Configuração do Estado e da Nação

Configuração do estado e da Nação BRASIL

1) Discussão introdutória:

O Brasil Império, logo após sua independência, teve uma política centralizada em elites que ocupavam o centro dos interesses governamentais. Após D. Pedro I abdicar do trono, voltar a Portugal e seu falecimento, o Brasil passou por momentos de mudança política chamados de Regência. O herdeiro do Império brasileiro, D. Pedro II, ainda muito jovem para assumir, e devido a essa condição foram escolhidos regentes que tomariam conta do governo brasileiro. Esses períodos foram de Regência Trina e Regência Una.

2) Questões:

a) Como se definiria o poder central?

O poder político se divide em poder central e o poder local. O poder local trabalha unicamente para o crescimento de localidades em que está sediado, administrando uma pequena população e uma expansão territorial restrita, e segue as leis do poder central. Já o poder central é constituído por parlamentos, ministros, governantes, e de maneira geral, os órgãos e pessoas que trabalham para o desenvolvimento do Estado como um todo. No período tratado, esse poder é baseado no Imperialismo, política na qual o Brasil foi disposto logo depois de sua independência.

b) Como se definiriam as elites regionais?

O uso do termo ‘elite’ defende a tese de que em todas as sociedades emergem duas classes: classe política e massa. A classe política é a classe governante e que divide o país, e a massa são aqueles que são dirigidos ou governados. Dessa forma, apresentam-se dois tipos de elites: elite governante e elite não-governante.

Desses dois grupos diferentes que compõe a sociedade (elite e massa) possuem aspectos que os tornam tão distintos. Primeiramente a elite, que é um grupo minoritário, organizado e detém o poder de decisão, já a massa, é a maioria da população, que sofre ações desse grupo minoritário. A partir dessa perspectiva que há discussão sobre a polaridade entre elite e massa.

O poder de decisões é o que diferencia os governantes dos demais, os governados. Utilizando o princípio de inevitabilidade de liderança nas organizações políticas a presença de liderança em organizações políticas, e apesar e existir críticas a esse respeito, não é possível construir uma organização social sem a formação hierárquica, pelo menos, durante o desenvolvimento do Império.

c) Qual a relação entre o poder central e as elites regionais?

Quando há união entre o poder central e elites regionais, o poder acaba sendo vinculado a interesses específicos desse grupo minoritário da sociedade. O que ocorreu no Brasil Império foi um poder central elitizado, onde a massa não tem nenhuma representação no governo do Estado. Essa política elitizada era restrita e impedia qualquer tipo de mudanças, defendendo apenas interesses de poderosos, deixando o povo sozinho e abandonado. A partir desse cenário, começaram a surgir as primeiras revoltas, com o fim de modificar a realidade política brasileira.

Nos períodos de Regência, isso se tornou mais evidente, onde nobres eram declarados regentes do país devido à menor idade de D. Pedro II, herdeiro do Império.

d) Participação socioeconômica da população escravizada nos movimentos de revolta contra o poder central.

e) Aspectos indenitários das revoltas apresentadas e discutidas em sala de aula

As revoltas regências foram rebeliões que ocorreram em várias regiões do brasil durante o Período Regencial (1831-1840). Ocorreram pela instabilidade política que o país passava, a falta de um governo rígido, e das condições de vida precária da população pobre, que era a maioria.

A Cabanagem foi uma revolta popular ocorrida durante o período regencial do Grão-Pará contra o poder central. Sua composição inicialmente era composta pela população ribeirinha, moradores das cabanas e depois, dado a um sucesso das revoltas, comerciantes e fazendeiros se uniram a causa. Seus objetivos eram a melhoraria da qualidade de vida e a independência da província. É considerada a maior revolta brasileira, destacada por sua intensidade e composição. Sua finalidade consistiu na derrota contra as forças legalistas, não atingindo seus objetivos e deixando em torno de 30.000 mortos.

A Sabinada foi uma revolta popular ocorrida entre 1837 e 1838, pretendendo a proclamação provisória da republica baiense até a maioridade de D. Pedro II. Essa revolta foi empreendida por fazendeiros, militantes e integrantes de uma classe intermediária, e seu líder foi Francisco Sabino. Após alguns confrontos e 2.000 mortos, a revolta foi sufocada e seus objetivos não se concretizaram.

A Balaiada ocorreu no Maranhão entre 1838-1841 intencionado pelo controle do poder local. A revolta foi dividida entre ideais mais conservadores e radicais mas sem objetivos claramente definidos. Sua causa imediata foi a miséria enfrentada pela população, crise econômica gerada pela estagnação da cultura do algodão. Foi composta por artesão de balaios, pobres, escravos e quilombolas.

A Revolução Farroupilha foi uma revolta sulista e teve a maior duração entre os movimentos.