DESAFIO PROFISSIONAL

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ISIS PARIS MAIA RA:2856133575

DESAFIO PROFISSIONAL 4° SEMESTRE

 Socorro/São Paulo

2016

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ISIS PARIS MAIA  RA: 28561333575

DESAFIO PROFISSIONAL 4° SEMESTRE

Desafio Profissional das disciplinas de História Medieval, Ciências Sociais, História da América Independente, Multimeios aplicados a educação, Didática de História no Ensino Fundamenta e Brasil Imperial do Curso de História da Universidade Anhanguera – UNIDERP, apresentado como requisito à obtenção do grau de Licenciado em História, sob a orientação da Tutor a Distância: João Valdivino Lima.

Socorro/São Paulo

2016

Passo 1

A definição do que vem a ser cultura vem ocorrendo desde meados do século XIX principalmente em áreas ligadas a  Antropologia  e sem conseguir um consenso do que vem a ser esse termo e qual a sua forma de definição, este debate do tema de cultura e seus desdobramentos vem a ser apresentado no livro O dicionário de conceitos históricos produzido por Kalina Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva. Estas pesquisas apesar de suas divergências chegaram a alguns pontos comuns dentre eles que não existe uma hierarquia cultural que se baseavam em uma teoria evolucionista, e tendo com valores máximos da cultura o Ocidente  ( Silva, Silva 2009).      

        Partindo de uma visão equivocada do conceito evolucionista de Charles Darwin esse pensamento foi utilizando, por exemplo, para explicar  os conflitos entre disputa de terras entre europeus e os índios nativos americanos. Afinal com essa disputa é a vitoria dos  conquistadores temos um salto cultural, pois a nova população que estava se estabelecendo já teria passado por essa fase tribal ou como apresenta os autores “ as culturas passavam pelas mesmas etapas, ou estágios, durante sua existência, evoluindo, progredindo, das mais primitivas para as mais avançadas ao longo do tempo”. (Silva, Silva, p.85, 2009). Essa teoria de evolução de cultura foi muito importante para uma justificativa do imperialismo ao longo da História afinal permite o discurso de levar conhecimento e cultura a outros povos sem cultura.

        Um dos primeiros teóricos, a questionar essa relação de cultura como algo hierárquico foi o antropólogo Franz Boas, que apresentava como linha de argumento de sua teoria “toda cultura tem uma história própria, que se desenvolve de forma particular e não pode ser julgada a partir da história de outras culturas” (Silva, Silva, p.85, 2009) em outras palavras ele foi um dos pioneiros da critica do imperialismo cultural e com isso quebrar a lógica  Darwinista que o conceito cultura carregava em seu debate e como forma de se observar as diversas formas que ela se apresenta ao longo do globo.

        Então se a cultura não se pode ser observada como maneira evolutiva e ela pode ser interpretada e produzida por toda as formas de sociedade como podemos definir o que vem a esse termo? Um dos primeiros teóricos que pensou sobre esse assunto foi  Edward Tylor que apesar de apresentar de maneira muito abrangente o termo, nos apresenta uma definição sobre o tema:

cultura é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos até ideias e crenças. Cultura é todo complexo de conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. Além disso é também todo comportamento aprendido, de modo independente, da questão biológica  (Silva, Silva, p.85, 2009)

        Cultura em outras palavras vem a ser a produção do homem tanto no quanto concreto e lógico quanto no campo simbólico, e não se deve ser medida por padrões tanto evolucionista quanto por questões capitalistas de conceito de produção e consumo de mercadorias. A importância de se compreender esse o que vem a ser cultura se faz presente é para a nossa sociedade para evitar uma tentativa de criminalização de um povo ou etnia a partir de seus atos ou forma de interação com o ambiente em que se encontra. Cabe aqui ressaltar que o meio em que a sociedade se encontra não define sua cultura e que existe um risco em pensar que determinada cultura ocorre devido a estar naquela região, afinal com isso pode se tentar um isolamento daquela cultura por não concordar com ela, isso serve também para gênero ou mercado de trabalho como nos apresenta o texto de Silva, Silva:

Um desses pontos afirma que diferenças genéticas não determinam comportamentos culturais, Cultura ou seja, toda divisão de trabalho com base no sexo ou na raça, por exemplo, é cultural e não predeterminada pela natureza. A mesma premissa serve na afirmação de que o meio geográfico também não determina comportamentos culturais. Assim, quaisquer tipos de discriminações sociais feitas com base em sexo ou raça, como aqueles discursos proferidos em nossa sociedade que afirmam que determinados trabalhos não podem ser feitos por mulheres, ou que algumas atividades consideradas inferiores são exclusivamente “trabalho de negro”, não possuem base biológica. Mas são discursos criados para justificar a posição dominante de determinados grupos sociais. (Silva, Silva, p.85, 2009)

        O debate sobre cultura, se estende por todas as áreas da ciências humanas e por isso se torna importante compreender o impacto desse debate no campo da História, que começa a participar deste debate por volta da metade do século XX com a Nova História     (Silva, Silva, 2009),   se utilizando de elementos vindo da junção de “ História e Antropologia e História e Literatura” (Silva, Silva,p.87, 2009). Com essa nova configuração de produzir historiografia podemos destacar em seu inicio figuras como Gilberto Freyre, Georges Duly e Le Goff  (Silva, Silva, 2009). Apesar da diferença entre esses três autores e seus objetos de pesquisa podemos compreender seus trabalhos da seguinte maneira.

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