’mastabas’’ , que eram uma câmara subterrânea embaixo de uma pequena capela na forma de um banco, e a fim de ficarem escondidas e para que se evitassem roubos, essas construções ficavam em locais secretos, distantes, sendo recobertas com areia em suas coberturas.

Quanto aos faraós e suas rainhas, estes mereciam mais, sendo que por volta do ano de 2630 a.C., a partir da estrutura básica da mastaba, o sacerdote Imhotep projetou um complexo mortuário para o faraó Djoser, o que viria a ser a primeira pirâmide. Neste contexto foram empilhadas seis mastabas em tamanho decrescente, de maneira que Imhotep construiu uma pirâmide em degraus, de forma que, como as pirâmides mais conhecidas, continha inúmeras salas e passagens, bem como, a câmara mortuária do faraó.