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Clube De Roma

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Por:   •  7/5/2013  •  1.832 Palavras (8 Páginas)  •  1.594 Visualizações

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Clube de Roma (1968):

O Clube de Roma é hoje uma organização não governamental (ONG) que teve início em abril de 1968 como um pequeno grupo de 30 profissionais empresários, diplomatas, cientistas, educadores, humanistas, economistas e altos funcionários governamentais de dez países diversos que se reuniram para tratar de assuntos relacionados ao uso indiscriminado dos recursos naturais do meio ambiente em termos mundiais. Pelo fato desta primeira reunião ter acontecido na Academia dei Lincei em Roma na Itália, o nome sugestivo de ‘Clube de Roma’ deu denominação à entidade.

Inicialmente este grupo foi convidado pelo industrial italiano Aurélio Peccei (Gestor da Fiat e Olivetti e diretor da Italconsult) e o cientista escocês Alexander King para esta reunião focando o pensamento de curto prazo nos assuntos internacionais voltados ao meio ambiente. Foi então que nesta reunião cada participante se comprometeu a sensibilizar os líderes mundiais e os tomadores de decisão sobre as questões intrínsecas no sentido de que as consequências em longo prazo da crescente interdependência global dos recursos naturais que até então são utilizados de forma indiscriminada, como se os mesmos não fossem finitos, em um planeta também finito.

O Clube de Roma ficou ainda mais conhecido quando no ano de 1972, o grupo de pesquisadores liderados por Dennis L. Meadows encomendou um relatório elaborado por um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) (Instituto de tecnologia de Massachusetts) abordando temas relacionados ao meio ambiente e aos recursos naturais, propondo a utilização do princípio de desenvolvimento sustentável para pautar as ações no mundo, salientando que os recursos naturais no Planeta Terra são finitos.

Este relatório denominado ‘Os Limites do Crescimento’, vendeu mais de 12 milhões de exemplares e foi traduzido para 30 idiomas, tornando-se um dos documentos mais vendidos sobre meio ambiente no mundo. O referido relatório demonstra por meio de programas de computador uma prospecção sobre a utilização dos recursos naturais indiscriminadamente e salienta que este sistema tende a entrar em colapso se uma modificação nas atitudes do ser humano não for iniciada imediatamente .

Com base nesta reação positiva em relação ao relatório de 1972 e as questões abordadas, o Clube de Roma passou a desenvolver e publicar relatórios sobre as questões ambientais globais verificadas pelo grupo, com o objetivo de sensibilizar os líderes e tomadores de decisão sobre a interação delicada entre o desenvolvimento econômico da humanidade e a fragilidade da natureza. Com essa iniciativa foram criados em vários países os respectivos Ministérios do Meio Ambiente e órgãos afins com o intuito de fiscalizar e preservar o meio ambiente.

Atualmente o Clube de Roma é enquadrado como uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos, independente de quaisquer interesses políticos, ideológicos ou religiosos, e contribui significativamente em âmbito mundial para o desenvolvimento real e para a aplicação do conceito de sustentabilidade. E atua também na área de educação ambiental, assistência social e meio ambiente, apontando soluções pertinentes aos mais variados assuntos voltados ao meio ambiente mundial.

Ainda com a premissa de que “o consumo ilimitado e crescimento em um planeta com recursos limitados não podem continuar para sempre e é realmente perigosa” (MEADOWS et al, 1972) o Clube de Roma atua no século 21 preocupado também com questões relacionadas à crescente desigualdade social no plano global e às consequências das alterações climáticas no mundo.

Estocolmo (1972)

A Conferência de Estocolmo ou Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente ocorreu em 1972 na capital da Suécia (Estocolmo), e foi a primeira conferência ambiental até então, pois as questões ambientais só passaram a ser discutidas efetivamente a partir da década de 70. Tinha como objetivo conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente, sem comprometer as gerações futuras, pois naquela época havia ainda a ideia de que o meio ambiente era uma fonte inesgotável e a relação do homem com a natureza era desigual.

Graças à conferência, esse pensamento foi modificado e acabou causando um alerta mundial. Os países reagiram de formas diferentes e os EUA foram os primeiros

a reduzir a poluição na natureza, através da diminuição das atividades industriais. O país também contou com o apoio do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) onde foram feitos estudos sobre as condições da natureza, chamado de “desenvolvimento zero”. Esses estudos constataram que esses impactos ambientais são causados pelo desenvolvimento capitalista. Nele foi proposta a estagnação total do crescimento econômico como forma de impedir tragédias ambientais de grandes proporções no mundo. Essa solução não agradou os países subdesenvolvidos, que almejavam obter desenvolvimento a fim de garantir melhor qualidade de vida às suas populações, criando assim o “desenvolvimento a qualquer custo”.

Na conferência de Estocolmo foram abordados temas como a chuva ácida e o controle da poluição do ar. As discussões contaram com a presença de 113 países e mais 400 instituições governamentais e não governamentais.

Após longos discursos e apresentações de pesquisas, foi concebido um importante documento relacionado aos temas ambientais, de preservação e uso dos recursos naturais, isso em esfera global. Essa conferência foi muito importante, pois pela primeira vez o mundo se direcionou para o volume da população absoluta global, a poluição atmosférica e a intensa exploração dos recursos naturais, mesmo sem ter chegar a nenhum acordo.

Belgrado (1975)

Em 1975 foi realizada em Belgrado, na então Iugoslávia, uma reunião de especialistas em educação, biologia, geografia, entre outros, quando se definiram os objetivos da Educação Ambiental, publicados no que se convencionou chamar “A Carta de Belgrado”.

Em resposta às recomendações da Conferência de Estocolmo, A UNESCO promoveu em Belgrado (Iugoslávia) um Encontro Internacional em Educação Ambiental onde criou o Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA que formulou os seguintes princípios orientadores : a Educação Ambiental deve ser continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses

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