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Cultura da Colômbia

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Por:   •  24/2/2014  •  Seminário  •  2.757 Palavras (12 Páginas)  •  182 Visualizações

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Cultura da Colômbia

”Coroação da virgem”, de Baltasar de Vargas Figueroa (1663) – a influência do catolicismo é patente na cultura colombiana desde a época da colonização.

A cultura da Colômbia resulta essencialmente da mestiçagem cultural dos povos nativos com a influência colonizadora espanhola. A religião toma um aspecto muito importante na definição da identidade cultural do país: 95% da população é católica. Muito do que pode ser dito sobre os hábitos culturais deste país é também aplicável a outros países da América Latina.

Família

Em termos gerais, a instituição familiar é de grande importância para os colombianos, o que está de acordo com os princípios da religião praticada pela maioria da sua população. As famílias, por mais extensas que sejam, têm por hábito formar agregados familiares numerosos. É frequente que parentes afastados vivam na mesma casa.

Os estereótipos são também visíveis nos papéis atribuídos ao homem e à mulher – o homem trabalha e sustenta a família, enquanto que as tarefas domésticas e de educação dos filhos cabem às mulheres. Na classe média, principalmente, verifica-se que muitas mulheres começam também a trabalhar fora de casa, ainda que o seu rendimento seja, na maior parte dos casos, secundário para a economia doméstica. Esta situação comporta, contudo, algumas alterações culturais e de mentalidades

Os rituais relacionados com família e religião têm um papel de grande relevância para a maioria da população. O baptismo, por exemplo, ajuda a estabelecer e a fortalecer laços familiares. As testemunhas do baptismo, “padrinos” (padrinhos) têm um papel importante durante o crescimento e educação da criança, supondo-se mesmo que ajudem financeiramente os pais no sustento das crianças.

Existe um grande contraste em termos de infra-estruturas familiares. Enquanto que os povos ameríndios do oeste, junto à fronteira com o Peru, continuam a viver em cabanas cobertas de folhas de palmeira, em Bogotá, a capital, a população de 7,15 milhões (de um total de 44 milhões da população do país) vive em edifícios de grandes dimensões.

Lazer

O futebol é o desporto nacional por excelência, como acontece, de resto, na esmagadora maioria dos países da América Latina. Ver os jogos pela televisão é, dos passatempos nacionais, o mais popular. As vitórias da seleção nacional são celebradas de forma exuberante. É considerado, contudo, uma ocupação masculina: muitos homens e rapazes dedicam o seu tempo livre a esta modalidade desportiva.

A tourada, desporto tradicional que os colonizadores espanhóis trouxeram para a América do Sul, mantém-se bastante popular. Existem várias praças de touros em Bogotá e outras das principais cidades do país.

Outro jogo tradicional, o “tejo”, é herdado do património cultural dos Chibchan e consiste em lançar pequenos discos de metal para um detonador de pólvora. É vencedor aquele que causar um maior número de explosões, em comparação com o número de lançamentos.

As danças populares constituem uma parte importante da identidade cultural colombiana. Das dezenas de estilos de dança, bastante ritmados como é vulgar na América Latina, um dos mais populares é o bambuco, caracterizado por diversos passos complexos que remetem para os rituais de cortejamento e namoro. Há quem considere esta dança nacional, até porque terá sido usada durante as guerras de libertação de Simón Bolívar, mas rivaliza, neste título, com a cumbia.

Gastronomia

O povo colombiano dá importância especial ao almoço, que costuma ser degustado entre as 13 e 14 horas. A refeição consiste, em geral, de uma sopa, seguida de um prato principal (seco ou bandeja). No final, a sobremesa é geralmente acompanhada de algum refresco ou sumo.

Entre as bebidas alcoólicas, são populares a aguardente e o rum. O café é muito apreciado, especialmente na forma de “tinto” (uma chávena pouco cheia de café muito forte). Em Bogotá bebe-se ainda o chocolate santafereño, servido com queijo e pão (habitualmente, deita-se o queijo no chocolate).

Muitas variedades de fruta, totalmente desconhecidas do ocidente europeu e América do Norte, são apreciadas na Colômbia, como o zapote, lulo, curuba, mamoncillo, uchuva, fraijoa, granadillas (parecidas com o maracujá), mamey, borojo, tamarindos, guanába e pitaya. Algumas destas frutas só podem ser saboreadas em determinas regiões da Colômbia, não sendo de uso vulgarizado.

As folhas de bananeira são de uso comum na cozinha tradicional, por exemplo nos “quesillos” (queijo enrolado nestas folhas) e nos “tamales”.

Artesanato

A arte pré-colombiana, milenar, era particularmente rica. As figuras construídas em ouro e as peças de joalharia foram bastante cobiçadas pelos colonizadores espanhóis, que procederam em alguns casos, a autênticos massacres para possuírem materiais preciosos usados que pelo seu valor artístico. Muitas dessas peças foram levadas para Espanha onde foram destruídas, a fim de se usar o ouro e pedras preciosas noutros objectos. Escavações arqueológicas cuidadas têm trazido para a luz do dia muitos destes objectos que são, todavia, um pequeno vislumbre da opulência artística do passado deste povo.

O artesanato produzido pelos grupos étnicos é igualmente rico e bastante apreciado, quer por locais quer por turistas. O povo Guajiro produz bolsas, cintos e redes tecidas manualmente. Os Paez, são, por seu lado, conhecidos pela manufatura dos seus típicos xales de lã.

Pintura

Na época colonial, a pintura Colombiana é marcada pelos trabalhos dos três Figueroa, autênticos pioneiros desta arte: Baltasar de Figueroa, o velho; Gaspar de Figueroa, seu filho e Baltasar de Figueroa, o moço. Gaspar foi o mestre de artistas relevantes, entre os quais se encontra a referência maior de Gregorio Vásquez de Arce y Ceballos. José Maria Espinosa Prieto, pintor, gravador e miniaturista é também celebrado pelos seus retratos, paisagens e caricaturas. Epifanio Garay, ainda que tenha desenvolvido muito da sua obra no Panamá, é também muito referenciado, especialmente como retratista.

Depois da independência da Espanha, em 1819, a arte colombiana tem pouca representatividade e está ainda muito dependente do figurativo. Há quem explique este atraso na evolução dos estilos artísticos colombianos com a própria geografia montanhosa do país que não permitia um contacto e diálogo continuado entre as várias tendências criativas que aí se desenvolviam.

Na década

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